Por solicitação de alguns alunos e amigos, estou postando hoje, além dos comentários invariáveis sobre a política brasileira ( que, gostemos ou não, são extremamente importantes nos dias em que vivemos e com o "governo" que nos desgoverna), agora com base nos comentários dos blogueiros Guilherme Fiuza e Reinaldo Azevedo (todos os méritos a eles...), colocados na sequência abaixo, vai, em primeiro lugar, um tocador (player) para quase tudo. Praticamente não há filme, clipe, DVD, som, música, etc... e etc... que ele não toque, tudo com seus codecs próprios, quer dizer, não há necessidade de baixar arquivo nenhum a mais.
Além disso, ele é portable (portátil) portanto, e, se for o caso, você pode deixá-lo em um pendrive que ele vai abrir daí mesmo funcionando normalmente, ou, melhor ainda, descompactá-lo e fazer funcionar do seu computador, sem necessitar de nenhuma instalação. Méritos ao Blog do Birungueta que traz e transforma ele mesmo variadíssimos aplicativos em portáteis. É um tocador de origem coreana, provavelmente o melhor dos dias atuais e de graça. Ele vem, ainda, com uma novidade super legal: um dispositivo para melhoria do som e muitas outras funções, tudo já previamente integrados, o aplicativo IZOTOPE OZONE 4 (depois que estiver tudo funcionando, quando vc quiser acessar o Ozone, basta ir em configurações e clicar 02 vezes no plugin desse aplicativo (Izotope Ozone) para ele abrir normalmente.
PORTABLE KMPLAYER V. 3.0.0.1442 + SKINS + IZOTOPE OZONE 4 By BIRUNGUETA
Ele é multilinguagem, tudo em português e, provavelmente, ao vc fazer funcionar já, automaticamente, escolherá a nossa língua. Entretanto, se isso não ocorrer, vá em configurações ou opções e marque esta escolha (português). Poderoso, bonito e fácil de usar, o KMPlayer é de longe uma das melhores opções de players multimídia. Além de falar português, é capaz de ler a maioria dos formatos existentes no mercado.
Problemas de compatibilidade, formatos que não rodam, erros sem explicação e a chatice de abrir um player diferente para ouvir música e assistir vídeos no computador. O KMPlayer acaba com isso e toca qualquer conteúdo.
A interface minimalista parece simples demais. Não se engane, recursos é que não faltam no KMPlayer. Clique com o botão direito do mouse sobre a interface para abrir o menu de contexto. Lá você encontra todas as funcionalidades. A lista de utilidades é enorme, mas está organizada de forma intuitiva para não se perder.
Configure a reprodução de áudio e vídeo, gerencie legendas de DVDs, ajuste o som com o equalizador. Além de tocar arquivos multimídia, pode usar o KMPlayer para capturar imagens e áudio durante a reprodução. Teste também os filtros e efeitos disponíveis para filmes e músicas.
Não se esqueça de remover qualquer versão anterior do KMPlayer antes de instalar a versão atual. Junte a potência de cada um dos players que conhece num só. O KMPlayer traz tudo e mais um pouco do necessário para transformar o PC no melhor centro multimídia.
Principais formatos compatíveis: AVI, WMV, MKV, MOV, MP3, MP4, OGG, MPEG1, MPEG2, 3GP, VOB, AC3, AAC, MPC, FLAC, AMR, WV.
Ozone 4 é um pacote de ferramentas profissionais para masterização de áudio, que permite que você consiga atribuir às suas mixagens um som profissional, polido e bem acabado. O premiado sistema IRC Loudness Maximizer da Ozone oferece a você um preenchimento e volume profissional à sua música, sem distorcer ou colorir seu mix. Um equalizador paragráfico de oito bandas combina precisão de fase linear com o som característico de equalizadores analógicos e permite a você, de forma inteligente, casar o som de seu mix com faixas de referência.
Endereço para download:
E agora, alguns comentários políticos, indicados no início:
Blog do Reinaldo Azevedo, em 26/09/2011
A verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço e angaria algumas simpatias só por não ser Lula; é um bom motivo, claro!, mas insuficiente. E a oposição baba na gravata...
Reportagem de ontem de O Globo mostrou que o governo federal executou só 0,5% do programa “Minha Casa, Minha Vida” e que a liberação de recursos para algumas das principais promessas de Dilma Rousseff para este ano não chega a 10%. Vocês já cansaram de ver a lista e a conta neste blog, certo?
Se vocês clicarem aqui, encontram uma lista de links para textos que tenho escrito a respeito desse assunto desde, atenção!, 31 de janeiro deste ano. “Pô, Reinaldo, a mulher estava no poder havia apenas 31 dias, e você já estava cobrando cumprimento de promessas?” Não! Naquele texto, tratei daspromessas que ela já não havia cumprido como “gerentona” do governo Lula e listei aquelas que ela certamente não cumpriria como presidente — ou melhor: não cumprirá.
