Infelizmente, descobri bem mais cedo que muita gente boa, quem "era o cara" real. Depois de ser filiado do PT- Partido dos Trabalhadores- por mais de 16 anos, à época do início do "mensalão" (início de 2005), depois da confirmação com um Deputado da Legenda que tudo era verdade, não era peça de ficção como pretendia mentir o "barbudo", fiz o que muitos fizeram (só os sérios e honestos, quero crer) em todo o Brasil: desfiliei-me. Logicamente, tiveram grande divulgação por este fato (a saída do PT), aqueles conhecidos nacionalmente. No entanto, se todos os filiados honestos deste Brasil tivessem tomado tal atitude, o partido não estaria continuando seu rol de barbaridades e roubos.
Hoje, o "Partido de vanguarda" tornou-se apenas um ridículo apêndice das vontades soberanas de um só dono: o Lula. Ainda virá muitas coisas a limpo: é só esperar para ver.
Passo adiante alguns comentários de meus blogueiros favoritos (que considero seríssimos) para a leitura dos que seguem este Blog na região e (quem sabe) "mundo afora"...
Blog do Reinaldo Azevedo
01/08/2011
Neta de Lula quer ser atriz. E quem paga a conta somos nós! Ou: O nome da peça é “O Apedeuta Indomado”
Luiz Inácio Lula da Silva é a expressão máxima da imoralidade e da falta de ética da política brasileira. O Apedeuta pôs a serviço do vício o que poderia haver, originalmente, de virtude em seu partido, nascido nos estertores da ditadura, propondo-se a mobilizar setores da sociedade que tinham ficado um tanto à margem da modernização do país empreendida pelo regime militar. Essa história — e muita mistificação que a ela se agregou — conferiu ao petismo certa aura antiestablishment, que, de modo injustificado, persiste.
Embora o PT seja hoje a legenda de estimação do setor financeiro, de alguns potentados da indústria e das oligarquias, reivindica a condição de “partido das massas”. O fato de dominar boa parte dos sindicatos do setor privado e do setor público, que são manobrados de acordo com seus interesses, com características às vezes mafiosas, lhe confere ainda o estatuto de partido de… trabalhadores. Ocorre, meus caros, que não há malefício que PR, PMDB ou PP possam fazer aos cofres públicos que o PT não faça com muito mais destreza — e impunidade garantida. E Lula é o chefe inconteste dessa política nefasta; ele próprio e sua família são beneficiários da falta de escrúpulos.
A Folha noticiou neste domingo que a Oi decidiu investir R$ 300 mil na produção da peça “A Megera Domada”, de Shakespeare, que tem no elenco Bia Lula, filha de Lurian. A Oi é uma concessionária de serviço público da qual, na prática, o BNDES é sócio. O patrocínio se dará por intermédio da Lei Rouanet, e isso significa, então, que o dinheiro que vai financiar a peça da neta do Babalorixá de Banânia sai da renúncia fiscal. Nós todos pagaremos para que a neta de Lula realize o seu sonho.
Não é de hoje que a Oi é amiga da família Lula. Quando ainda se chamava Telemar, injetou R$ 5 milhões na Gamecorp, a empresa de Fábio Luiz da Silva, o famoso Lulinha. Quando o pai chegou à Presidência da República, o rapaz era monitor de jardim zoológico. Dois anos depois, era um próspero empresário. Ainda hoje, a Oi é a única grande cliente da empresa de Lulinha. Ao comentar o desempenho do rebento, Lula afirmou que seu filho era, assim, um “Ronaldinho dos negócios”. Agora vemos nascer a “Ronaldinha” dos palcos. Se alguém tinha alguma dúvida sobre a, digamos, qualidade técnica da gestão de Ana de Hollanda no Ministério da Cultura, a resposta está dada. Deveriam estar todos num picadeiro.
A Oi, protagonista de um momento notável do jeito petista de governar, nem precisava recorrer à Lei Rouanet para prestar esse favor a Lula. Vocês devem se lembrar. A empresa comprou a Brasil Telecom, que era de Daniel Dantas. A legislação vigente no Brasil proibia a aquisição. Lula, então presidente da República, FEZ APROVAR UMA LEI COM O FITO EXCLUSIVO DE LEGALIZAR A OPERAÇÃO. Não só isso: antes mesmo que houvesse a sustentação jurídica para a operação, o BNDES se propôs a financiá-la. Ou seja: um banco público se comprometeu a dar apoio a uma operação que, àquela altura, ainda era ilegal.
O episódio levou-me a escrever neste blog que, nas democracias convencionais, os negócios são feitos de acordo com a lei; NO BRASIL PETISTA, AS LEIS SÃO FEITAS DE ACORDO COM OS NEGÓCIOS. Em 2010, o governo liberou o mercado de TV a cabo para as teles e incluiu um dígito nos celulares de São Paulo com o objetivo de aumentar os números disponíveis para venda, o que facilitou a entrada da Oi nesses mercados.
Nem aí
O Lula que permite que a família se entregue a tais desfrutes é aquele mesmo que está hoje empenhadíssimo em pôr um ponto final nisto que se convencionou chamar “faxina” no governo. Seu operador ativo é Gilberto Carvalho, que ontem (vejam abaixo) negou que a presidente Dilma Rousseff esteja sendo pautada pela imprensa.
