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Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O Brasil parabeniza-o, Ministro Carlos Ayres Brito!

                   Quis o destino, poucos meses atrás, que assumisse a presidência do Supremo Tribunal Federal o Ministro Ayres Brito. O Brasil deve a ele a conduta séria e as cobranças feitas, em especial ao também Ministro Ricardo Lewandowski, estabelecendo prazos, que resultaram no tão aguardado relatório de revisão deste Ministro, para que, com isso, possa começar a ser julgado o MENSALÃO.
                   Ganharam os homens e mulheres de bem deste país, a justiça, o combate à impunidade, a esperança em dias melhores. Perderam principalmente o desfigurado PT e Lula. Este, o articulador para tentar engambelar a nação de que o maior crime político da história do Brasil, seria uma montagem " da mídia golpista, da oposição e da elite- estes três frutos de uma mente conturbada e, parece, insana do ex-presidente.
                   De qualquer forma que venha a acontecer o julgamento, resgatar-se-á, historicamente a verdade maior- foi a maior vergonha política brasileira, comandada por José Dirceu e comparsas, sob o manto do beneplácito de Lula.
                   Eu quis trazer nesta postagem de hoje, algumas coisas mais, para a reflexão dos leitores, sempre tiradas ou baseadas nos maiores e melhores jornalistas do país.

          
24/06/2012 – Blog do Augusto Nunes \ Direto ao Ponto


                    Se soubesse que Celso Arnaldo estava de olho, Dilma Rousseff provavelmente teria cancelado a entrevista coletiva que estrelou no encerramento da Rio+20. Para sorte dos leitores, o neurônio solitário não percebeu a presença do grande caçador de cretinices. Resultado: mais um texto de altíssima qualidade. Melhora a coluna e melhora qualquer domingo. (AN) 
CELSO ARNALDO ARAÚJO
                     Não foi uma declaração tão forte quanto aquela feita na Conferência de Copenhague, em 2009, ainda na condição de candidata, mas já representando o Brasil: “O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável” (veja o primeiro vídeo). Mas, na coletiva-balanço da Rio+20, a grande anfitriã da conferência carioca deixou escapar uma denúncia que o mundo ainda vai se arrepender de não ter levado em conta.

                    Aos 5:50 do segundo vídeo, ao falar sobre o financiamento ambiental de países economicamente mais frágeis por parte das nações mais desenvolvidas ─ que tinha sido cogitado em Copenhague, mas não foi cumprido desde então ─, ela lamenta que nessa condição estejam alguns países da África, as pequenas ilhas “e os países que estavam ameaçados de consequências danosas por desastres naturais, inclusive alguns que ficavam submersos em alguns momentos”.
                    Dilma não declinou os nomes desses países anfíbios, provavelmente no Pacífico, e vítimas ocasionais do derretimento das calotas polares, mas Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, ficou de dar uma olhada nisso ─ pelo menos era sua intenção até a invertida que levou no episódio do “cadê o vide-ô”. Agora, não se sabe.
                   De qualquer modo, é sempre muito ecológico ouvir a presidente Dilma colocar um pouco de clareza e razão nesse universo tão esotérico do conferencismo militante ─ onde o diplomatês e o ambientalês se juntam para deixar o mundo ainda mais confuso e preocupado. Não bastasse a seca no Nordeste, o frio em São Joaquim e o nevoeiro sobre a serra de Santos, ainda somos sufocados por expressões do tipo “multilateralismo” e “meios de implementação”, e inundados por um emaranhado de siglas misteriosas, como IFSD, Pnuma, ODA e Juscanz – nesse contexto, uma conferência como a Rio+20 mais complica do que explica.
                  E então o dilmês entra em cena, para colocar o mundo de novo no eixo que consagrou as teorias de Ptolomeu. Se você deu uma sapeada na Rio+20 e saiu com a mente poluída, preste atenção na minipalestra que antecede a coletiva da presidente ─ e se ilumine. Aprenda, entre outras coisas, que a conferência “avançou até onde estamos”. Que cada país “é diferente de outro”, e que, “introduzindo a questão dos fundos, o Brasil põe o que quer, cada um põe o que quer”.
                 Uma das colocações mais surpreendentes da presidenta se dá aos 12:11, quando ela explica, aos que reclamam da falta de um consenso que realmente salve o mundo, que a conferência é “entre partes”. E partes, segundo ela, “significa sempre países”. Ainda não está claro? Ela explica: “É assim: a parte francesa fala uma coisa, a parte brasileira fala outra”. Resumindo: “A conferência das partes é uma conferência entre nações e países”. Coincidentemente, a ONU é mais ou menos isso.
                Vivendo e aprendendo: e você que pensou que conferência das partes só era realizada nos Países Baixos?
                 Mas, em meio a questões tão vitais para o futuro do planeta, Dilma ainda teve tempo para um pouco de humanidade, se me perdoam o trocadilho involuntário. Ao mencionar a próxima reunião do Mercosul, em Mendoza, Argentina, esta semana, queixou-se de sua inevitável agenda globe trotter, aos 25:04: “A gente quando sai deste país fica muito triste, mas, é, porque o Rio e o Brasil são, é um país muito bonito. Mas quero te assegurá que a América Latina também, e o México, porque eu tive em Los Cabos, é um lugar, tem hora que cê olha assim e fala é por isso que temos essa proximidade, porque praias lindas, etc. E eu tenho certeza que Mendoza é um lugar desses também”.
               Perceba que o meio ambiente de Dilma, que realmente se apresenta hoje como uma ameaça ao desenvolvimento sustentável, tem bons momentos – como o de levar praias lindas a Mendoza, ao pé da Cordilheira dos Andes.
                Nem tudo está perdido.
                 Veja o vídeo 1  “Dilma: o Meio Ambiente é uma ameaça” =
              Veja o vídeo 2 “Dilma concede entrevista coletiva”=

