Pois é, amigos ouvintes da
Rádio Poema e leitores do "euacreditoemblogs". O comitê eleitoral de um dos candidatos aqui em Pitanga, pelo
mando dele, é claro, havia posto gente, parece ter sido 01 ou 02 advogados (ou
advogadas), apenas para ficar de “olho”, quer dizer, “de ouvido” grudado no que
se fala aqui na Rádio Poema.
Fiquei até orgulhoso de saber
que a minha humilde crônica diária foi também motivo de preocupação. Tenho duas
ponderações a fazer para esse pessoal- ficarem preocupados com um programinha
de 10 minutos por dia, simplezinho como vocês ouvintes sabem, será que não é
vontade demais de cercear o direito à informação e, se pudessem, será que iriam
até uma censura, pura e simples?
Outra coisa, antigamente
falava-se meio depreciativamente daqueles que eram chamados de “advogados de
porta de cadeia”, que configurava, talvez até de maneira preconceituosa aqueles
poucos profissionais que, provavelmente por terem pouco serviço e cliente,
ficavam à porta das cadeias, na tentativa de angariarem mais fregueses. Triste
papel esse de hoje, de advogados, ou advogadas que depois de tanto estudo,
curso Superior, tornarem-se ouvintes de rádio para fiscalizar o que se fala...
E aconteceu o que eu já
esperava: a Justiça Eleitoral sequer recebeu uma representação feita pelo grupo
do candidato, contra mim. Posso, às vezes, errar ou enrolar na pronúncia por
não ser locutor profissional, ou mesmo até em alguma norma da língua culta,
mas, dificilmente erraria no conteúdo. Tento sempre falar aquilo que acho
correto, procuro seguir as leis concernentes ao momento eleitoral e de
radiodifusão e não individualizar alguma crítica que aqui se faz.
Agora, é claro que tenho lado
político, pois nunca fui de ficar em cima do muro e nunca pequei pela omissão.
Acho mesmo ser, mais do que um direito, um dever escolher bem aqueles em quem
se vota e, para tanto, como um tanto conhecedor dos meandros políticos de
Pitanga, procuro escolher conscientemente , portanto, os melhores para nosso
lugar.
É que, na política, as coisas
funcionam mais ou menos assim, especialmente se alguém detem algum poder, ou,
pelo menos, começam assim:
"- Vou ganhar dos outros fazendo 4 a 5
votos por um, vou dar uma lavada nestas eleições..." – mas se as coisas não
correm como ele imaginava, quando o povo começa a descobrir muitas verdades,
mais expostas agora pelo momento político, vem a 2ª fase;
"- Estou ainda muito na frente, mas
eles, “os adversários”, estão espalhando muita mentira, dizendo inverdades" – e
esse político, que só sabe fazer isso, política, procura, então, encobrir os
fatos. Aí vem a 3ª fase;
- Na 3ª fase, esse tipo de candidato
costuma tornar-se agressivo, começando a revelar aquilo que procurava esconder,
sua verdadeira face. É uma fase em que começa a perceber que pode perder, ou que isso vai acontecer de verdade.
O problema começa a se formar em tal cabeça: e aí, como ficam aqueles a quem
dei emprego, regular ou irregularmente, principalmente, muitas vezes por
nepotismo; e os gastos de campanha, e as promessas feitas, vão se agrupar com
outras anteriores, também descumpridas??
- E, por fim, vem a 4ªfase e esse tipo
de político, vendo que a coisa está indo de mal a pior, que a vaca está indo
pro brejo, começa a buscar todos os meios, lícitos ou ilícitos para tentar
virar o jogo. E vêm as inverdades, que tudo que sair de pesquisa vai ser falsa,
que é armação dos adversários, geralmente mais violência e nada de paz...
Os outros são os culpados de
tudo, vem a época de acar os culpados imaginários ou fictícios... E esse tipo
de político se torna o “coitadinho”, “o perseguido”, justo ele que tanto já fez
e, se o elegessem, faria tudo e mais um pouco... Esse coitadinho, que todo
mundo ataca, o pacífico, começa a ficar rancoroso, afinal, vê a derrota como
certa e iminente, e aí o desespero é total...
- Nesta fase final, convem
que todos, adversários e mesmo amigos que sobraram, se cuidem, fica difícil
controlar tal tipo de candidato.
Usei a imaginação na
descrição de um candidato hipotético, mas, asseguro a vocês que já vi em meus
anos bem vividos, fatos muito parecidos a estes terem acontecido,
principalmente com aqueles que se achavam, se acham insuperáveis, bons demais,
os faroleiros, fogueteiros, ou gabolas,
contadores de vantagem, como dão conta vários dicionaristas da língua.