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Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

sábado, 14 de abril de 2012

A FALA dessa Presidente do Brasil é muito LOUCA!!! Observem...


12/04/2012 -  \ Direto ao Ponto
                  O jornalista Celso Arnaldo Araújo não deixou escapar a novidade inaugurada na visita à Universidade de Harvard: antes de “comprimentá” meio mundo durante alguns minutos, a presidente Dilma Rousseff fez questão de cumprimentar a presidenta Dilma Rousseff. “Pra mim, boa noite, é um prazer, boa tarde, indo pra noite, é um prazer estar aqui em Harvard mais uma vez”, desandou o neurônio solitário na primeira linha da discurseira.
                     “Harvard nunca mais será a mesma depois da visita de uma presidente afetada pelo fuso horário que dá boa noite a si própria”, resumiu Celso Arnaldo. Ainda sob o efeito do primeiro espanto, o implacável caçador de cretinices foi submetido à reprise da narrativa do encontro fortuito num aeroporto, durante a campanha eleitoral, com criança jamais identificada que teria perguntado à candidata se “as meninas também podem”.
                    “Podem o quê”?, garante ter replicado a chefe de governo. “Ser presidenta”, jura ter ouvido da misteriosa criança que, se Dilma não está mentindo outra vez, foi a primeira desde o Descobrimento a substituir o corriqueiro “presidente” por esse estranho “presidenta” que. depois de eleita, a presidente oficializou. Como acontece em todo palavrório, a historinha repetida em Harvard precedeu o embarque na máquina do tempo.
                  O vídeo abaixo registra o grande momento da viagem de volta à infância, transcrito por Celso Arnaldo: “Eu não sonhava em ser presidenta. A minha geração … eu (sic) sonhava em ser uma de duas coisas: ou bailarina ou participá do Corpo de Bombeiro (sic), apagá incêndio. Hoje, as meninas podem sonhar com uma terceira opção: ser presidentas (sic) do Brasil”.
                   Comentário do nosso especialista em dilmês: “A palestra que abalou a solidez acadêmica dos 375 anos da melhor universidade do planeta também revelou ao mundo que, não sendo Dilma, as mulheres brasileiras só podem escolher entre fazer pas de deux e apagar fogo”.

                        Tem mais...
13/04/2012 -  \ Direto ao Ponto

                   Enquanto os flagelados da Região Serrana do Rio tentam descobrir que fim levaram as 6 mil casas prometidas em janeiro de 2011, Dilma Rousseff inaugura um conjunto habitacional por discurso.  Nesta quinta-feira, achou que também deveria explicar à plateia o que é uma casa. Conseguiu superar-se ─ e inspirou mais um texto inesquecível de Celso Arnaldo. (AN)
CELSO ARNALDO ARAÚJO