23/06/2012 – Blog do Augusto Nunes \ Direto ao Ponto

                          A presidente Dilma Rousseff anuncia à plateia a próxima atração da Rio+20: um vídeo “com uma mensagem da Estação Espacial Internacional, cortesia da NASA, Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço”, recita com um papel na mão. Olha para a direita. O vídeo não aparece. Olha para a esquerda. Nada. Olha para a frente e para baixo. Coça os dois lados do rosto, logo abaixo das pálpebras. Confere outra vez. O vídeo continua sumido. Olha desconfiada para Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, sentado à sua direita.
                         A cara de brava avisa que vai dar um pito no companheiro sul-coreano. Ou pelo menos chamá-lo de “meu querido”. Resolve dar uma última chance a Ki-moon. “E o vídeo?”, pergunta. O tom de voz é parecido com o que fazia José Sérgio Gabrielli chorar. A expressão confusa do visitante informa que o suspeito não entende coisa alguma em português, nem imagina o que enfureceu a presidente do Brasil. Então, Dilma decide interrogá-lo em inglês: “VI-DE-Ô”. Para sorte do desavisado forasteiro, o vídeo aparece antes que a inquisidora parta para as vias de fato.
                         O vídeo sobre o sumiço do vídeo comprova que, para o neurônio solitário, falar inglês é falar brasileiro sílaba por sílaba.

              Veja o vídeo “Dilma Roussef, cadê o vídeo”

