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Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

RELIGIÃO: VOLTANDO AO BUDA TILOPA!

             Conta a história (ou lenda??) que Tilopa, apesar de nascido na Índia e ter lá atingido a Iluminação, passou muitos anos à procura de discípulos que pudessem divulgar seus ensinamentos, levando mais pessoas à Perfeição. Contudo, achando que os indianos em geral, já naquele tempo (antes de Cristo) , se achavam muito religiosos e puros, relutando em aceitar novos ensinamentos e doutrinas, acabou indo para o Tibete, à procura de um verdadeiro discípulo.
              No Tibete, acabou por encontrar Naropa e só ele foi capaz de receber essa dádiva, a do conhecimento da Canção de Mahamudra. Após isso, conta a história, Tilopa aconselhou-o "agora vai e encontra o seu Naropa", e Naropa encontrou o seu seguidor, Marpa. Este, por sua vez, acabou por encontrar, ainda no Tibete, também o seu Naropa, que tinha o nome de Milarepa. Todos foram grandes Budas e continuaram a doutrina ensinada por Tilopa. O Buda, para o Budismo ( e existem mais de 18 vertentes, divisões do Budismo, na Índia, no Tibete, no Japão, na China) é quem conseguiu a Iluminação, tornando-se um com o universo, rompendo o vínculo da reencarnação, vivendo em espírito, em perfeição para toda a eternidade, considera muitíssimos Budas, tanto no Oriente, como no Ocidente - alguns mais conhecidos, como Jesus, Maomé, Sidarta Gautama (o chamado Buda histórico), Bodidarma (que também saiu da Índia para levar sua doutrina para a China), e milhares ou milhões de outros, atuais e menos conhecidos.
              Aos poucos, irei, algumas vezes por semana, atualizando estes posts sobre o Budismo- principalmente sobre o Tântrico.
               Seguem agora os primeiros versos da "Canção de Mahamudra" e, no próximo post, tecerei comentário e interpretação sobre os mesmo.
                                                    CANÇÃO DE MAHAMUDRA
                                       ( Tilopa começa assim a sua canção)
                            
                               Mahamudra está para além das palavras e símbolos,
                               mas para ti, Naropa, sério e leal,
                               isto deve ser dito:
                                        O Vácuo não precisa de confiança,
                                        Mahamudra repousa sobre nada.
                                        Sem fazer esforço,
                                        Mas permanecendo desprendido e natural,
                                        é possível quebrar o jugo,
                                        ganhando, assim, a Libertação.

           A título de esclarecimento: o Budismo Tibetano Tântrico, esse de Tilopa, ficou esquecido por séculos, sendo seguido por pequenas comunidades tibetanas apenas e, somente no século XX foi novamente revigorado, expandido, principalmente no mundo ocidental.