E que tal se a gente experimentasse
comparar a política com o esporte? Pode ser, por exemplo, a Copa do Mundo ou as
Olimpíadas. Talvez ficasse melhor as Olimpíadas, escolhendo ainda uma das
modalidades, e que seria a corrida – 100 metros, 200, 1.500 metros, ou a
Maratona?
Tal qual a Copa, ou as Olimpíadas,
que acontecem a cada 04 anos e em anos alternados, uma ou outra a cada 02 anos,
mesma coisa as eleições. Agora estão acontecendo eleições para Vereadores e Prefeito,
daqui 02 anos, haverá eleições para Presidente, Governadores, Senadores e
Deputados.
Pois bem, existem muitas
semelhanças entre o que estou falando: eleições e esporte. Tal qual nos jogos,
seja qual modalidade for, o passar do tempo exige a renovação, mudando os
protagonistas, aqueles que participam mais diretamente, empolgam a platéia, às
vezes empolgam multidões, também as eleições partem desse princípio da vida,
quer queiramos ou não, que é a renovação, a mudança. Para atingir novos índices
olimpícos ou esportivos, porque o tempo passa, e aqueles 15 segundos que 40
anos atrás pareciam inatingíveis na corrida dos 100 metros, com o passar do
tempo, com a mudança de postura dos atletas, com novas tecnologias, com a
renovação do enfoque em cada modalidade, hoje um USAIN BOLT faz em 9,63
segundos.
Tudo na vida se renova. É difícil
aceitar este fato, para muita gente. Vai-se acostumando a aplaudir, bater as
palmas para aqueles conhecidos, outros acham que a aceitação da novidade que
chega vai mexer com o dia a dia, até que, em algum momento, vem a constatação
real: - não dá mais... o mundo mudou, a inigualável Hortênsia do basquete
feminino é obrigada a dar a vez para novas jogadoras, o craque do futebol já
não consegue aqueles dribles que antes pareciam tão empolgantes, outros, talvez
por jogarem em conjunto, consigam ser mais eficientes e o time se saia melhor,
produza mais.
Assim é a vida, o futebol, o
esporte, a política – alguns foram importantes para uma disputa, outros talvez
tenham tido valor para duas vezes, mas, com o passar do tempo, acabam tendo que
ceder a vez àquele mais preparado para o momento, àquele que vai conseguir
resultados melhores. Quem não entende isso da vida, não entendeu nada do que
viveu...
Tanto no esporte, quanto na política,
os fãs acabam idolatrando as pessoas como se fossem ídolos, e o ídolo é uma
imagem irreal, muito perfeita de alguma coisa, o que acaba não acontecendo na vida, por isso, tanto os
atletas e também os políticos, formam claques a favor quase beirando o fanatismo...
A diferença é que no esporte, se o ídolo gasta algum valor alto com e para seus
seguidores, vai tirar do próprio bolsdo, dos prêmios que angariou. Já, o
político, o costume é que, se gastar, der coisas, prestar favores variados e
caros, vai ser do bolso daquele mesmo que pediu, porque faz uso do dinheiro
público, e daí, parece a ele tudo muito fácil...
Na corrida, como na política, tem
aquele de tiro curto, tipo 100, 200 metros, que se saem bem numa única vez. Tem
também o tiro médio ou tiro longo, dos 1.500, 5.000, ou quem sabe, até 10.000
metros, e alguns podem dar certo por algum tempo. Mas tem uma modalidade de corrida,
que também tem semelhança na política, que é a corrida de revezamento, aquela
em que um passa o bastão para o outro. Essa modalidade, na corrida e no
esporte, tudo bem, a regra é passar o bastão; agora, na política a gente vê
muito, mas é, à vezes perniciosa e ruim- aquele outro que pega o bastão,
costuma ser o “laranja”, ou “o parente”, ou “o empresário” financiador, que
pega porque quer o seu de volta...
Na corrida e no esporte, aqueles
que foram protagonistas, foram “os tais”, tanto em uma maratona, como num cuspe
à distância, se houvesse, sabe que, com o passar do tempo virão outros mais
preparados, por um motivo ou outro, e os substituirão. Já, na política, por
geralmente envolver muito dinheiro, difícil achar quem entenda que, um dia ou
outro, tem que “largar o osso...”