23/06/2012 – Blog do Augusto Nunes  \ Direto ao Ponto

                        Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Executivo com a compra de governadores. Prosseguiu a ofensiva com a contratação de Márcio Thomaz Bastos, um advogado disposto a tudo para livrar da cadeia e de quaisquer punições o chefe da quadrilha desbaratada pela Polícia Federal que vivia elogiando nos tempos de ministro da Justiça do governo Lula. E completou o serviço quando o Planalto ordenou à maioria governista que transformasse a CPI batizada com o seu nome em mais um monumento à impunidade.
                          Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Legislativo com o arrendamento de deputados e senadores, entre os quais Demóstenes Torres ─ hoje reduzido a uma caricatura carnavalesca do personagem de ficção que funde Dr. Jekyll e Mr. Hyde. A ofensiva prosseguiu na CPI, com a debochada performance produzida e dirigida pelo doutor em truques de tribunal. E será consumada com o naufrágio anunciado de uma comissão de inquérito administrada por cúmplices dos investigados (e dos que nem deixaram entrar na fila dos depoentes).
                        Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Judiciário com o aluguel de comparsas  disfarçados de juízes. A ofensiva prosseguiu com a mobilização de magistrados decididos a condenar os xerifes, libertar os bandidos e enterrar no mausoléu dos absurdos jurídicos o colosso de provas colhidas pelos detetives. Nenhum deles pareceu tão sôfrego quanto o desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal de Brasília.
                         Enquanto tentava libertar o chefão, Tourinho tirou da cela os subchefes José Olímpio de Queiroga Neto e Vladimir Garcez. Devolvido às ruas em 16 de junho, o ex-vereador Garcez reassumiu a gerência do departamento de políticos subornados. Dois dias antes, Queiroga fora reinstalado no comando do setor de ações radicais, que persegue com o uso da violência o que o dinheiro não alcança. Ambos recuperaram o direito de circular em sossego que o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima acabou de perder.
                       Conversas gravadas pela Polícia Federal provam que Queiroga propôs a Cachoeira que endurecesse o tratamento dispensado a Moreira Lima, responsável pela prisão do comando da organização criminosa. As ameaças que o induziram a afastar-se do cargo informam que Cachoeira está pronto para completar a desmoralização da Justiça. Nessa hipótese, os delinquentes poderão festejar o sucesso da ofensiva contra os três Poderes.
                    “Não é o juiz quem tem de se afastar em nome de sua segurança, mas o Estado que precisa lhe garantir a vida, prender os autores das ameaças e assegurar condições para o desbaratamento dessa máfia”, adverte a jornalista Dora Kramer no artigo reproduzido na seção Feira Livre. “Qualquer coisa diferente disso equivale a transferir aos bandidos um poder de decisão que não lhes pertence e pôr de antemão o juiz (ou juíza) substituto sob suspeita ou risco de morte”.
                    A operação concebida por Cachoeira (e aperfeiçoada por um ex-ministro da Justiça) para a captura das instituições tem de ser neutralizada já. Ou os incumbidos de aplicar a lei e defendê-la cumprem seu dever sem delongas ou formalizam publicamente a rendição vergonhosa. Nada justifica a libertação prematura dos quadrilheiros. Não se pode conceder o direito de ir e vir a quem pretende usá-lo para obstruir investigações, destruir provas, silenciar testemunhas, submeter desembargadores e intimidar magistrados.
                    Cachoeira e seus comparsas têm de aguardar engaiolados a merecidíssima condenação a longas temporadas na cadeia. Se ocorrer o contrário, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o Estado Democrático de Direito terá sido algemado pela parceria que juntou o advogado mais caro do Brasil e um bandido barato, mas com dinheiro de sobra para pagar o que for preciso para continuar em ação.
                     Os R$ 15 milhões que estimulam a inventividade de Márcio Thomaz Bastos, por exemplo. Ou propinas que amansam figurões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Ou, como alertam a revelações feitas pelo juiz Moreira Lima, extorsões e assassinatos.


24/06/2012 - 6:57


 
São muitos os espantos dos últimos dias –as alianças estranhas, a meia-sola dada pelo petismo no Maluf, o Valdemar transformado pelo tucanato em herói da resistência… Embatucado, o eleitor se pergunta: onde termina o caos e começa o pântano? Numa tentativa de ajudar, o blog elaborou um guia básico de sobrevivência na selva de 2012. Vai abaixo:
- Candidato: um político cego que, cheio de pontos de vista, tenta convencer uma multidão de idiotas a delegar a resolução dos seus problemas a um único cretino. Fala todas as línguas. São poucos, porém, os que o entendem. É perigoso e anda armado. À menor desatenção, ele saca sua lábia 171. Quando ouvir um candidato falar em integridade ética e princípios morais, cuidado com a carteira.
- Coligação: quadrilha de partidos políticos. Junção de legendas que se acham admiráveis com agremiações que consideram abomináveis. União que faz a farsa. Quanto maior o bando, maior o arsenal eletrônico. Toma de assalto a tevê e rouba a cena na sala de sua casa. Com um mínimo de atenção você verá que o caminho do inferno já não está calçado de boas intenções. O diabo mandou refazer o calçamento com o apoio da lei eleitoral e o patrocínio da isenção tributária que torna o empreendimento gratuito.
- Programa de governo: documento que anota coisas definitivas sem definir as coisas. Trança projetos e cifras e tece com eles uma teia de indecifráveis silogismos. Lembre-se: em terra de cego quem tem um olho é menos imbecil. Tente identificar na peça a senha pra caverna de Ali-Babá. Ela está escondida atrás das previsões de despesas que vão sair pelo ladrão.
- Marketing político: a arte de construir a imagem de um candidato contando mentiras completas a partir de meias verdades. Alguns tornam-se tão inocentes e virtuosos que, quando você compara com os antagonistas pecaminosos, lembra das virgens de Sodoma e Gomorra.
- PT: o pudor que abandonou a história pra cair na vida. Agora, a legenda dá como todos as outras. Mas é a única que ainda fica vermelhinha.
- PSDB: Partido da Salvação de Depravadas Biografias. Em São Paulo, acaba de conceder ao mensaleiro Valdemar Costa Neto um prontuário novo.
- Lula: um líder que jamais nega a ninguém o direito de concordar inteiramente com ele. Luta por uma boa biografia ao mesmo tempo que cuida da unidade dos petistas, que querem o poder, não um bom nome. Eletrificador de postes, já não lhe dói a idéia de fazer o papel deFalstaff numa ópera em que o penúltimo ato é o Maluf.
- Paulo Maluf: neo-amigo do rei, descobriu-se na Pasárgada que sempre sonhou. Uma terra em que os ratos conseguem botar a culpa no queijo.
- Brasil: um belo ponto no mapa, ideal para erguer uma nação.


DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo  - 24 de junho de 2012

                    Muito tem se falado sobre os recentes atos políticos imperfeitos do ex-presidente Lula.
                   Ora os tropeços são atribuídos a presumidos efeitos de medicação decorrente do tratamento de um câncer na laringe, ora a uma suposta crise aguda de onipotência pós-Presidência da República.
                  Seja qual for a tese defendida, seus autores partem do princípio de que Lula sempre acertou e de repente começou a errar sem uma explicação plausível para as falhas em seu instinto tido como infalível.
                 Há um assombro geral com a desfaçatez do ex-presidente ao passar por cima de tudo e de todos, da lógica, dos procedimentos institucionais sem a menor preocupação com as circunstâncias de seus companheiros de partido e com a repercussão de suas ações sobre a opinião pública.
                 Da mesma forma que se acha capaz de submeter processos eleitorais à sua vontade, não avalia consequências, não dá ouvidos às críticas preferindo enquadrá-las na moldura da conspiração engendrada por adversários políticos dos quais a imprensa seria agente engajado.
                Falta, nessas análises, um exame mais acurado do ambiente político como um todo e do histórico de ações de Lula.
                Se olharmos direito, não é de hoje que age assim - fez e disse barbaridades enquanto estava na Presidência - nem é o único a atuar de costas para o contraditório como se qualquer ação estivesse a salvo de reações.
                O Congresso vem construindo há muito tempo sua crescente desmoralização agindo exatamente da mesma forma: toma decisões que excluem o interesse público, voltadas para seus próprios interesses como se a sociedade simplesmente não existisse.
                Os escândalos ali produzem no máximo recuos temporários, promessas não cumpridas e recorrentes avaliações de que o Parlamento é um Poder aberto e, por isso, vítima de ataques injustos.
                Sob essa argumentação os erros se acumulam, mas não cessam. Quando se imagina que deputados e senadores tenham ciência do repúdio que provocam, eis que de novo tentam patrocinar uma farra de salários mal saídos de crises em série decorrentes de farras de privilégios outros.
                 Lula achou que pudesse descartar impunemente a senadora Marta Suplicy, aproximar-se de Gilberto Kassab ao custo do constrangimento da militância e do discurso petista, anular uma prévia reconhecida como legal no Recife, pedir bênção a Paulo Maluf, direcionar a posição de um ministro do Supremo Tribunal Federal e administrar uma comissão de inquérito ao molde de seus interesses como se não houvesse amanhã.
                  E escolheu agir assim por quê? Porque é assim que as coisas têm funcionado na política.


24/06/2012

Ora vejam! Ministério da Fazenda, do governo petista, multa banco Rural por causa de operações do mensalão ligadas a lavagem de dinheiro. Eles não ouviram Lula dizer que isso nunca existiu?

