Voltando das merecidas férias e praia, penso em dar mais tempo e dedicação a este nosso bloguinho. Afinal, o ano de 2012 promete. Para o Brasil, no geral, serão de grande importância as eleições municipais. E por quê? Conhecendo a índole da "companheirada" (a turma do PT) no poder, está claro, pelo demonstrado desde já em São Paulo, com o "dedaço"(novamente) do Lula, a favor do incompetente Ministro da Educação e que o "chefe Lula" exige seja o escolhido para disputar as eleições, o Haddad, a turma no Poder procurará não abandonar o "osso"- afinal, estão todos "ascendendo" nas classes sociais...e a que custo, não é?
Imagino que aproxima-se o momento em nosso País, em que todas as pessoas de bem terão que precaver-se de mais vitórias dos petistas, sob pena de ver espalharem-se, ainda mais, o cinismo político e a mentira deslavada, quase como método de governo e norma geral dos políticos. Ninguém mais está tendo "saco" para aguentar tanta falsidade.
E, nesse quadro, qualquer pessoa que possa contribuir, de alguma forma- qualquer forma, para opor-se a isso, esclarecendo aqueles mais próximos, de seu bairro, cidade, região, etc..., tem a obrigação moral de fazer a sua parte e, é claro, de maneira democrática, buscando uma mudança pelas urnas...
Eu gosto de trazer postagens de vários jornalistas, todos de renome, texto impecável, experientes no trato da política, já de mais idade, por, além de ser fã dos mesmos, reconhecer, humildemente, que eles sim, poderão ser ouvidos pelo Brasil, erm todo o território nacional. A nossa contribuição local, muitas vezes, nem por isso deixa de ter sua importância e, eu diria mais, imprescindível na construção do país que todos queremos e com a mentirada e enganação atual, está cada vez mais se distanciando do país honesto, justo, solidário, uma nação que todos esperamos.
Seguem alguns posts ótimos destes últimos dias.
Enviado por Ricardo Noblat - 16.1.2012
Povo bobo
A presidente Dilma vai muito bem, obrigado. Manda lembranças. Pouco fez no seu primeiro ano de governo, é verdade. Mas deu a forte impressão de ter feito muito.
De fato, é isso o que importa na Idade das Aparências. Estão aí as pesquisas de opinião para atestar sua popularidade.
Em resumo: dotado de fraca memória, no geral o povo é bobo. Ai dos governantes e dos políticos em sua maioria se o povo não fosse bobinho. E se não carecesse de boa memória.
Por bobo, deixa-se enganar com uma facilidade espantosa. Por desmemoriado, esquece rapidamente em quem votou – e também as promessas que o atrairam.
E o mais notável: se perguntado responderá conformado que político é assim mesmo e que a política se faz assim em toda parte.
Na próxima eleição procederá da mesma forma. E até lá se dará ao desfrute de falar mal dos seus representantes como se nada tivesse a ver com eles.
Lances de marketing político à parte, o que Dilma entregou de concreto no ano passado?
A primeira e a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento avançaram devagar quase parando. Os demais programas, ídem.
Perguntem ao Movimento dos Sem Terra se a reforma agrária avançou alguma coisa. Pouco ou quase nada.
No primeiro mês de governo, os mais apressados enxergaram indícios de uma possível mudança para melhor na política externa. Dilma parecia disposta a expurgar maus hábitos adquiridos nos oito anos de Lula. Hoje, ninguém está certo de que isso aconteceu.
Concebida para esclarecer crimes da ditadura militar de 1964, a Comissão da Verdade derrapou sem sair do lugar.
Ampliaram de tal modo o período sujeito às suas investigações que ela não terá tempo razoável para investigar coisa alguma. Para completar, esvaziaram-lhe os poderes.
O governo foi bem na área da saúde?
Dos brasileiros ouvidos pelo Ibope na última pesquisa de 2011, 67% responderam que não.
Foi mal também nas áreas de impostos (66%), segurança (60%), juros (56%) e combate à inflação (52%). A aprovação de Dilma, contudo, aumentou para 72%.
A presidente pode ir bem e seu governo não? Pode.
Dilma foi eleita porque era “a mulher de Lula”. Ainda é.
A crise econômica que flagela parte do mundo não bateu em nossas praias. Tomara que não bata.
Enquanto a vida não apertar, Dilma poderá se divertir montando e desmontando ministérios."