Além de 2 milhões de casas até 2014 (e vocês têm de se lembrar do outro milhão anunciado no governo Lula), a presidente prometeu para este ano:
1.695 creches;
723 postos de policiamento comunitário;
2.174 Unidades Básicas de Saúde;
125 Unidades de Pronto Atendimento.
Pois bem, no “Minha Casa, Minha Vida”, executou-se apenas 0,5% do previsto; nos demais casos, a liberação não chega a 10%. Já demonstrei hque, no ritmo que o governo federal entrega as casas, serão necessários 26 anos para cumprir a promessa dos 3 milhões de moradias. Ontem, a Folha noticiou que, na base da pura canetada, a Infraero aumentou o número de passageiros/ano dos 13 aeroportos da Copa em estupendos 107 milhões. Foi assim, num estalo de dedos: “Ooops, erramos as contas!”
Ruim de serviço
A verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço pra chuchu. Já era, não custa lembrar.
1 - Foi a gerentona no governo Lula e assistiu impassível ao estrangulamento dos aeroportos. Nada fez! Ou melhor, fez, sim, uma coisa muito ruim: bombardeou as propostas de privatização. Depois teve de correr atrás do capital privado, na bacia das almas.
2 - O marco regulatório que inventou para a privatização das estradas federais enganou o Elio Gaspari direitinho — e todos os “gasparzinhos” que tentam imitá-lo—-, mas não conseguiu fazer o óbvio: duplicar rodovias, melhorar o asfalto, diminuir o número de vítimas. Cobra um pedágio “barato” para oferecer serviço nenhum. Ou seja: é caro demais! Um fiasco completo!
3- O Brasil foi escolhido para a sede da Copa do Mundo há 47 meses. Em apenas nove, de abril a dezembro de 2010, ela esteve fora do governo. Era a tocadora de obras de Lula e é a nº 1 agora. E o que temos? Seu governo quer uma espécie de AI-5 das Licitações para fazer a Copa. Quanto às obras de mobilidade, Miriam Belchior entrega o jogo: melhor decretar feriado.
4 - Na economia, há um certo clima de barata-voa. Posso não compartilhar das críticas, a meu ver exageradas, ao corte de meio ponto nos juros estratosféricos, mas isso não quer dizer que eu note um eixo no governo. A turma me parece até um tantinho apavorada. A elevação do IPI dos carros importados é um sinal de que estão seguindo a máxima de que qualquer caminho é bom para quem não sabe aonde vai. A Anfavaea foi mais eficiente no lobby. Cumpre aos outros setores fazer também o seu chororô. O único que vai perder é o consumidor…
5 - Na seara propriamente institucional, Dilma deixa que prospere o debate da reforma política como se ela não tivesse nada com isso. Parece Obama referindo-se aos políticos como “o pessoal de Washington”. Ela poderia dizer: “O pessoal de Brasília”…
6 - Abaixo, Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, afirma que o governo vai tentar, sim, um novo imposto para financiar a Saúde — a presidente prometeu de pés juntos que o governo não recorreria a esse expediente.
7 - As promessas na área social para seu primeiro ano de governo naufragaram, como se vê acima. Não vai entregar as UPAs, as quadras, as casas, os postos policiais…
Não obstante, a presidente tem angariado algumas simpatias mesmo em setores não exatamente entusiasmados com o petismo. É compreensível. A gigantesca máquina de propaganda, como sempre, atua com grande competência. Mas não responde sozinha pelo “sucesso”. A oposição no país, excetuando-se alguns guerreiros isolados, é sofrível, beirando o patético. Tornou-se refém dos pedidos de investigação das denúncias de corrupção. Como a presidente pôs na rua alguns valentes, mais fatura ela com a “faxina” dos que seus adversários com as acusações. Falta uma agenda — quando não sobra, sei lá como chamar, “adesismo tático” que se finge de estratégia.
O que pensam mesmo sobre as ações do governo os candidatos a líderes do PSDB? Parece que, no momento, organizam um seminário, ou coisa assim, para exumar as virtudes do Plano Real e coisa e tal. Eu sou o primeiro a afirmar, e o faço há uns 10 anos, que as conquistas do governo FHC têm de ser exaltadas — mas daí a transformar em aríete da luta política vai uma grande diferença. Como fica claro, é uma batalha que vem com 10 anos de atraso. O partido espera apresentar uma resposta para os problemas de 2011 quando? Em 2021? O DEM tem espasmos de acerto aqui e ali, mas consegue ser mais notícia tentando criar dificuldades para o PSD do que facilidades para si mesmo.