                   A Casa do Espanto de Dilma não é um lugar para as pessoas morarem, como qualquer casa. Ela reúne relações, é um centro comunitário de acolhimento universal e mostra nossa incrível capacidade de morrer. E ainda perguntam por que o Minha Casa, Minha Vida não sai do chão
Primeiro, era um milhão. Depois dois, que logo viraram três. E, há algumas semanas, Dilma acordou com vontade de fazer mais 400 mil – que se somarão, como um bônus mágico, aos três milhões, dentro de seus primeiros quatro anos de governo. No segundo mandato, até as casas dos botões de seus terninhos serão adicionadas à meta do MC, MV.
                  Mas um volume desses de casa própria não é promessa que se possa ir disfarçando com uma inauguraçãozinha aqui, uma cerimoniazinha ali – como a das seis mil creches que abrigarão até os netos de Eike Batista ou das 101 mil bolsas de estudos internacionais concedidas a jovens gênios do Brasil Maravilha. Casa existe ou não. Ou tem quatro paredes e um teto, foi escriturada e tem fechadura na porta ou não é casa. E, realisticamente, sem juízo de valor ou denúncia vazia, qualquer especialista brasileiro em sistema habitacional sabe que a meta das 3.400.000 casas até o fim do primeiro mandato de Dilma é pura fantasia – talvez 20% disso, se tanto, recebam moradores até o fim de 2014.
                    Mas o Minha Casa, Minha Vida, agora com o número 2 acoplado ao nome pomposo, talvez para transmitir a ideia de que a etapa 1 (2 milhões de unidades) já foi concluída, é indiscutivelmente a menina dos olhos de Dilma. Talvez seja por isso que, não havendo casas com tijolos, janelas, vasos sanitários, pias, torneiras e lâmpadas em número suficiente para legitimar o programa e suas metas, há mais de dois anos Dilma dedica um esforço comovente a tentar explicar a “filosofia” por trás da casa própria. A casa própria como entidade. Não três milhões de casa, mas uma única casa – mítica, mágica, sobre-humana.
                     Para as pessoas que nela morarão, ou morariam, não há nenhum mistério: morar em casa é melhor do que morar na rua; morar em casa própria é melhor do que pagar aluguel ou morar de favor; enfim, ter uma casa é melhor do que não ter. Não é preciso ir além disso para convencer as pessoas de que é bom ter casa própria. Aliás, nessa questão, não é preciso convencer as pessoas de coisa alguma – basta facilitar-lhes o acesso à casa.
CONCEITOS PRIMITIVOS
                   É Dilma quem não está convencida disso. Desde a campanha, ela se desdobra para tentar explicar a importância existencial da casa própria que ainda não existe para os candidatos ao programa. Porém, incapaz de explicar a uma criança de cinco anos o significado do Natal, a cada tentativa a casa própria de Dilma fica mais vazia. Como construção formal de ideias, um casebre inabitável. Como ideia em si, um conjunto de impropriedades – perdoem o trocadilho voluntário — que geram dúvidas cada vez mais dramáticas sobre a real formação educacional da presidente e sua capacidade de governar.
E o já célebre discurso da casa própria, que até seus auxiliares devem temer, piora a cada dia – imagino que, até a entrega da casa de número 3.400.000, será preciso tirar as crianças da sala e deixá-las na rua.
                 Mas o de hoje é insuperável — pelo menos até o próximo. Não foi num canteiro de obras, para futuros moradores – o que, em tese, poderia justificar a fala paupérrima. Mas num auditório em Brasília, presentes inúmeras autoridades: mais um anúncio de expansão do programa. O almoxarifado do Palácio não está dando conta dos pedidos de papel-ofício.
              Como suposto e calejado especialista em dilmês, confesso que poucas coisas ainda me surpreendem na fala de Dilma e em seu repertório de meia dúzia de conceitos primitivos sobre as coisas. Mas desta vez a casa caiu. Ouçam, por favor, o pensamento inicial, que vai de 0:10 a 0:56 – esqueça o resto. Não há palavras para descrevê-lo – da mesma forma que Dilma não as teve para fazê-lo:
                 “Eu acredito que a questão da casa própia (sic) é uma questão muito importante na vida das pessoas. Ela reúne a relação que nós temos com os nossos filhos, com a nossa família e com os nossos amigos. Então ela é um espaço onde a gente constrói o lar e a proteção. E ao mesmo tempo ela mostra a nossa capacidade de viver e de morrer. Mostra aonde (sic) as famílias acolhem as crianças, os adultos e os idosos”.
                 É o caso de perguntar: seria exagero incluir esse parágrafo naquelas antologias de pérolas do ENEM ou do vestibular que circulam na internet? Seria exagero concluir que a presidente Dilma não tem a mais remota noção do que está falando?
                  A casa própia (não) de Dilma reúne, para usar sua própria (sim) linguagem, arrepios que não foram sentidos nem em Elm Street. O ponto mais assustador dessa falação sem nexo é nos mostrar que, dentro da casa, somos mortais. Quererá isso dizer, por linhas tortíssimas, que muitos inscritos no Minha Casa, Minha Vida morrerão antes de poder viver nela?

                   É por essa (e muitas outras...) que a Revista Piauí mensalmente traz “o diário da Dilma”- parece e, partindo de quem “é a figura”, deve ser verdade...

      10/04/2012 -  \ Feira Livre
PUBLICADO NA EDIÇÃO DE ABRIL DA REVISTA PIAUÍ




1º DE MARÇO ─ Liguei para o Serginho Cabral para dar parabéns pelo aniversário do Rio, mas caiu na secretária eletrônica: “O governador está em Paris. Para assuntos relacionados à Copa e às Olimpíadas, tecle 1. UPP e UPA, tecle 2…” Desliguei.

