Volto hoje a expor algumas comparações
sobre o desempenho do Brasil neste Jogos Olímpicos, as Olimpíadas de Londres,
na Inglaterra. O motivo é que as crianças estão vendo, torcendo para o Brasil,
logicamente, e perguntam se nossos
atletas estão se saindo bem, e porque nosso país não está no topo da lista, em
número de medalhas.
Foram exatamente estas as perguntas que
me foram feitas, por mais de uma vez, neste últimos três dias. Como todo mundo
que está seguindo os jogos, ou vendo os noticiários, nota que o que decide é a
quantidade de medalhas de ouro, quer dizer, só sendo os melhores, ganhando
ouro, é que pode-se ficar no topo, em Olimpíadas.
Vou fazer a mesma argumentação que fiz
em casa, baseada em fatos reais, para tentar dar uma análise correta da
situação, sem puxar para lado nenhum, nem mesmo só a favor do Brasil, apesar de
a gente ficar tentado a fazer isso...
Então, vamos ver algumas comparações:
- 05 maiores países em extensão territorial
são, respectivamente: Rússia, Canadá, China, Estados Unidos e Brasil;
- 05 maiores países em população: China,
Índia, Estados Unidos, Indonésia e Brasil;
- 0s maiores países por PIB do mundo: Estados
Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Brasil.
Levando-se
em consideração que o melhor desempenho do Brasil foi em 2004, em Atenas-
Grécia, com 05 medalhas de ouro (02 de prata e 03 de bronze), em 16º lugar. Na
última, em Pequim, na China, o Brasil ficou em 23º.
Qual a análise que se pode e se deve
fazer? Que, na verdade dos fatos, o Brasil, devido à sua posição no cenário
internacional, poderia estar fazendo mais, muito mais. Há países que, apesar de
terem poucos recursos, caso de Cuba, por exemplo, investem tudo o que podem no
preparo de seus atletas, até por encararem os Jogos Olímpicos como uma questão
política deles, e que pontuam muito melhor que o Brasil; outros, com muito
menos habitantes e PIB pequenininho, também ficam à frente.
Acho
que dá para chegar a uma conclusão que, apesar da propaganda, os investimentos,
que garantem a continuidade do preparo que se requer, estão sendo insuficientes
e tem que melhorar. Outra conclusão que se tira de cara, é que pode-se
experimentar trocando os técnicos e suas equipes dessas modalidades esportivas
que são menos eficientes, talvez investir em novas formas ou modalidades e, aí
sim, verificar quais foram os resultados e se melhorou.
As
Olimpíadas, como todos sabem, são realizadas a cada quatro anos: se em quatro
anos, às vezes em oito anos ou até mesmo em mais tempo, não se conseguiram bons
resultados, é razoável concluir que se mudar a forma, o técnico, as equipes
mesmo, procurando a renovação, principalmente nesses casos é muito importante,
eu diria, até fundamental, e estou me referindo ao esporte, como em tudo na
vida, não é mesmo??
Tudo
tem seu tempo: aquilo que funcionou bem ou regular, pode estar levando à
mesmice e, quando chega essa fase, estaciona- se e depois, fica difícil
recuperar o tempo perdido. Agora, pode ser que eu esteja errado e que ainda mude de figura neste últimos dias de
confrontos esportivos, claro, e alavanque seu quadro de medalhas, vamos ver.
Também
é interessante notar que existem algumas qualidades que não mudam
nesses atletas : a força de vontade, o preparo, a entrega, mesmo o
idealismo, dar tudo de si, pois é o seu país que está em jogo, a disciplina, e
muitos outros predicados podem ser constatados nos bons. No esporte existem,
também, aqueles que vêm para ficar e deixar a sua marca e os que poderiam ter
feito mais, mas desperdiçaram seu tempo e sua vez.
Assim
é a vida...