"O crack, o Datafolha e o mito de que a pobreza induz a violência e o vício, embora a esmagadora maioria dos pobres seja honesta e careta
A Folha deste domingo publicou uma pesquisa Datafolha com viciados da cracolândia de São Paulo. Os números insistem em escancarar o que os ditos “progressistas” não querem ver. Em vez de acatar a realidade, torturam a lógica para que ela confesse o que eles querem ouvir. Antes que entre propriamente no mérito do levantamento, algumas considerações relevantes.
O desastre social, ético, moral, econômico e urbanístico na cracolândia não se fez da noite para o dia. Trata-se de uma fabulosa soma de erros que foram se acumulando ao longo dos anos. Todos deram a sua inestimável cota de contribuição ao descalabro: as autoridades, a imprensa, setores da Igreja Católica que confundem o sofrimento com a ascese (isso, claro, quando seus padres sabem a diferença entre a Bíblia e um cachimbo de crack), cientistas sociais, as esquerdas etc.
Tenho procurado ler muita coisa nestes dias, verificar a abordagem do tema no resto do mundo etc. Espanto-me. Mesmo os grupos mais porra-loucas da Europa mais “progressista” resistem em tratar a dependência como exercício de cidadania. No limite, até acham que os viciados são um problema do estado, mas não há quem não os considere, no mínimo, doentes. Uma faixa exposta durante aquela inacreditável churrascada na cracolândia dá o que pensar: “Nem criminoso nem doente; usuário de drogas é cidadão”.
Assim, entende-se que o consumo das substâncias hoje consideradas ilícitas, crack inclusive, é um exercício de… cidadania! Digamos, meus caros, que fosse… Esses “cidadãos” especiais têm o direito de sitiar as cidades? Problema médico ou mero exercício da vontade individual, uma coisa é certa: quando um grupo impede o direito constitucional de ir e vir, como faziam os viciados e os traficantes da cracolândia, estamos diante de uma questão de segurança pública.
Voltemos à Folha. O texto do jornal começa com uma indagação: “O viciado em crack tem uma vida desestruturada porque consome a droga ou consome a droga porque tem uma vida desestruturada?” Pois é… O levantamento aponta que “a grande maioria apresenta dados socioeconômicos bem abaixo dos da média da população.” Sim, todos intuíamos isso. O jornal resolveu ouvir especialistas. Um deles é Dartiu Xavier. Ora, ao se escolher alguém para comentar um dado, escolhe-se também uma análise, uma visão de mundo. Dartiu gosta de falar. Eu jácontestei aqui um artigo seu publicado no Estadão no dia 9. Ele é diretor do Programa de Orientação, Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
No texto, afirma Dartiu: “O segundo equívoco é pensar que a droga é que causa a situação de miséria de quem a consome. É exatamente o contrário. O que leva as pessoas para o buraco é a ausência do Estado, que não oferece escola de qualidade, habitação digna nem chance de trabalho. A droga é consequência, não é causa.” Agora, ao comentar os dados do Datafolha, repetiu a ladainha: “A droga é efeito, não causa da exclusão. A pessoa já vive excluída socialmente, e sua miserabilidade faz a droga florescer.”
Bem, é mentira!
Dartiu pode até ser um exímio psiquiatra, mas não passaria - e boa parte da imprensa também não! - na prova de “Massinha 1″ de Lógica Elementar. Por quê? Segundo o Datafolha, entre os viciados da cracolândia, “27% não têm trabalho e nem procura um. Na população em geral, a taxa é de 3%.” Ou ainda: “Quem diz trabalhar faz bico (45% contra 17% na média em São Paulo): recolhe material na rua para revender, guarda carros ou é prostituta.” Ou ainda: “Os craqueiros da rua têm menor escolaridade: 64% concluíram no máximo o ensino fundamental e apenas 6% têm nível superior. A média entre moradores de São Paulo é diferente: 17% concluíram uma graduação.”
Trato aqui amiúde da maldita confusão que se faz por aí entre correlação e relação de causa e efeito. O fato de determinadas características costumarem estar presentes numa ocorrência não faz delas, necessariamente, elementos determinantes dessa ocorrência. Dou um exemplo. Eu duvido que haja muitos bandidos vegetarianos. A maioria dos criminosos, estou certo, come carne. Isso quer dizer que esse alimento induz a delinqüência? Não! Quer dizer apenas que o vegetarianismo é um traço de um conjunto de outros traços de formação social que costumam ser incompatíveis com certo tipo de delinqüência. Mas atenção!
1- A maioria dos não-bandidos não é vegetariana:
2- A esmagadora maioria das pessoas que comem carne não é composta de bandidos;
3 - Certamente existem bandidos vegetarianos;
4 - A carne não predispõe ninguém ao crime.