2 DE MARÇO ─ O Lula me mandou uns gráficos feitos pelo Zé Dirceu que provavam por A + B que bastava colocar o Crivella no Ministério da Pesca para elevar o PIB, manter meu topete estático e ganhar a Prefeitura de São Paulo. Sei não.
Tsunami monetário. Esse João Santana é bom mesmo.

3 DE MARÇO ─ Engulo sapos para provar que a mulher é forte, mas não houve jeito de conter as lágrimas durante a posse desse Crivella. Traí o comunismo, não tem mais como esconder.
Mamãe tentou me consolar. Como é Dia da Bulgária, abrimos um vinho produzido lá na Dunavska Raunina, ficamos de pilequinho e até ensaiamos uns passos de Sza Sza Tsi Dzi. Descomprimiu um pouco, mas como dói.
5 DE MARÇO ─ Adoro esses terninhos da Angela Merkel. Quando ela vier ao Brasil, vou convidá-la para a nossa mesa de tranca. A Eleonora Menicucci faz um Strudel que é uma beleza.
Ah é? Derrubaram uma barra de ferro no meu pé? Já falei com Guido: taxação pesada nas siderúrgicas.
6 DE MARÇO ─ Será que a Angela gosta de Mad Men? Aquele Don Draper é o maior macho alfa de todos os tempos. Os penteados da mulherada são impecáveis, e o que são aqueles vestidos acinturados? Vou deixar uns DVDs com ela.
Foi bom ver o Putin chorando. Se ele pode, eu também. Vou dizer: às vezes tenho inveja do sistema político de lá. Imagina a liberdade de poder oferecer uns sushizinhos radiativos para a base aliada…
7 DE MARÇO ─ Quem é esse Jérôme Valcke? Mandei a Gleisi demitir. Mas ela veio, toda fofinha, me dizer que o homem é da Fifa. Vou logo sapecar um mon chéri para esquentar aquela orelha suíça. Ou francesa, sei lá.

8 DE MARÇO ─ Vetaram o nome que indiquei para a ANTT bem no Dia Internacional da Mulher. Essa base aliada sabe como magoar. Pedi para o Gilbertinho me preparar um sal de frutas.

9 DE MARÇO ─ Estou há dias sem demitir ninguém. Tá dando coceira. Pedi para a Gleisinha levantar todos os ministérios que temos.
Acho que vou mudar o nome do país para Estados Unidos do Brasil só para ver o Serra perguntar de novo “Mudou?”. Virou bordão aqui no gabinete. Morro de rir com o Gilbertinho perguntando “Mudou?” para todo mundo.
Gleisi chegou com a lista. Esse Ministério do Desenvolvimento Agrário sempre existiu ou o PMDB criou sem meu consentimento? Por via das dúvidas, demiti o ministro. Senti uma coisa boa.
10 DE MARÇO ─ Já estou sentindo a onda chegar. Qualquer hora vão me pedir para vir de bicicleta para o Palácio. Esses verdes são insaciáveis. Não vou, não vou, não vou. Amassa o terninho e desloca o topete, sem falar no suador.

11 DE MARÇO ─ Gabrielzinho veio visitar a vovó. Fizemos a primeira aplicação de laquê naquele cabelinho. Ficou uma gracinha! É como dizia a prima Isifilina: neto de onça já nasce pintado.
12 DE MARÇO ─ Tirei o glúten da dieta. Vamos ver se faz diferença.
Aproveitei também para tirar o Romero Jucá da liderança do Senado. Menos um bigode. Espero que entendam o meu recado.
Anunciei os novos líderes da Câmara e do Senado. Não deu cinco minutos para o folgadão do Gilbertinho bater na porta: “Mudou?”
13 DE MARÇO ─ Aqui se faz, aqui se paga! Esse Ricardo Teixeira tomou o rumo dele. Eu lá sou mulher de dar guarida a malfeito? Com aquela múmia do Marin vai ser mais fácil. Vou mandar grudar tudo na mesa quando ele vier. Só falta ele embolsar minha coleção de apontador.
Direitinho esse moço, Braga, que botei de líder no Senado. Vamos ver no que vai dar!
14 DE MARÇO ─ Gente, não sabia que o limão ajudava a tirar a gordura dos vidros.

