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Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O Esporte e a Política

                       Crônica do Dia 27 de Setembro de 2012

             E que tal se a gente experimentasse comparar a política com o esporte? Pode ser, por exemplo, a Copa do Mundo ou as Olimpíadas. Talvez ficasse melhor as Olimpíadas, escolhendo ainda uma das modalidades, e que seria a corrida – 100 metros, 200, 1.500 metros, ou a Maratona?
             Tal qual a Copa, ou as Olimpíadas, que acontecem a cada 04 anos e em anos alternados, uma ou outra a cada 02 anos, mesma coisa as eleições. Agora estão acontecendo eleições para Vereadores e Prefeito, daqui 02 anos, haverá eleições para Presidente, Governadores, Senadores e Deputados.
             Pois bem, existem muitas semelhanças entre o que estou falando: eleições e esporte. Tal qual nos jogos, seja qual modalidade for, o passar do tempo exige a renovação, mudando os protagonistas, aqueles que participam mais diretamente, empolgam a platéia, às vezes empolgam multidões, também as eleições partem desse princípio da vida, quer queiramos ou não, que é a renovação, a mudança. Para atingir novos índices olimpícos ou esportivos, porque o tempo passa, e aqueles 15 segundos que 40 anos atrás pareciam inatingíveis na corrida dos 100 metros, com o passar do tempo, com a mudança de postura dos atletas, com novas tecnologias, com a renovação do enfoque em cada modalidade, hoje um USAIN BOLT faz em 9,63 segundos.
             Tudo na vida se renova. É difícil aceitar este fato, para muita gente. Vai-se acostumando a aplaudir, bater as palmas para aqueles conhecidos, outros acham que a aceitação da novidade que chega vai mexer com o dia a dia, até que, em algum momento, vem a constatação real: - não dá mais... o mundo mudou, a inigualável Hortênsia do basquete feminino é obrigada a dar a vez para novas jogadoras, o craque do futebol já não consegue aqueles dribles que antes pareciam tão empolgantes, outros, talvez por jogarem em conjunto, consigam ser mais eficientes e o time se saia melhor, produza mais.
             Assim é a vida, o futebol, o esporte, a política – alguns foram importantes para uma disputa, outros talvez tenham tido valor para duas vezes, mas, com o passar do tempo, acabam tendo que ceder a vez àquele mais preparado para o momento, àquele que vai conseguir resultados melhores. Quem não entende isso da vida, não entendeu nada do que viveu...
             Tanto no esporte, quanto na política, os fãs acabam idolatrando as pessoas como se fossem ídolos, e o ídolo é uma imagem irreal, muito perfeita de alguma coisa, o que acaba não  acontecendo na vida, por isso, tanto os atletas e também os políticos, formam claques a favor quase beirando o fanatismo... A diferença é que no esporte, se o ídolo gasta algum valor alto com e para seus seguidores, vai tirar do próprio bolsdo, dos prêmios que angariou. Já, o político, o costume é que, se gastar, der coisas, prestar favores variados e caros, vai ser do bolso daquele mesmo que pediu, porque faz uso do dinheiro público, e daí, parece a ele tudo muito fácil...
             Na corrida, como na política, tem aquele de tiro curto, tipo 100, 200 metros, que se saem bem numa única vez. Tem também o tiro médio ou tiro longo, dos 1.500, 5.000, ou quem sabe, até 10.000 metros, e alguns podem dar certo por algum tempo. Mas tem uma modalidade de corrida, que também tem semelhança na política, que é a corrida de revezamento, aquela em que um passa o bastão para o outro. Essa modalidade, na corrida e no esporte, tudo bem, a regra é passar o bastão; agora, na política a gente vê muito, mas é, à vezes perniciosa e ruim- aquele outro que pega o bastão, costuma ser o “laranja”, ou “o parente”, ou “o empresário” financiador, que pega porque quer o seu de volta...
             Na corrida e no esporte, aqueles que foram protagonistas, foram “os tais”, tanto em uma maratona, como num cuspe à distância, se houvesse, sabe que, com o passar do tempo virão outros mais preparados, por um motivo ou outro, e os substituirão. Já, na política, por geralmente envolver muito dinheiro, difícil achar quem entenda que, um dia ou outro, tem que “largar o osso...”