Depois que uma pessoa se torna viciada em crack, quais são as suas chances de ter um trabalho fixo? Ora, a violência com que a droga dela se apodera fala por si mesma. Assim, que 27% “não tenham trabalho nem procurem um”, contra apenas 3% na população, é, se querem saber, um número que me parece até subestimado. “Procurar um emprego” é, além de uma questão econômica, também um traço de moralidade pessoal e de ética coletiva, pilares que o viciado perde. Que apenas 17%, entre os que trabalham, digam viver “de bico” em São Paulo, contra 45% na cracolândia, eis outro dado compatível com a ditadura da droga. Digam-me: o que, nesses dados, leva Dartiu a concluir que foi a miséria que empurrou essas pessoas para o crack, não o contrário?
Ora bolas! É evidente que um sujeito pobre que se vicia tem mais chances de terminar na cracolândia do que um rico. É certo que um indivíduo apenas remediado que se torne dependente da cocaína tem mais chances de parar na sarjeta do que um milionário. O fato de população da cracolândia ter uma escolaridade inferior à da média de São Paulo não tem a menor importância. Isso só quer dizer que a droga prejudica ainda mais aqueles que já eram mais vulneráveis. O mesmo se pode dizer da gripe. O que interessa é saber por que a esmagadora maioria dos pobres e dos miseráveis NÃO SE DROGA!!! Qual é a hipótese de Dartiu?
Números ignorados
Eu lamento que a Folha tenha recorrido a Dartiu e a uma outra estudiosa da área para encontrar na pesquisa aquilo que foi procurar, preferindo ignorar números do Datafolha que, estes sim, dão muito pano pra manga. O jornal não deixou de publicá-los, mas os escondeu editorialmente.
Os números evidenciam o que os irresponsáveis que pregam a descriminação da maconha fazem questão de ignorar - ou sua luta perderia o caráter simpático de defesa de “direitos civis”. Dizem consumir outras drogas nada menos de 65% dos entrevistados. Entre as ilícitas, a mais comum é a maconha (43%), seguida pela cocaína: 30%. Os números sugerem o que sabe toda gente que lida com viciados: é muito raro haver o consumidor de uma única substância, e a maconha, dizem-me pessoas que lidam na área, é quase sempre a porta de entrada no mundo do vício.
Se o crack é uma determinação da miséria, como quer o tal Dartiu, ele teria de explicar por que o viciado da cracolândia é, na sua esmagadora maioria, homem (84%). É evidente que a desproporção não se explica pelo viés econômico. Os homens estão mais expostos a essa e a outras transgressões porque a educação dos meninos, em qualquer classe, é mais laxista e permissiva do que a das meninas.
Alguns números são assombrosos: 63% dos homens na cracolândia têm entre 16 e 34 anos - são jovens! Declaram-se solteiros 62%, mas 70% já são pais. Entre as mulheres, esse número chega a 90%. Um dos comportamentos associados ao uso da droga é sexo de risco - às vezes, para conseguir mais droga. Nada menos de 48% dizem consumir mais de cinco pedras por dia, e 38% afirmam gastar, diariamente, R$ 60 com o vício - R$ 1.800 por mês; quase três salários mínimos. Considerando que se manter vivo tem algum custo, serei obrigado a lembrar a Dartiu que o seu “miserável” de manual é, vejam que coisa!, de “classe média” - pelo menos assim ensinam os compêndios sobre a tal Classe C…
Encerrando
Durante anos a vigarice sociológica deu as cartas no Rio de Janeiro, por exemplo, e impediu o estado de fazer o óbvio: recuperar os territórios que estavam - e a maioria ainda está - sob o controle do narcotráfico (e, agora, das milícias). A suposição era justamente esta: o que se tem lá é um problema social. Durante anos, ouvimos cretinos a tonitruar: os morros precisam de políticas sociais, não de polícia! Errado! Precisam de polícia e de políticas sociais. Sem a primeira, os donos do pedaço se tornam os principais beneficiários de eventuais investimentos públicos feitos em áreas carentes.
É uma tolice, uma mentira, uma vigarice ou uma ilusão acreditar que só o trabalho de saúde e de assistência social resolve o problema da cracolândia - ou das cracolândias (ver texto acima). A existência de uma área destinada ao consumo e ao tráfico de drogas, regida por leis próprias, é inaceitável. Aliás, as pessoas não têm o direito de fechar vias púbicas e de sitiar moradores nem que seja para celebrar o consumo de chicabom.