15 DE MARÇO ─ Estou gostando demais dessa minissérie do rei Davi. Sou louca por uma história bíblica! Cada pedaço de homem de saiote, cada pernão!

16 DE MARÇO ─ Não entendo essa fixação com bebida alcoólica nos estádios. É tão chato assim ver jogo da Seleção?

17 DE MARÇO ─ A Ideli e a Gleisi vieram me perguntar se não preciso de uma ajuda com a Fifa. Sei. Elas acham que não reparo como ficam coradas toda vez que esse Valcke vem aqui no Palácio. Outro dia a Ideli teve até febre.

18 DE MARÇO ─ Acho tão moderno o pessoal da Globo News conversando naqueles telões. Imagina fazer reunião ministerial sem sair do gabinete?
O Patriota está melhorando. Vou para a Índia.
19 DE MARÇO ─ Começou a dor de cabeça… minha prima de Minas quer um sári; titia, pulseiras de vidro; mamãe, um potão de curry; a Gleisi pediu um Ganesh para dar sorte. A Ideli, que não é boa de geografia, me pediu para trazer um chapéu… Com que país será que ela está confundindo a Índia?
Para mim eu quero perfume de patchuli verdadeiro. Usei muito quando era mocinha.
20 DE MARÇO ─ O pessoal mais maldoso já apelidou a irmã do Chico de Geni. Querem que eu demita a primeira mulher do governo Dilminha. Mandei o recado: em restaurante que serve farofa não tem ventilador. Por enquanto, ela fica.
Agora, se em duas semanas o Chico não me aparecer com uma canção cheia de rimas bem bonitas para “presidenta”, atiro a moça nas garras da Marilena Chauí e lavo as mãos.
21 DE MARÇO ─ Preciso me distrair mais. Ando muito tensa com essa base aliada. Liguei para a Gleisi e pedi para ela reavivar o cineminha do Alvorada.
Gente! Tem alguém vendo esse Big Brother? Aquela espanhola tomou banho pelada e a Globo exibiu tudinho! Tô passada! Liguei para o Itamaraty. Já tinha mandando barrar esses espanhóis na alfândega. O que houve?
Magenta, menta, polenta? Acho que vou dar mais um tempinho para o Chico.
22 DE MARÇO ─ Ontem fui num sambinha lá na Portela. Eis que o Sérgio Cabral aparece. Quando me dei conta, já estava com um pandeiro puxando “Toda vez que eu chego em casa, a barata da vizinha tá na minha cama”.
Gleisi foi rápida e já marcou uma sessão de cineminha para hoje. Mas escolheu filme nacional, ainda por cima com Selton Mello fazendo papel de palhaço. E eu esperando alguma coisa com o Sean Penn…
Lenta, pimenta, placenta. Arre!
23 DE MARÇO ─ PIB fraco??? É cada uma! Queria ver esse pessoal do IBGE sentar aqui e fazer alguma coisa! Chamei aqueles engomadinhos no Palácio e desci o pau! Não vai dar em nada, mas o João Santana diz que é bom para a imagem.

24 DE MARÇO ─ Não estou conseguindo acompanhar o final da novela e mamãe não sabe gravar nessa tevê digital. Às vezes eu me inspiro na Tereza Cristina, sabe. Preciso fazer benchmarking.
Passei a tarde trancada no gabinete vendo vídeos do Chico Anysio.
25 DE MARÇO ─ Mandei comprar um porta-retrato e pus minha fotografia da capa da Veja. Me senti uma estadista. Achei muito classuda aquela foto!
Vi O Artista. Nossa, dormi quase o filme inteiro. Bo-ring! Onde já se viu, filme mudo em 2012! O pessoal fica achando chique essa história de velharia ressuscitada e depois reclama quando o Sarney se diz moderno.