Como Dilma pode estar cercada de incompetentes, mas não de estúpidos — longe disso!—, percebeu que o desgaste junto ao tal “povão”, se vier, está distante, com o país funcionando quase a pleno emprego e ainda consumindo bem. A inflação preocupa, sobretudo porque é visível que eles não sabem o que fazer, mas nunca ninguém viu massas saindo às ruas por causa de 6,5% ou 7%. Como disse a ministra Ideli Salvatti na entrevista ao Estadão (ver abaixo), “a gente vai levando…” Os chamados setores médios estão sendo conquistados pela pose de austera da soberana, por seu decoro no poder — que é real se comparada a seu antecessor — e por não endossar certas boçalidades da tropa de choque lulo-petista no subjornalismo. Na ONU, ao falar de seu compromisso com o combate à corrupção, exaltou, e com justiça e justeza, o trabalho da imprensa — aquela mesma que a ala metaleira do PT quer debaixo de chicote.
Assim, uma das “virtudes” de Dilma consiste em não ser uma especuladora, não pessoalmente ao menos, contra as instituições, como é Lula. É claro que, estivéssemos com os meridianos democráticos bem-ajustados, a defesa que o Apedeuta fez, em pleno Palácio do Jaburu, de uma Constituinte só para fazer a reforma política — tese de óbvio sabor chavista — requereria uma fala da Soberana. Mas dela nada se cobra. Do mesmo modo, teria de falar se endossa o financiamento público de campanha do modo como o propõe seu partido: uma patranha para encher os cofres do PT e estrangular a oposição. Nada! Parece que o país em que se debate a reforma política não é aquele que ela preside.
Lá com os seus botões, Dilma deve pensar: “Governar o Brasil é bolinho; nem é preciso acertar. Eenfrentar a oposição é fácil; difícil é aturar a base aliada”…
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Guilherme Fiuza
Dilma no circo da ONU
23/09/2011
O Brasil é a maior diversão. Na pantomima da Assembléia Geral da ONU, o país apareceu de novo com uma novidade.
Depois do presidente-operário, a presidente-mulher. Mais um número infalível. Nunca antes na história da ONU uma mulher abriu a sessão da Assembléia Geral etc etc.
E quem é esse grande ícone feminino que entrou para a história da diplomacia internacional?
Segundo a revista “Newsweek”, em matéria de capa, Dilma Rousseff é uma comandante tão severa que já teria feito burocratas do Estado caírem no choro.
A revista americana diz também que a temida presidente brasileira espanou os corruptos e os substituiu por pessoas de sua confiança, sempre lideradas por outras mulheres.
“Não mexam com Dilma” é o título da reportagem. Mas poderia ser também: “A Mulher Maravilha da Newsweek”.
Melhor não contrariar. Não daria para botar a super Dilma na capa se a história fosse contada direito: os corruptos demitidos eram as “pessoas de sua confiança”, ou da confiança de seu padrinho.
E a mulher escolhida por Dilma para liderar seu governo era Erenice, a rainha do tráfico de influência.
A comandante durona que, na literatura da “Newsweek”, leva marmanjos às lágrimas, na vida real é a presidente desnorteada, que dedica seu primeiro ano de governo à partilha de cargos entre os companheiros – e nas horas vagas demite os que a imprensa desmascara.
Em Brasília, Dilma declarou que a limpeza não seria pautada pela imprensa. Em Nova York, declarou que a imprensa é vital para a limpeza.
No Brasil, seu partido ruge pelo “controle social” da mídia e ela se cala. Na ONU, se apresenta como militante da liberdade de expressão.
É um conto de fadas que o circo da diplomacia internacional adora.
Dilma Rousseff se encaixou com perfeição na Assembléia Geral da ONU. Numa reunião tradicionalmente inútil, fez seu discurso tradicionalmente insípido.
Dentre as pérolas de estadista-mulher estava um diagnóstico, por assim dizer, sensível da crise mundial: a falta de soluções “não é por falta de recursos financeiros” dos países ricos, “é por falta de recursos políticos”.
Era a idéia que faltava para o mundo deixar de bobagem e espantar a crise.
Sobre economia brasileira, disse à “Newsweek” que foi possível baixar os juros porque o país tem “um Banco Central rígido”.
Sabendo que o “Banco Central rígido” foi estuprado pelo populismo e obrigado a baixar os juros na marra, a revista poderia ter publicado a declaração de Dilma como piada.
Mas preferiu fingir que acreditou, para não atrapalhar o mito da capa.
Dilma foi um sucesso na ONU. Não disse nada de relevante e saiu com o figurino de Margareth Thatcher da esquerda que puseram nela.
O show tem que continuar. Deixem as agruras da vida real para os palhaços e os contribuintes, ou vice-versa.