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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Há Ministérios demais para acomodar a cupinchada e, aí, é isso que acontece!!!

                        Alguém aí sabia ou lembrava que existe um Ministério no Governo, desde o tempo do Lula, denominado "Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres", comandado agora, em tempos de Dilma, por uma tal de Iriny Lopes? Pois é, existe, e essa pura louca Ministra, está achando de andar se importando por tudo o que vê na televisão. Deve fazer parte daquela sanha do PT de, a cada passo, voltar com a idéia de tentar impor uma censura velada (ou aberta,se pudesse) às mídias. A última dela (que , por sinal, nem é falando mal, é pura constatação da verdade, é muuuiiitoo feia) agora é implicar com alguns comerciais da Giselle Bundchen. Sigam, a seguir, o magistral comentário da criação e publicação da coluna do Augusto Nunes, da revista Veja:

                        "Ministério da Dilma: um recorde de zeros à esquerda e à direita



Celso Arnaldo Araújo


                     A ministra Iriny foi entrar num território que lhe é inteiramente inóspito e desconhecido – a sensualidade como milenar arma de sedução feminina – e se deu mal, ao enxergar numa top model que fatura 30 milhões de dólares por ano, nunca estoura o cartão de crédito (que é ilimitado) e não bate o carro do marido (porque tem motorista privativo) um símbolo das vítimas do “sexismo” de inspiração machista. Esta teria sido a intenção do diretor de criação do comercial da Hope: “Vamos pagar três milhões de dólares para a Gisele se fazer passar por uma coitada que se humilha de lingerie diante do marido só porque fez três besteiras. Um milhão de dólares por besteira”.
                   Sem entrar no mérito da saudável polêmica sobre propaganda e machismo, e cumprimentando a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres pela ousadia de ter dado sua cara para bater, o fato é que a Hope está desarrolhando sucessivas garrafas de champagne brut.
                   Graças à indignação de Iriny, um comercial chinfrinzinho ganhou status de paixão nacional. É o melhor dos mundos para uma campanha publicitária, mesmo que ela seja suspensa – ou você duvida que, nesse caso, a agência virá com uma réplica ferina?
                   Fora isso, há algum outro benefício nacional nessa celeuma? Sim. Além da possibilidade (inimaginável no sentido real) de meter o pau na Iriny, ganhamos uma informação preciosa, nove meses após o início do governo Dilma: o país tem desde janeiro uma ministra chamada Iriny Lopes (e isso é notícia fresca, porque ninguém sabia). A aparição de Iriny, esta semana, finalmente explica a estranhíssima metamorfose do cartunista Laerte numa das figuras mais aberrantes da prática do chamado crossdressing — eufemismo modernoso para o velho travestismo dos que tomam a decisão tardia de sair do armário e ironicamente se enrustem sob a fantasia espalhafatosa. Quer dizer então que tudo não passava de uma paródia performática de Laerte, uma homenagem às mulheres brasileiras através da mimetização grotesca da ministra que hoje as representa em nível federal?
                         Conhecido seu modelo, Laerte agora está dispensado de continuar tentando explicar por que deixou de ser um homem que só chamava a atenção por seu talento para se transformar numa mulher que se impõe pela feiúra. A secretaria comandada por Iriny, que tem status de ministério só para garantir mais cargos e em faixas superiores de remuneração, também está dispensada de existir: não disse uma palavra, não moveu um foulard pela mulher que perdeu seus bebês gêmeos na porta da Santa Casa de Belém do Pará por incúria, negligência e omissão de socorro. Mas a ministra soube se revelar uma fera ferida por causa da lingerie da Gisele. Com essa brutal inversão de funções, o ministério das mulheres é uma afronta à sua clientela.
                      O caso Iriny-Gisele-Laerte está rendendo bons esfregaços dialéticos e ótimas risadas – sobretudo nesta coluna. Mas, na esteira desse jocoso escândalo, outro, mais grave, se camufla sob as calcinhas vermelhas da Hope: o ministério de Dilma.