26 DE MARÇO ─ O Lula está novinho em folha e já avisou que vai voltar a fazer política. Xiii.

27 DE MARÇO ─ Minha cartada final: indiquei o Lobão para a presidência do Senado. Se ele não se tocar, desisto.

 28 DE MARÇO ─ Surpreendenta! 


Um pouco, agora, sobre a palhaçada do vídeo do Rui Falcão, presidente do PT:

Feira Livre

14/04/2012 \ Feira Livre

Deonísio da Silva: ‘O que os mensaleiros querem é destruir a ordem democrática’

 

                   Reincidente? Recalcitrante? Os mensaleiros vão acabar esgotando o estoque de designações na língua portuguesa antes de serem julgados. É de um divertido horror a orquestra que ora montam para ameaçar a ninguém menos do que os ministros do STF. Um dia um aliado deles no próprio STF, ansioso pela prescrição, diz que não vai dar tempo de julgar este ano. É balão de ensaio. Todos vão pra cima dele. Sai outra tentativa: o presidente do PT diz que foi uma farsa o mensalão, que resultou até na criação de uma nova palavra nos dicionários de língua portuguesa. O próprio espanhol criou o neologismo mensalón.
                           O cenário nos lembra paradoxalmente uma fala de Castello Branco sobre aqueles que rondavam os quartéis à procura de um golpe. Elio Gaspari gosta muito de citar o trecho. Castello se referia aos políticos civis que iam aos quartéis para buscar conchavos com a oficialidade: “Eu os identifico a todos. São muitos deles os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas,vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias ao Poder Militar.” Só o que o cerco, que outrora foi ao Exército, agora é à mídia, ao Ministéro Público, ao Judiciário. E vale tudo, sejam embargos escritos ou embargos auriculares.
                        O sítio é estendido a blogues e colunas independentes como esta! É fácil identificar milicianos subsidiados para o serviço sujo de marcar homem a homem, responder a cada artigo. Augusto Nunes, que é um craque, não começou ontem, sabe onde eles estão. Aqui na coluna “de vez em sempre” aparecem alguns deles. O que querem? Destruir a ordem democrática, evidentemente. Chamam de mentiroso – disfarçamente, é claro – a ninguém menos do que o Procurador Geral da República, que denunciou uma organização criminosa, indicando o líder e os outros 39 dirigentes.
                       E a imprensa inventou? Não, a imprensa fez e faz seu papel: informou, analisou, repercutiu, levou ao conhecimento da sociedade, como se dissesse: toma, que o filho é teu! Sim, o problema do mensalão não é mais só dos poderes que o denunciaram e dos que agora o julgam. É da sociedade. Se os mensaleiros não forem punidos – até agora só Silvinho Land Rover o foi e por crime confesso! – voltará a máxima do velho Stanislaw Ponte Preta: ou se recupere a moralidade ou nos locupletemos todos.


