Quem sou eu

Minha foto
Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O Mensalão e as Eleições

                          Crônica do Dia 01 de outubro de 2012

           A pouco menos de uma semana das eleições municipais, não poderia ser mais oportuna a manifestação feita pela ministra Cármen Lúcia, no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), durante a sessão da última quinta-feira. Ao julgar e condenar réus ligados a partidos políticos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a magistrada, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lembrou que boa parte dos 138 milhões de eleitores brasileiros vêm demonstrando não apenas desesperança, mas um desencanto com a política e acredita haver razões para isso.
            Mas ressalvou: detentores de cargos políticos devem ser mais rigorosos no cumprimento de leis, pois nesses casos, é a ética ou o caos. Desvios no âmbito do setor público impõem não apenas um custo moral. Significam também prejuízos financeiros consideráveis num país em que faltam recursos oficiais para tudo, inclusive em áreas às quais o poder público deveria dedicar atenção prioritária, pois são de sua exclusiva competência.
           Como ressaltou a ministra, "um prejuízo no espaço político significa que uma sociedade inteira foi furtada". Na prática, o dinheiro que um parlamentar ou homem público embolsa acaba faltando para a reforma da escola, para maior atenção à criança e à mãe, para a construção de um posto de saúde e para investimentos em estradas ou em saneamento básico, entre outras áreas que deveriam se constituir em prioridade do poder público. E é contra essas subtrações que o eleitor deve se insurgir, pois não têm como ser toleradas. O rigor que vem sendo imposto pelo STF aos réus do mensalão, como bem ressaltou a ministra Cármen Lúcia, não pode servir para mais descrença na política (Jornal ZeroHora, RS- Editorial- 29/09/2012).


REYNALDO ROCHA

         "Vamos combinar? Que tal agora, após o pronunciamento da Justiça que transitará em julgado (sem apelações), por ter sido proferido pela mais alta corte do Brasil, passarmos a chamar as coisas pelo nome? Sai o deputado João Paulo e entra o corrupto condenado João Paulo. Sai o empresário Marcos Valério e entra o bandido Marcos Valério.
       Onde se lê “recursos não contabilizados”, leia-se simplesmente roubo! Mas, antes de mais nada, deletemos o uso da palavra “suposto” para qualificar o que é a mais absoluta verdade. É cansativo ler que existia um suposto esquema de compra de votos. Nada disso: existiu um esquema criminoso de compra de votos!
       Excesso de cautela também pode ser sinônimo de discordância. Ou mesmo de covardia. Nós, leitores, exigimos que os meios de comunicação sejam informativos. Pedir que jornalistas relatem fatos é estranho. Mas, infelizmente, necessário.
      A imprensa séria que, provavelmente por excesso de zelo, insiste em expressões como “suposto mensalão”, “suposto participante” ou “suposto desvio de verbas públicas” está obrigada – pelos fatos! – a revogar o termo que inspira dúvidas.
    Não há nada suposto! Há fatos comprovados. E julgados como tal.
             Espero que aprendamos, na esteira de tantas lições, a usar as palavras na exata dimensão que  possuem.
   Assim teremos uma imprensa sem meios-termos. E sem medo de expor o que é simplesmente verdadeiro.
   Por supuesto! (Que, em espanhol, quer dizer claro, óbvio, certamente.)"

            Ao fazermos isso, é necessário que estendamos estes significados corretos, pois baseados em fatos concretos, a todos os níveis de administração: onde houver roubalheira, desvios de verbas, desmandos políticos, Postos de Saúde funcionando sem o mínimo de material básico, pressão sobre o funcionalismo público, uso da máquina a favor de candidatos, é conveniente e democrático que se use a VERDADE DOS FATOS, sem meias palavras.
         Só assim, contrapondo a verdade acima de tudo, principalmente acima da mentira usada como método de se fazer política e da enganação da população, como maneira de tentar se perpetuar no poder, deve ser feito, pois, de agora em diante, o Brasil, como diz a Ministra Carmen Lúcia, tem que fazer prevalecer a ética. Para a construção do grau de cidadania que o povo brasileiro exige, é A ÉTICA OU O CAOS.