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Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Fim da Utopia

               Parece um fato inquestionável que as chamadas “esquerdas”, em especial o PT, representaram a utopia de uma mundo melhor, mais justo, humano e solidário. No Brasil, ainda continuam remando contra a maré os líderes desse e de outros Partidos, tidos como “socialistas” em sua maioria (vide PcdoB, e etc...) e não vendo o fato puro e simples: hoje são apenas arremedos daquilo que defendiam, alguns poucos ainda por convicção, a grande maioria por malandragem mesmo, por não quererem deixar “o osso”...
             E que tristeza verificar como a história se repete, de tempos em tempos, e, quando isso acontece, sempre se repete em forma de farsa. A propósito, por puro diletantismo, estive relendo algumas coisas a esse respeito.
             George Orwell, famoso pelo livro 1984, fala aí pelos idos de 1930, anteriores, portanto, à 2ª Guerra, já desiludido com a opressão do Partido Comunista, após a Guerra Civil Espanhola, refere-se principalmente às mentiras que estavam sendo perpetradas na imprensa de esquerda e experimentou o q ue chamou de “morte da história”, e que têm muita similaridade com o que escrevem os petistas na mídia comprada e, por eles, sempre a favor:
              “ Na Espanha, pela primeira vez, vi reportagens de jornais que não guardavam nenhuma relação com os fatos, nem mesmo a relação que está implícita numa mentira comum. Vi grandes batalhas serem reportadas onde não houvera nenhuma luta e completo silêncio onde centenas de homens haviam sido mortos. Vi tropas que haviam lutado corajosamente denunciadas como covardes e traidoras e outrasquer nunca viram um tiro ser disparado saudadas como heroínas de vitõrias imaginárias; e vi jornais repetindo essas mentiras e ávidos intelectuais construindo superestruturas emocionais sobre acontecimentos que nunca haviam acontecido. Vi, na realidade, a história sendo escrita não em termos do que realmente aconteceu, mas do que devia ter acontecido segundo as diversas “diretrizes partidárias”.
                Vale ressaltar que Orwell lutou junto ao Partido Comunista , com os chamados “grupos anarco-sindicalistas internacionais”.
                Alguma semelhança com os métodos do pessoal do PT, começando por seu chefe maior, o Lula?? É só a gente ler o que andam falando e escrevendo em sua imprensa paga e domesticada, os Zé Dirceu e outros figurões: o mensalão não existiu, os ladrões nos Ministérios loteados por Lula e Dilma, são frutos de uma onda de “denuncismo” da mídia elitista...
                Também Aldous Huxley, em seu “Admirável Mundo Novo”, dá conta de utopias da época e que o PT no Governo, agora, quer voltar à tona. Se lermos essa obra com os olhos que ele imprimiu ao livro, anti-utopista, como zombaria dizia:
                “ O mundo pode sair da depressão econômica(a de 1930)por intermédio de obras públicas e do aumento do consumo. Nesta visão, as obras públicas tornavam´se um fim em si mesmas: muitas estranhas torres e construções, para impulsionar a economia. O consumismo tornou-se parte de um certo processo de condicionamento: as mensagens transmitidas diziam em especial às crianças”acabar é melhor do que consertar”, “adoro roupas novas, sem remendos”. Qualquer atividadeque diminuísse o consumo, como ler ou caminhar, era desencorajada, e o baixo consumo tornou-se um crime contra a sociedade”.
                 Pelo atual Governo, ainda chegamos lá... Para isso, no entanto, eles precisam aprovar os eufemismos dos “marcos regulatórios da mídia”- traduzindo no que realmente se deseja: censura mesmo e com mídia só a favor...