 13/04/2012 - \  Feira Livre

VAMOS ACRESCENTAR?
por REYNALDO-BH

1 ─ Se o mensalão SEQUER existiu, de que material eram feitos os pacotes de dinheiro entregues a Roberto Jefferson?
2 ─ Se o mensalão não existiu, onde foram parar os milhões que seriam legitimamente de propriedade de quem nele colocasse as mãos?
3 ─ Na mesma linha, como o STF tem entre seus juízes (no mais alto posto do Judiciário) um completo pateta como Joaquim Barbosa, visto que o mesmo está há anos debruçado sobre esta que seria a maior das ficções já produzidas no Brasil?
4 ─ Como o mensalão foi somente uma farsa, o que quereria dizer Lula quando afirmou ter sido “traído” no episódio que nunca existiu? Excesso de álcool ou falta de vergonha?
5 ─ Já que nunca houve mensalão, por que Delúbio Soares afirmou que este era somente outro nome de caixa 2?
6 ─ Como foi tudo fruto de fantasia coletiva, por que Tarso Genro chegou a propor a refundação do PT?
7 ─ Se a oposição brasileira é tão forte a ponto de criar esta farsa, como conseguiu perder as eleições?
8 ─ Como o mensalão foi uma farsa, o “Lulinha Paz e Amor” também foi? Afinal, Duda Mendonça – marqueteiro oficial do PT – atesta a existência dos dois. Em depoimento.
9 ─ Se o mensalão do PT foi uma farsa, por que os petistas exigiram que a outra “farsa” (a de Arruda) fosse punida com a cassação do bandido do DEM?
10 ─ Como farsa montada, qual o papel do carequinha Marcos Valério? Foi cooptado pelas oposições ou era um personagem de comédia em meio a uma farsa?
11 ─ Já que tudo não passou de uma fantasia, certamente houve veiculação de propagandas do BB nas TVs e jornais, embora ninguém as tenha visto. (Outro caso exemplar de delírio coletivo: a propaganda que foi feita, paga, mas nunca foi veiculada.)
12 ─ Segundo a ave de rapina Falcão, a farsa montada deturpou o fato de João Paulo ter ido a um shopping de Brasília pagar uma reles conta de TV a Cabo. Como pagou cash, teve troco de R$ 50.000,00.
13 ─ Como o mensalão é uma farsa, o início da mesma foi a montagem de um vídeo com o injustiçado Waldomiro acertando uma partidinha de futebol com o Cachoeira. A fita teve montagem posterior com inserção de áudio para justificar a farsa. Seguido de outra filmagem, de um pobre e dedicado servidor dos Correios que pegou uma “petequinha”, transformada nesta farsa, em um suborno em dinheiro.
14 ─ Como farsa, o ex-senador e atual deputado Eduardo Azeredo (PSDB) foi também mais uma vítima de algo que foi montado pelo PSDB para atingir o PT… peraí, me perdi… Ou perdi um pedaço da história…
Entendo Rui Falcão. Homem culto, letrado, ex-jornalista. Conhecedor das artes. Entre as mesmas, o teatro. Que define FARSA como: “gênero dramático predominantemente baixo cômico, de ação trivial, com tendência para o burlesco (cômico; ridículo). Inspira-se no cotidiano e no cenário familiar e é o mais irresponsável de todos os tipos de drama. Caracteriza-se por seus personagens e situações caricatas. Distingue-se da comédia e da sátira por não preocupar-se com a verossimilhança nem pretender o questionamento de valores. Busca apenas o humor e, para isso, vale-se de todos os recursos; assuntos introduzidos rapidamente, evitando-se qualquer interrupção no fio da ação ou análises psicológicas mais profundas; ações exageradas e situações inverossímeis. Sua estrutura e trama são baseadas em situações em que as personagens se comportam de maneira extravagante, ainda que pelo geral mantenha uma quota de credibilidade. Seus temas e personagens podem ser fantásticos, mas podem ser críveis e verossímeis.”
O problema é que nas FARSAS os palhaços estão no palco.
Nunca na plateia. Menos ainda nos assentos de juízes.

Enviado por Ricardo Noblat - 
14.4.2012
POLÍTICA

Mensalão: como ficará Silvinho Land Rover, por Augusto Nunes

Blog do Augusto Nunes
Se o mensalão foi uma farsa, como recita Rui Falcão a 30 piscadas por minuto, o Brasil conseguiu produzir um espanto jurídico ainda mais impressionante que a colossal roubalheira descoberta em 2005: o erro judiciário endossado pela vítima.
O injustiçado voluntário seria Sílvio Pereira, o Silvinho Land Rover, secretário-geral do PT quando Roberto Jefferson resolveu abrir o bico sobre o maior escândalo da história da República.
Em janeiro de 2008, decidido a escapar do processo em curso no Supremo Tribunal Federal, o mensaleiro assustado topou fechar um acordo com a Procuradoria Geral da República.
Em troca da suspensão do julgamento por formação de quadrilha, dispôs-se a cumprir uma pena alternativa ─ três anos de serviço comunitário numa subprefeitura de São Paulo. Como atesta o noticiário da época, as duas partes julgaram ter feito um bom negócio.
A Procuradoria conseguiu do réu uma silenciosa confissão de culpa: se fosse inocente, o réu aguardaria sem medos a decisão da Justiça. O delinquente ficou feliz com o tamanho do castigo, extraordinariamente suave para quem se enfiou até o pescoço no pântano da ladroagem, e com a chance de voltar a dormir sem sobressaltos.
Silvinho Land Rover não sabia o que era isso desde julho de 2005, quando teve de afastar-se da direção do PT e ganhou a alcunha inspirada na marca do veículo presenteado por um fornecedor da Petrobras ao figurão que lhe abrira furtivamente as portas do Planalto.
Submerso há mais de quatro anos, pode ser ruidosamente devolvido à ribalta pela aproximação do julgamento de que escapou. Depende do resultado.
Se o STF sucumbir ao show de cinismo ensaiado por Lula, Rui Falcão e seus devotos, ignorar a montanha de provas e absolver os 38 pecadores que continuam no banco dos réus, ficará estabelecido que não houve mensalão nem mensaleiros.
Caso seja erguido esse monumento ao absurdo, espera-se que algum ministro togado, em parceria com o presidente do PT, tenha a bondade de desvendar o enigma indecifrável desenhado pelo caso de Silvinho Land Rover.
Pela primeira vez na história do Judiciário, um acusado fez questão de ser punido por um crime que ninguém cometeu. E cumpriu a pena sem queixas.