A interpretação que se fez da pesquisa Datafolha reforça o mito de que pobreza induz violência e vício. Não! A esmagadora maioria dos pobres é honesta e careta, ainda que a maioria dos que perambulam pela cracolândia seja pobre.
Esta é do tempo em que o PT andava de Brasília, não de Land Rover
Sempre fico muito comovido com petistas disfarçados de representantes de “movimentos sociais” e ONGs. Fica parecendo que o trabalho partidário é só manifestação da sociedade. Num post de ontem, citei Patrícia Cornils, de uma certa “Transparência Hacker”. Ela foi uma das organizadores da churrascada na cracolândia. Mais: segundo disse, a idéia foi de um dos viciados. Como isso, ela pretendia enobrecer a origem do evento. Bem, de todo modo, a informação é falsa. A idéia surgiu num site que prega a legalização das drogas.
Mas o nome da moça ficou aqui na minha cabeça, vasculhando o arquivo… Como diria Machado de Assis, a coisa martelava: “Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano…” Lembrei!
Havia uma moça na década de 90 que era militante petista, contratada pelo PT estadual e que cuidava de algumas publicações do partido. “Não seria Patrícia Conils?”, indagavam aqui meus neurônios. Hora de consultar papéis (não estão empoeirados porque as minhas estantes são fechadas). Bingo! A própria! E, se a memória não me falha (acho que não falha), ela era namorada de Silvio Pereira, que depois veio a ser secretário-geral do PT e ficou conhecido como “Silvinho Land Rover”… Lembram-se dele?
O PT era oposição naquele tempo. Acho que ele tinha uma Brasília…
Eis um legítimo movimento social… petista"
Augusto Nunes- 16/01/2012
" Se adotassem o Método Battisti, os haitianos virariam asilados políticos
Os haitianos que lutam pela sobrevivência escolheram o jeito errado de entrar no Brasil. O jeito certo foi descoberto por Cesare Battisti. Antes de deixar o país devastado pelo terremoto, cada um deveria ter-se filiado a alguma organização clandestina de extrema-esquerda, jurado de morte o imperialismo americano e justiçado pelo menos quatro inimigos do povo. Servem pequenos comerciantes ou policiais. Depois disso, os revolucionários se proclamariam perseguidos pela ditadura haitiana e rumariam para a potência emergente que acabou com a fome, depois com a pobreza, tornou-se a sexta maior economia do mundo, montou um sistema de saúde que está perto da perfeição, empresta dinheiro até ao FMI e tem emprego para todo mundo. Mas não pela rota que passa pelo Acre, e sim pela rota sul.
É mais longa, mas muito mais segura. Termina em Porto Alegre, mais precisamente no Palácio Piratini, onde Tarso Genro governa o Rio Grande e luta pela ressurreição do socialismo. Ele sabe o que fazer para transformar qualquer companheiro em asilado político. E só nega socorro a quem tenta escapar de Cuba."
"Dilma corta à metade verbas da Segurança (Por Fábio Fabrini, no Globo)
Nos últimos quatro anos, a execução orçamentária média do programa foi de 63%. Com os cortes do ano passado, o valor deixado no cofre alcança R$ 2,3 bilhões. Ações alardeadas nos palanques eleitorais em 2010 não mereceram nenhum centavo no ano de estreia de Dilma, a exemplo da construção de postos de polícia comunitária com R$ 350 milhões previstos. Para a modernização de estabelecimentos penais, foram prometidos outros R$ 20 milhões, mas nada foi pago. Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi).
Quase 40% do valor desembolsado no ano passado (R$ 1,058 bilhão) foram de restos a pagar, ou seja, compromissos firmados em exercícios anteriores.
O ajuste fiscal do governo Dilma também atingiu uma das principais políticas do Pronasci, a Bolsa Formação, que paga auxílio a policiais e outros profissionais de Segurança matriculados em cursos de qualificação. O governo nunca gastou menos que 86% do autorizado para esse fim. Em 2011, só 49% da verba prometida foram pagos. Mesmo assim, a Bolsa Formação ainda responde por mais da metade do valor aplicado no Pronasci (R$ 572 milhões).
Ele acrescenta que tem sido mais fácil cortar verbas da Segurança Pública do que, por exemplo, das áreas militares.
Procurado, o Ministério da Justiça informou, em nota, que, considerando o ajuste fiscal anunciado no início de 2011, o limite orçamentário do Pronasci era, na prática, de R$ 775 milhões, sendo que, desse total, R$ 771 milhões foram executados."