Quem sou eu

Minha foto
Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

20 Anos atrás e os "Caras Pintadas"

                     Crônica do Dia 21 de setembro de 201

        Ontem estive repassando, de maneira mais atualizada, alguns dados sobre o município de Pitanga. É possível que estes dados oficiais encontrados no site do IPARDES, ajude a explicar algumas das mazelas por quais o município tem passado nos dias de hoje. Já mostramos que estamos perdendo população no campo considerável e que se acentuou de 2000 para cá, sendo os dados mais recentes de 2010.
        No ano de 2000, a população de Pitanga era de 35.861 habitantes, enquanto que em 2010, havia baixado para 32.638, com tendência de mais queda para 2011 e 2012, segundo o IBGE. No entanto o investimento/gasto da Prefeitura Municipal para o ano de 2010 na Agricultura, R$ 749.343,00  apenas, perfazendo aproximadamente 1,65% do orçamento municipal usado para aquele ano, é muito pouco para alavancar a pretensão de manter e ampliar o pitanguense no campo.
                Pior ainda é o gasto e a política em relação ao Trabalho. Neste item, em 2010, gastou-se apenas R$ 22.501,08, ou aproximadamente 0,05% do Orçamento Municipal.
                Pode-se, dessa forma, e se nos anos subsequentes (2011 e 2012) as aplicações orçamentárias tenham sido semelhantes e não incrementadas, deduzir que Pitanga, infelizmente, ainda não é a “maravilha” apregoada por alguns.
                 Esta região Central do Paraná tem uma vocação agropecuária, destacando-se no cenário do Estado e mesmo do País em vários produtos, como o milho, feijão, trigo, bovinos, suínos, e outros, como a soja, que já foi comentado ontem, em que Pitanga é um dos grandes produtores paranaenses.
                 Sabe-se perfeitamente que a soja é lavoura de maquinário indipensável, e tudo mais. Fica, no entanto, a quem pretenda dirigir os destinos do Município, providenciar estudos mais abrangentes sobre como o aumento da produção/produtividade e área plantada da soja, por médios agricultores, com algum tipo de auxílio de órgãos públicos, possa colaborar no desenvolvimento paralelo de outras lavouras, com a finalidade maior da fixação do homem no campo.
                 Mudando bem de assunto: os mais velhos devem se lembrar bem de um fato acontecido há 20 anos, mais precisamente em 14 de agosto de 1992. Para que a história não fique esquecida, vou reproduzir uma notícia da época e relembrada pouco tempo atrás pela ex-esposa do personagem em questão, a atualmente evangélica Rosane Collor de Mello, numa entrevista para o Fantástico. Quando perguntada sobre o irmão do ex-presidente, Pedro Collor de Mello, ela responde:
     “ Fernando assumiu a Presidência em 1.990 e Pedro morreu de câncer na cabeça, em 1.994. Dois anos antes, as denúncias feitas por ele na revista Veja provocaram a criação de uma CPI, e o Fernando tentou uma cartada: ele pediu o apoio popular.  Que saiam no próximo domingo de casa com alguma peça de roupa com uma das cores da nossa bandeira, o verde ou o amarelo! Que exponham nas janelas! Que exponham nas suas janelas toalhas, panos, o que tiver nas cores da nossa bandeira. Porque assim, no próximo domingo, nós estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria”, pediu Collor, em 14 de agosto de 1992. 
      Dois dias depois da conclamação, em vez de usar verde e amarelo, milhares de jovens que ficariam conhecidos como caras-pintadas vão para as ruas vestindo preto. E pedem o afastamento do presidente. Fernando Collor de Mello, para evitar a cassação, renunciou à Presidência em dezembro de 1.992.
     Fatos da história brasileira sobre o hoje senador por Alagoas, sim, aquele que tinha “aquilo roxo e não levava desaforo para casa...”
   Alguns fatos fazem a gente lembrar da língua mãe do nosso Português, o Latim, e de um célebre ditado do tempo do poderoso Império Romano, aí pelos tempos de Jesus:
Quos volunt di perdere, dementant prius”, que, na boa língua portuguesa significa literalmente: “Os deuses primeiro tiram a razão daqueles a quem querem destruir”. Em palavras menos difíceis e mais atuais, seria: “ aqueles que se sentem perdidos são capazes de qualquer coisa...”
 E, para a reflexão do final da semana, tirei do blogueiro, excelente pensador e escritor Reynaldo Rocha, transcrito no Blog do Augusto Nunes, com algumas adaptações minhas, o belo trecho que segue:

“Só quem é sabedor da vida fugidia tem a urgência da pressa. A necessidade de ainda ver algo que valha a pena ter vivido. Não me contento com derrotas repetidas, mesmo tendo lutado o bom combate. E guardado uma fé que embora só minha, também é fé!
Será que é tão difícil enxergar que um país não se faz com idolatrias, engodos e pensamento único?
Não sou melhor que ninguém. Só tenho PRESSA. Derivada mais do tempo que perdemos do que de algum desejo de futuro. Dos desvios que sempre nos levam a abismos e nunca a planícies
Talvez devesse fazer parte do coro dos contentes. Daqueles que – mesmo sem participar do roubo – ficam felizes pela paz proporcionada pelos ladrões. Em 100 prestações das Casas Bahia. Ou vendo o noticiário em uma TV LCD de 42 polegadas, paga com somente 350% de juros ao ano.”