                               Sem vergonhice tem hora, não é??


Enviado por Ricardo Noblat - 
13.4.2012
POLÍTICA

PT quer compartilhar prejuízo do processo do mensalão, por Dora Kramer

Dora Kramer, O Estado de S.Paulo
Onde havia a dúvida, o presidente do PT, Rui Falcão, instituiu a certeza: a defesa enfática da criação da CPI para investigar a rede de traficâncias do contraventor Carlos Augusto Ramos, vulgo Cachoeira, não pode ser tomada como um retorno do partido às lides da ética na política.
Significa, antes, uma tentativa de socializar desde já os prejuízos decorrentes do julgamento do processo do mensalão. De onde se conclui que o PT não faz as pazes com a legalidade, mas apenas volta a se utilizar da bandeira sob a qual fez carreira.
Até quarta-feira essa era apenas uma ilação. Uma versão corrente entre adversários de governo ou oposição, tornada oficial por Falcão em um vídeo divulgado na internet pedindo apoio para a investigação "do escândalo dos autores da farsa do mensalão".
Um recibo com certidão firmada em cartório. Tão completamente explícito que até petistas mais ajuizados manifestaram contrariedade. Entre eles o senador Jorge Viana, que foi ao ponto: "Ela (a CPI) não pode estar vinculada ao tema mensalão, pois esse é um problema de que nós, no PT, temos uma versão e o Brasil tem outra".
Questão que caberá o Supremo Tribunal Federal resolver dizendo de que lado está a razão. Sem a interferência de ensaios canhestros de desvio de foco ou atos de pressão, cujo primeiro resultado é a exposição pública dos propósitos baixos do partido.
Ordens de Lula, sedento que está o ex-presidente de desmoralizar personagens e ações-chave no desmonte da imagem proba do PT? É o que consta e o que faz sentido, partindo-se do princípio de que Rui Falcão não lançaria mão de uma ofensiva tão escancarada sem um forte muro de arrimo a escorá-lo.
Aliou-se à defesa da tese difundida pelo réu mor do processo, José Dirceu, e saiu "denunciando" a existência de uma "operação abafa", organizada pelos meios de comunicação para impedir as investigações sobre as relações da rede Cachoeira com o mundo político em geral, com um órgão de imprensa em particular (a revista Veja) e, se possível, resvalar no Judiciário melhor ainda, na perspectiva dos que são vistos como "autores da farsa do mensalão".
Um truque conhecido, esse de partir para a ofensiva usando armas com sinal trocado a fim de aplicar vacina nas próprias mazelas.