                      José Dirceu e a petistada toda, liderada por Lula, dizem que o mensalão não aconteceu e que todos são inocentes. Não é a opinião do Ministério da Fazenda, um órgão do próprio governo, liderado pelo PT. Não é fabuloso? A pasta manteve a multa de R$ 1,6 milhão aplicada ao Banco Rural por ocultar evidências de lavagem de dinheiro.
                      Então ficamos assim: o STF até pode inocentar todo mundo se quiser. Mas o próprio governo do PT garante: aconteceu um crime, e é preciso aplicar a multa. Mal posso esperar para ver alguns ministros do Supremo tentando provar que a Fazenda está errada, né? Leiam trecho de reportagem de Flávio Ferreira, naFolha.
                      O Ministério da Fazenda manteve uma multa de R$ 1,6 milhão aplicada ao Banco Rural por ocultar as evidências de lavagem de dinheiro nas transações do mensalão. A condenação administrativa, imposta em primeira instância pelo Banco Central, atingiu ainda dois ex-diretores do banco que são réus no processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal). Os ex-dirigentes José Roberto Salgado e Ayanna Tenório Tôrres de Jesus foram multados e proibidos de ocupar cargos de direção em instituições financeiras.
                      A prática de crime de lavagem de dinheiro é uma das principais acusações do Ministério Público no processo criminal do mensalão. As punições administrativas do BC foram aplicadas em 2007, no desfecho das investigações iniciadas no Rural por conta do escândalo da compra de apoio político. Em seguida, os punidos apresentaram recursos ao ministro da Fazenda. Em 28 de março, o ministro Guido Mantega rejeitou as alegações e manteve as penas com base em parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. As punições foram aplicadas a partir das regras da Lei de Lavagem de Dinheiro.
                         Segundo o BC, o Banco Rural deixou de comunicar as autoridades sobre as transações com fortes indícios de lavagem de dinheiro que envolveram as agências de publicidade do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. De acordo com as investigações, o banco e os dirigentes também não tomaram as medidas necessárias para identificar as pessoas que sacaram na boca do caixa as quantias destinadas aos beneficiários do esquema. Esse grupo de sacadores foi composto principalmente por funcionários e emissários de deputados federais.
(…)


Por Reinaldo Azevedo


23/06/2012

NA VEJA DESTA SEMANA — Aloprados: A montanha que só pariu ratos

 

 Por Rodrigo Rangel e Otávio Cabral:

                     Na semana passada, a Justiça Federal abriu processo contra nove envolvidos no escândalo dos aloprados, aquele em que petistas foram presos em São Paulo, às vésperas das eleições de 2006, quando se preparavam para comprar um dossiê fajuto que serviria para enredar políticos do PSDB com a máfia que fraudava licitações no Ministério da Saúde. 
                      A decisão sugere que mais uma jogada rasteira de petistas interessados em se perpetuar no poder à base de práticas escusas — entre as quais o mensalão desponta como exemplo mais degradante — será, depois de seis anos, finalmente punida. Ledo engano. Os aloprados levados às barras dos tribunais são militantes de baixo escalão e meros tarefeiros a serviço de próceres do partido. Eles vão responder a um processo manco, que não esclarece duas das principais dúvidas relacionadas ao caso: quem encomendou a trapaça eleitoral e de onde saiu o dinheiro que financiaria a operação. 
                      Se essas questões não forem explicadas, restará a certeza de que compensa investir no vergonhoso vale-tudo que impera na política brasileira. Afinal, como castigo, só uma arraia-miúda do PT ficará pelo caminho.
                      Os aloprados — como foram batizados pelo ex-presidente Lula depois de descobertos pela Polícia Federal — agiram em setembro de 2006 numa tentativa de implicar o tucano José Serra, ex-ministro da Saúde e então candidato ao governo de São Paulo, com a quadrilha que desviava recursos públicos direcionados para a compra de ambulâncias. Os petistas portavam 1,7 milhão de reais para comprar papéis falsos destinados a macular a imagem do tucano. À frente da ação figuravam assessores próximos de Lula e do atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que à época disputavam, respectivamente, a reeleição presidencial e o governo paulista.
                      Essa operação para atingir os adversários foi um dos muitos tiros no pé disparados pelo partido, talvez o mais exemplar deles. Em vez de ajudar o PT, o caso, ao ser revelado, contribuiu para que Lula fosse obrigado a disputar um segundo turno contra Geraldo Alckmin. Já Mercadante foi derrotado por Serra. As urnas foram as únicas penalidades impostas aos dois petistas. 
                      O caso, porém, é mais um a reforçar a suspeita de que órgãos de investigação têm sido usados com fins meramente políticos - principalmente para livrar cardeais do PT de embaraços com a Justiça


