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Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

10 Regras para uma Péssima Administração

                    Crônica do Dia 19 de setembro de 2012

                   Na Internet hoje, a gente acha tudo o que procura e também o que nem quer procurar aparece em formas e tamanhos variados. Viu-se, para estas eleições, um fenômeno especial e que, certamente, é muito bem vindo em nome da democracia e da informação, mesmo que esta um pouco excessiva: a proliferação de páginas políticas, principalmente BLOGS, e, sendo assim, há para todos os gostos e tendências: a favor, contra, nem tanto assim, nem lá nem cá, os remunerados para atender alguma candidatura, de centro, esquerda, direita, extremas esquerda ou direita, e por aí afora.
                   Seja por questão ideológica, no sentido de melhorar  a qualidade dos votos desta eleição em diante, ou para atender interesses partidários, financeiros – existe de tudo; pode-se esperar que, nas próximas eleições, haja uma filtragem natural, como já houve em tanta coisa da Internet, sobrevivendo, em consequência, os que venham a se mostrar “mais aptos” naquilo que pretenderão. Sou dos que consideram isso bom , desde que respeitados os princípios legais e os de respeito e ética da vida em comunidade e sociedade.
                    Estou tendo por hábito procurar novidades na grande rede, a Internet, mas, infelizmente, ainda se encontra pouca vida inteligente. Como costumo produzir esta crônica diária para tentar mostrar algo diferente, imaginei o que alguém faria para administrar mal uma cidade, criando, então, OS DEZ MANDAMENTOS OU REGRAS GERAIS PARA UMA PÉSSIMA ADMINISTRAÇÃO DE UM PREFEITO. Vamos lá, portanto:
                  1ª REGRA: Nunca aceitar palpite ou conselho de ninguém- afinal, o eleito É só ELE, já que Vice e Vereadores são só para ajudar na eleição, principalmente com o nome e nas finanças. Numa prefeitura, todos serão subordinados e devem obediência e fidelidade total ao Chefe, que é o Prefeito, e só ele que teve os votos e quem manda;
                2ª REGRA: Para administrar, mandar vigiar funcionários de todos as secretarias, para que ninguém se atreva em tentar  alguma outra opinião, que não seja a do Chefe Maior; em reuniões públicas, sempre que possível, mostrar quem manda e ir prá briga, nem que seja com alguma autoridade estadual ou federal, pois, afinal, este é o seu território.
                3ª REGRA: O funcionalismo nunca deve usar o nome do Chefe em aspectos negativos ou depreciativos, sendo extremamente bem vindos todos os tipos de elogios, puxa-saquismo e babação de ovo;
              4ª REGRA: O funcionário deve dar tudo de si no trabalho, sabendo que a máxima do Governo do Chefe é “só o trabalho para o Chefe enobrece”, e, nos dias de descanso, sempre que convocados pelo Chefe ou seus Assessores Diretos ou Parentes, o dever é estar sempre ao inteiro dispor;
              5ª REGRA: As promessas de campanha são instrumentos importantes para conseguir a vitória, coisa que, depois de eleito arruma-se alguma desculpa para resolver mais tarde ou não cumprir, principalmente naquelas áreas mais caras e dispendiosas, como a Saúde, Educação, Manutenção de Estradas. Sempre que possível priorizar obras mais vistosas, porque elas é que impressionam mais a população;
             6ª REGRA: Os chamados Cargos de Confiança, como Secretarias e outros, preencher, sempre que possível com parentes, tendo em vista que os familiares são , como o nome diz, os de “maior confiança”;
             7ª REGRA: o super faturamento e o sobrepreço em obras e compras são instrumentos muito comuns, usados por todo o mundo, de todos os partidos,  no Brasil atual;
             8ª REGRA: ter sempre em mente que apoiadores de campanha servem, como já diz o próprio nome: “apoiador de campanha ou cabo eleitoral”, com o fim exclusivo da campanha/eleição; depois disso, costumam exigir muito e trazer só problemas. Se os mesmos foram remunerados, o melhor é descartar o quanto antes;
           9ª REGRA: Nunca esquecer que só fica na lembrança do povo para uma próxima eleição aquele que aparece bastante. Todos os meios são válidos para permanecer em evidência: o culto à personalidade, muita propaganda, cartazes gigantescos e caros do chefe, barulho para chamar a atenção e mostrar quem manda, também é importante;
           10ª REGRA: Escapar de viver o dia a dia do município, pois isto é muito estressante depois de uma eleição e, para isso, existe a cupinchada. Viajar para lugares novos e maravilhosos, afinal, não é só em Brasília que existem bons hotéis, não apenas para conhecer, como também para vistoriar novas experiências administrativas lá implantadas, levando familiares e assessores mais íntimos, que ninguém é de ferro, tudo faz parte das funções do cargo.
         Se eleger-se Prefeito(a), para administrar bem, proceda ao contrário das regras anteriores. Um bom dia a todos e amanhã estarei na “Boca do Forno”, neste mesmo horário.