Enviado por Ricardo Noblat - 
13.4.2012
POLÍTICA

Quem mente pisca muito mais, por Augusto Nunes

O presidente do PT, Rui Falcão, registrou o que acha da CPI do Cachoeira num vídeogravado nesta quarta-feira. Em apenas 1min50 de palavrório, garantiu que:
1. O senador Demóstenes Torres não deixou o DEM para antecipar-se à expulsão inevitável. Afastou-se para impedir, espertamente, que as investigações sobre seus vínculos com Carlinhos Cachoeira chegassem ao partido.
2. É fundamental neutralizar a “operação-abafa” concebida para abortar a CPI que, no momento da gravação, já fora aprovada pela aliança governista e pela oposição.
3. O nome certo da CPI do Cachoeira é “CPI do Demóstenes”.
4. Além de Demóstenes, as patifarias do delinquente goiano envolvem o governador Marconi Perillo. Não são mencionados os companheiros Protógenes Queiroz, Rubens Otoni, Olavo Noleto e Agnelo Queiroz, submersos na mesma cachoeira desde o começo da semana.
5. O PT está comprometido com a luta contra a corrupção e os corruptos. Os bandidos estão todos na oposição.
6. Os corruptores e corruptos agem com o apoio dos grandes órgãos de comunicação, em parceria com falsos moralistas e fariseus que apenas simulam apreço pelos bons costumes que os governistas preservam.
7. A CPI do Demóstenes é indispensável “para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão”.
Com sete atropelamentos da verdade em 110 segundos, Falcão alcançou um índice impressionante. Também confirmou que quem mente pisca muito mais. Gente normal pisca de 10 a 15 vezes por minuto. Ao longo da discurseira, o presidente do PT conseguiu estabelecer uma marca admirável: 63. Mais de 30 por minuto.
É um recorde. E é a prova definitiva de que o que diz um Rui Falcão tem tanto valor quanto uma promessa de Dilma, uma crítica literária assinada por Lula ou uma cédula de três reais.


Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
13.4.2012
POLÍTICA

O que afinal o senhor Rui Falcão pensa dos brasileiros?


                 Fiquei injuriada com o vídeo do presidente do PT. Sei que foi para uso interno, mas como ele conclama a sociedade organizada, partidos políticos, centrais sindicais, movimentos populares, a se mobilizarem para neutralizar a operação destinada a abafar a CPI do Demóstenes, creio que ele pretendia o que conseguiu: que sua peroração fosse ouvida fora do âmbito do PT. E aí ele nos dá o direito de responder. É o que faço agora.
             O que é mesmo que ele pensa de nós, brasileiros? Que somos inteiramente imbecis? CPI do Demóstenes? Não devia ser CPI do Brasil Corrupto e Corrompido?
                Se Demóstenes Torres foi corrompido, alguém o corrompeu. Se foi o Cachoeira, alguém abriu a primeira picada na mata onde o Cachoeira conseguiu de um filete d’água um riacho que virou um rio caudaloso que deu na baita cachoeira que inunda boa parte do Brasil.
                  No mesmo fôlego Rui Falcão chamou o crime do mensalão de farsa. Ora, se ele está convicto que foi uma farsa, devia ser o primeiro a gritar na porta do STF: Julgamento Já! E devia ter começado a gritar em 2005, pois quanto mais rápido seus companheiros e aliados fossem julgados, mais rapidamente se livrariam da pecha que paira sobre seus nomes e sobre a honradez do PT.
              Essa, aliás, parecia a opinião do então presidente da República quando o escândalo do mensalão estourou na Imprensa.
                Tudo bem que ele, industriado, já tinha o mensalão como "caixa 2". Porém na entrevista que deu a uma jornalista escolhida a dedo (não por ser moça bonita, por fazer as perguntas adequadas) no dia 17 de julho de 2005, nos jardins do Hôtel de Marigny, palácio onde o governo francês recebe seus hóspedes ilustres, Lula se mostra indignado com a agressão à ética que era marca do PT... e promete que o PT vai agir:

Link para o vídeo  do Lula no YOUTUBE
                                     http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=rhDBXbWS8eI#t=0s

            Viram? Lula garantiu que o PT ia atrás de quem errou. Isso há sete anos! Mas ninguém obedeceu ao chefe. Que vergonha, PT!
              Além de desconsiderarem a ordem de Lula, agora o atual presidente do partido filho do Lula acha que está havendo "pressão" para que se julgue o crime do mensalão no “clima eleitoral que o país vive”, "num curto espaço de tempo"!!!. Pressão? Curto espaço de tempo?
             Ora, seu Falcão, há sete anos esperamos esse julgamento. Devia ter havido, isso sim, uma grande pressão de todos os partidos políticos, do Congresso, do Governo Federal, da Imprensa e da sociedade, para que o julgamento já tivesse sido feito.
             O que não podia é estar o Brasil nesse estado de letargia, esperando e aceitando as justificativas pelo atraso, esperando e compreendendo o incompreensível, esperando e desculpando o indesculpável: uma Justiça que não julga.

                                               Amigos do Blog: uma boa diversão com a leitura selecionada (dos melhores blogueiros e colunistas) e um ótimo fim de semana!