                      ACOMODANDO A CUPINCHADA

                      São 38 pastas, das quais pelo menos 10 criadas só para fazer média com parcelas do eleitorado ou acomodar a cupinchada. Sete titulares desse ministério já foram trocados – e muitos outros poderão e poderiam ser substituídos a qualquer momento, de um dia para o outro, sem afetar o funcionamento de um único balcão de repartição pública sob a óptica dos serviços prestados à população. Por acaso as ações da Petrobras cairiam se o ministro Edison Lobão de repente virasse frentista de posto de gasolina? A Apple deixaria de vender um único iPad no Brasil se o ministro Aloysio Mercadante deixasse a pasta da Tecnologia para ser um hacker?
                            À parte os casos de gatunagem despudorada e cínica, o ministério de Dilma é caracterizado por sua mediocridade. Distinga-se: há os ministérios “ideológicos” e politicamente corretos – como as secretarias da Iriny e da Igualdade Racial – e os balcões de negócio. Mas o nível médio do ministério é muito, muito baixo. Tentativas de comparar a estatura do ministério de Lula-Dilma (cujo padrão é Pedrinho Novais, que mede 1m46) com governos anteriores da República serão muito cruéis. Sempre houve nos ministérios republicanos um punhado de grandes nomes com história pessoal já escrita — nomes que poderiam merecer biografia própria, e muitos que, pela notoriedade e obra, viraram nome de ruas, avenidas e praças.
                         Imagine: Paulo Brossard foi ministro de Sarney. Antonio Houaiss e Fernando Henrique Cardoso, de Itamar Franco. O peso dos nomes ministeriais tem a ver com postura, atitude, nível intelectual, história pessoal.
                         Um governo adquire credibilidade a partir da equipe principal que escolhe. Nesse requisito, o PT de hoje atinge a miserabilidade. O atual ministério bate recorde em zeros à esquerda (e à direita também, se é que me entendem) -– e o padrão Pedrinho-Gastão é insuperável na historia republicana: indivíduos absolutamente estranhos ao grande e ao pequeno público, não são conhecidos nem no universo político de Brasília, não podiam ser pesquisados no Google antes de janeiro de 2011, não têm registro de sua passagem pelo planeta, não têm historia de vida, de cátedra, de obra, de livro publicado, de tese defendida, de discurso proferido, de projeto apresentado. A impressão digital de seus currículos de quatro linhas, incluindo nome, endereço e filiação, é o sempre suspeitíssimo dedo de Sarney. O atual ministério é um fenômeno político, merece entrar no Guinness pela quantidade de assombros que reuniu na Esplanada.
                           Ministro com peso político e pessoal próprio é necessidade republicana. Sendo uma nulidade, não terá como resistir às pressões da sua “base” para conceder favores, verbas, empregos – ou fazer bobagem em nome de “teses”, como Iriny. Um ministro de peso próprio tem blindagem maior para resistir a pressões, que vêm de todo lado, todos os dias. Quem ganhou um ministério na loteria – como Gastão Vieira — fará qualquer coisa para ficar. Um ministro sem densidade própria é na realidade um “laranja” de quem lhe banca e fará qualquer negocio para manter sua inédita importância antes de voltar à vala comum de onde saiu.
                         Iriny, que deve ser muitíssimo bem intencionada, teve seus inglórios momentos de glória graças a Gisele Bündchen – voltará logo ao silêncio e à ineficácia acaciana de sua secretaria. E, no fim das contas, o que terão ganho as mulheres brasileiras com esse auto da compadecida da ministra diante do sacrilégio da lingerie vermelha?
                          Rigorosamente nada – a exceção sendo as funcionárias da Hope que, se tiverem participação nos lucros da empresa, receberão um belo bônus este ano."
      
                        Pois é, e por aí vai... Agora é sobre o passeio de Dilma pela Bulgária, país de nascimento de seu pai e que tem relações comerciais com o Brasil de meros 160 milhões de dólares anuais, e, para o qual, ela fez um passeio mais "sentimental", levando junto um monte empresários e "companheirada" e tudo, claro, com o nosso dinheiro...
                        
                Augusto Nunes, em 09/10/2011


               Os países desenvolvidos preservam a vergonha na cara que os fundadores da Era da Mediocridade reduziram a coisa de otário.

                Em sua coluna quinzenal na última página de VEJA desta semana, o jornalista J. R. Guzzo trata da síndrome do com-o-Brasil-ninguém-pode. As primeiras linhas resumem o fenômeno.
                “Tornou-se um hábito do governo brasileiro e suas redondezas, nos últimos tempos, dizer aos países desenvolvidos o que deveriam fazer para melhorar de vida e sair da triste situação em que andam metidos ─ em contraste, é claro, com o Brasil, onde tudo é melhor hoje em dia, da política econômica ao misto-quente, e onde a gerência da administração pública praticamente não encontra rivais em nenhum outro lugar do mundo em matéria de sabedoria, qualidade de decisões tomadas e quantidade de problemas resolvidos”.
                Depois de registrar que começaram com Lula as “aulas de boa governança aos países ricos” que Dilma Rousseff segue ministrando, Guzzo precisa de uma única frase para colocar o bando de farsantes em seu devido lugar:
                “Governantes de um país que tem os índices de criminalidade, analfabetismo e corrupção do Brasil, para mencionar apenas uma parte da calamidade nacional permanente, deveriam ficar em silêncio e trabalhar o tempo todo para resolver nossas desgraças, em vez de dar palpites em problemas alheios”.
                Deveriam também aprender com quem sabe, grita o vídeo de 2min24 que mostra como é a vida dos parlamentares suecos. Quem viu vai gostar de ver de novo. Quem não viu não imagina o que andou perdendo. Confira:
                Na Suécia, com pouco mais de 9 milhões de habitantes, o índice de alfabetização atinge 99%. No Brasil, os analfabetos estão perto de 15 milhões, sem contar a imensidão de analfabetos funcionais: são tantos que um deles já ocupou a Presidência da República. Lá, a renda per capita anual vai chegando aos US$ 40 mil e as diferenças salariais na pirâmide social são irrelevantes. Aqui, a renda de R$ 10 mil é uma abstração destroçada por distâncias abissais entre ricos e pobres.
                 O vídeo informa, enfim, que na Suécia existe a vergonha na cara que os donos do poder tentam há quase nove anos transformar em coisa de otário. Toda semana, por exemplo, os integrantes do primeiro escalão sueco comparecem ao parlamento para uma sessão de cobranças e explicações. Os ministérios são exemplarmente enxutos e eficazes, e a execução das decisões políticas fica por conta de agências governamentais. No País do Carnaval, dezenas de ministros se associam a centenas de deputados e senadores para compor o grande clube dos cafajestes cuja missão é “garantir a governabilidade” ─ uma fantasia esfarrapada que, em vez de esconder, escancara a corrupção endêmica e impune.
                 Em 1958, extasiados com a vitória na Copa da Suécia, os brasileiros se esbaldaram num carnaval temporão animado pela marchinha famosa: “A taça do mundo é nossa./Com brasileiro, não há quem possa”, fantasiava o começo da letra. Passados 53 anos, não é difícil bater a seleção nacional de futebol. A Suécia e todos os países desenvolvidos só não podem com o Brasil em matéria de jequice, embustes ufanistas e ladroagem sem cadeia. Nesses campos, decididamente, não há quem possa com os fundadores da Era da Mediocridade.