Todo cuidado é pouco, o preço da liberdade é a eterna vigilância, agora mais do que nunca.
                E, para concluir por hoje, vem este texto do Blog do Noblat, de 28/11/2011:

      COMENTÁRIO


Um país de mentira


              Quanto mais mentem à vontade e sem constrangimento os cínicos que nos governam ou representam, pior é a qualidade de suas mentiras.
              De fato, a perda de qualidade tem tudo a ver com o grau de nossa indignação diante do que Dilma chama de malfeitos.
               Se nos indignamos pouco ou quase nada para que sofisticar as mentiras e torná-las verossímeis?
               A mais recente e reles mentira oferecida ao nosso exame foi publicada na última edição da VEJA. O mecânico Irmar Silva Batista, filiado ao PT há 20 anos, tentou criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios no Estado de São Paulo.
               Em 2008, ele bateu à porta do Ministério do Trabalho para tratar do assunto com o então secretário de Relações do Trabalho, o ex-deputado Luiz Antonio de Medeiros.
               O ministro já era Carlos Lupi, presidente do PDT. Medeiros encaminhou Irmar a Eudes Carneiro, assessor de Lupi.
               Eudes trancou-se com Irmar em uma sala. Primeiro, pediu-lhe que desligasse o telefone celular. Em seguida cobrou R$ 1 milhão para liberar o registro do sindicato.
               Irmar denunciou o caso a parlamentares do PT – entre eles, o senador Eduardo Suplicy.
                Sem sucesso. Então escreveu uma carta a Lula. Sem resposta.
               Um mês depois da posse de Dilma, Irmar enviou-lhe uma carta por e-mail contando em detalhes tudo o que se passara. Mandou cópia para Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência.
                No dia 9 de março último, o Palácio do Planalto confirmou o recebimento da carta.
                Na semana passada, a assessoria de imprensa da presidência informou que nenhuma providência a respeito pode ser tomada porque o trecho da carta que narrava a patifaria acabara cortado da mensagem.
                Não é espantoso? Sumiu da carta justamente o trecho onde Irmar denunciava o grupo que agia no Ministério do Trabalho pedindo dinheiro para liberar registro sindical.
                Mas sumiu como? Não se sabe. Assim como ainda não se sabe se a carta para Gilberto apresentou a mesma falha.
                Vai ver o trecho mais explosivo dela chegou truncado aos seus destinatários. Vai ver quem digitou o e-mail pulou o trecho. Custava a quem o recebeu alertar seu autor que ficara faltando um trecho? Assim a carta poderia ter sido reenviada.
                Bons tempos aqueles onde um dossiê da Casa Civil sobre despesas sigilosas do governo Fernando Henrique foi batizado por Dilma de banco de dados. Fazia até algum sentido – embora fosse mentira.
                E o mensalão que Lula se empenhou para que fosse confundido com Caixa 2?
                Mensalão é crime. Caixa 2 também é. Mas Caixa 2 soa como um crime leve, quase inocente.
               O que alimentou o mensalão foi dinheiro desviado de órgãos públicos. Se preferir, “recursos não contabilizados”, como observou com deslavada hipocrisia o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
               Montagem de falso papelório político para uso contra adversários é coisa de bandido nos lugares onde as palavras correspondem ao seu verdadeiro significado.
               Aqui foi coisa de “aloprado” – um sujeito que age por conta própria para ajudar a se reeleger quem repele ajuda desse tipo.
               Sobreviveu ao governo anterior e atravessará o atual uma das mais perigosas mentiras jamais produzidas. Atende pelo nome de “controle social da mídia”.
               Seria mais adequado referir-se a ela como “censura”. Diz-se que o controle se fará sem interferir no conteúdo. Quem acredita?
               A mãe de todas as mentiras é também a mais perversa. Ela atribui a bandalheira à governabilidade.
               Como para governar é preciso contar com maioria de votos no Congresso ou nas Assembléias, os partidos abiscoitam cargos e fazem com eles o que bem entendem. De preferência, roubam.
            A bandalheira não decorre da necessidade de contar com o apoio de partidos. Decorre da falta de princípios e de coragem do governante para valer-se da força do mandato obtido mediante o voto popular.
           Afinal, para que servem os milhões de votos que elegem um presidente ou governador?