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Pressão — O delegado Edmilson Bruno, que prendeu os “aloprados”, disse que o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, telefonou para a delegacia e perguntou se o nome do presidente Lula havia sido citado pelos presos (Tuca Vieira/ Folhapress; Dida Sampaio/ AE)
                      A PF concluiu o inquérito sobre o escândalo, ainda em 2006, com o indiciamento de sete pessoas. Não conseguiu apontar os mandantes do crime nem a origem do dinheiro que pagaria o dossiê fajuto. Apesar de sobrarem evidências sobre a participação de integrantes do comitê central de campanha de Lula, o personagem mais graúdo entre os indiciados foi Aloizio Mercadante. 
                     Os policiais concluíram que Mercadante seria o principal beneficiário do dossiê, que atingia seu rival direto na eleição de 2006. O indiciamento do petista foi derrubado posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal. Restaram, então, só os militantes usados pelo partido para transportar a mala com notas de real e dólar e executar o plano. Os cérebros da empreitada ficaram de fora. No auge do episódio, a Polícia Federal foi acusada de montar uma operação limpeza para apagar os indícios que poderiam levar aos petistas graúdos. Coube a um dos delegados que participaram da investigação, Edmilson Bruno, denunciar a trama. 
                       Em depoimento ao Ministério Público, ele acusou alguns de seus principais superiores hierárquicos de ter feito pressão para impedir que o caso chegasse ao núcleo da campanha de Lula. Responsável pela apreensão do dinheiro num hotel vizinho ao Aeroporto de Congonhas, o delegado revelou que até o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tinha se empenhado pessoalmente no caso, indagando se os presos haviam citado o nome do presidente Lula.
                         A investigação da Polícia Federal deixou mais lacunas que certezas. Seguir o caminho do dinheiro, procedimento básico em investigações desse tipo, foi uma das medidas deixadas de lado. Graças a informações enviadas pelo FBI, a polícia federal americana, os agentes brasileiros souberam que os dólares que faziam parte da dinheirama apreendida foram impressos em Miami, circularam pela Alemanha e foram parar numa casa de câmbio do Rio de Janeiro. Lá, foram comprados por pessoas humildes, os conhecidos laranjas. 
                        A investigação parou por aí. Não se conseguiu sequer descobrir a mando de quem estavam esses laranjas. Já a origem dos reais nunca deixou o terreno das hipóteses, embora existissem duas pistas consistentes dentro do próprio inquérito. A primeira é que uma parte do dinheiro foi sacada em três bancos de São Paulo, provavelmente pela mesma pessoa. 
                         Essa conclusão foi possível após os agentes perceberem nas planilhas da quebra de sigilo telefônico que um mesmo celular, em nome de Ana Paula Cardoso Vieira, era usado para falar com vários envolvidos no escândalo. Ana Paula, na verdade, era Hamilton Lacerda, um dos aloprados petistas encarregados de executar a operação (o CPF da verdadeira Ana Paula foi usado pelo bando para habilitar o aparelho). No dia da prisão, Hamilton “Ana Paula” Lacerda teria passado por três bancos diferentes. “Tentamos várias formas de identificar a origem do dinheiro e não conseguimos”, justifica-se o delegado federal Diógenes Curado, responsável pela conclusão do inquérito.
                        A outra suspeita, de que parte do dinheiro tinha origem na Bancoop, cooperativa controlada por grão-petistas e usada em outros rolos financeiros do partido, também foi deixada de lado. Tão logo foi concluído pela PF, o inquérito seguiu para o Ministério Público Federal. Os procuradores poderiam ter solicitado diligências para sanar as deficiências da investigação original, mas os avanços foram pífios. 
                        A abertura de processo na semana passada sugere o pleno funcionamento das instituições e alimenta a esperança de punição aos culpados. Na prática, porém, fica a impressão de que, mais uma vez, tudo vai terminar na conta de um bando de inconsequentes — ou aloprados, como preferem alguns.
Colaborou Hugo Marques
Por Reinaldo Azevedo
 

domingo, 24 de junho de 2012

A turma do Romanée

 

 

 

O vinho que Lula adora
De acordo com o relato do próprio Paulo Maluf a correligionários, Lula não deixou passar batido o fato de estar na casa do dono de uma das melhores adegas do Brasil, na já célebre visita do ex-presidente ao deputado. Disse Lula:
- Ô Maluf, quando é que você vai me convidar para beber um Romanée Conti?.
Por Lauro Jardim
OBS: vinho francês que custa acima de R$ 6.000,00 a garrafa...