É evidente que Dilma não tem como alegar ignorância, não é?Afinal, era ou não era a gerentona? Não se beneficiou ela própria do “modelo”? A resposta, obviamente, é “sim”. Mas é também inegável que ela está fazendo demissões que ele não faria, não porque seja necessariamente mais moral do que seu mentor e chefe político, mas porque é uma figura política mais fraca, com uma carapaça muito menos resistente. As ações moralizadoras a fortalecem. Lula, no entanto, teme que a sua arquitetura de poder seja abalada. E em que ela consiste? Tudo bem que roubem; o importante é ser fiel e sustentar a hegemonia petista.
O nome da peça é “O Apedeuta Indomado”.
Mas, tem mais...
Por Reinaldo Azevedo
03/08/2011 às 5:23
Os novos aristocratas 2 - Filho de Lula investe em futebol americano
Por Tatiana Farah, no Globo:
Filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luis Claudio, o Lulinha, abriu uma empresa para captação de patrocínio esportivo. Ex-preparador físico do Corinthians, o filho de Lula vai investir em futebol americano. A Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda foi constituída na Junta Comercial de São Paulo, sexta-feira, com capital simbólico de R$ 1 mil, mas opera desde 27 de junho e está por trás da terceira edição do Torneio Touchdown, que reúne 16 times do país.
Para entrar no ramo, Lulinha, de 26 anos, associou-se ao locutor e especialista em futebol americano André José Adler, que foi o criador do torneio. Adler tem apenas 10% da Touchdown. Quem detém os outros 90% é a LFT Marketing Esportivo Ltda, empresa que Lulinha abriu em março com dois amigos, Fabio Tsukamoto e Otavio Portugal. Fabio e Otavio têm 10% cada, e Lulinha, 80%.
Adler contou ao GLOBO que há dois meses foi procurado por Lulinha, via Twitter.”Luis Claudio me disse que estava apaixonado pelo futebol americano e que queria entrar para o esporte no Brasil. Só em certo ponto ele me contou ser filho do Lula”, disse Adler, acrescentando que “ainda” não é possível ganhar dinheiro com a modalidade:”Não temos patrocínio, a não ser a empresa que dá as camisas dos árbitros. Por enquanto, não dá para ganhar dinheiro, mas estamos no começo.”
Indagado sobre futuros patrocinadores, Adler disse que as estatais estão fora de questão:”Não sei com quem ele está conversando, mas não vai ser nenhuma estatal.” Com capital registrado de R$ 100 mil, a LFT e a Touchdown ocupam o mesmo endereço: o conjunto 171 de um sofisticado prédio de escritórios, no bairro de Itaim Bibi. O GLOBO procurou Lulinha nesta terça-feira no endereço, mas a recepcionista informou que ele não estava. Ele também não atendeu aos chamados no celular.
Os filhos do ex-presidente Lula têm diversificado os negócios, e o mais bem-sucedido é Fabio Luis Lula da Silva, de 36 anos. Uma de suas empresas, a Gamecorp S.A., recebeu aporte de R$ 5 milhões da antiga Telemar (atual Oi).
A Gamecorp foi aberta com um capital inicial de R$ 10 mil, em 2004, por Fabio Luis e os filhos do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar, petista histórico e um dos melhores amigos de Lula. Em 2005, a Telemar investiu R$ 5 milhões, ampliando o capital da empresa, que apresentava balanço negativo.
Esta semana, reportagem da “Folha de S. Paulo” informou que a Oi é patrocinadora de uma peça de teatro que tem Bia Lula da Silva, neta do ex-presidente, no elenco. A empresa teria investido R$ 300 mil no espetáculo, bancando metade da produção. Bia Lula, de 16 anos, é filha de Lurian Lula da Silva.
Por Reinaldo Azevedo
Vai também, na sequência, comentários do Blog do Augusto Nunes
(em 01/08/2011).
(em 01/08/2011).
Nas contas dos ladrões federais, 1 milhão de dólares já parece dinheiro de troco
Nos anos 80, a capa dos sonhos de todo os diretores e editores de VEJA seria magnificamente singela. Para o resumo da ópera, bastaria uma pilha de cédulas verdes com o rosto de Benjamin Franklin sublinhando a chamada feita de cinco palavras e um algarismo:
"COMO GANHAR 1 MILHÃO DE DÓLARES"
Valorizada por acrobacias gráficas ou manuscrita por Lula com uma Bic, a chamada para a reportagem de capa pareceria igualmente irresistível até aos olhos dos bebês de colo e dos napoleões-de-hospício. Nas bancas ou nas portas dos assinantes, cada exemplar seria disputado a socos e pontapés por gente disposta a tudo para conhecer a fórmula que ensinava a ficar milionário ─ em moeda americana ─ sem precisar assaltar um banco, dar um golpe na praça ou ganhar na loteria.
Passados menos de 30 anos, essa capa talvez fizesse menos estardalhaço que um comício do PCdoB. No Brasil deste começo de século, conseguir 1 milhão de dólares parece menos complicado que subir o Corcovado de trenzinho. Nada a ver com a crise econômica dos Estados Unidos, nem com o risco de calote, muito menos com a enganosa musculatura do real. O que transformou essa quantia em dinheiro de troco foi o tsunami de bandalheiras que devasta o Brasil.
As cifras astronômicas movimentadas pelas quadrilhas especializadas no assalto aos cofres públicos informam que juntar 1 milhão de dólares é coisa de gatuno aprendiz. Ladrão federal que se preza fatura mais que isso com qualquer negociata de baixo calibre. As organizações criminosas da classe executiva não se contentam com pouco. Cresceram em tamanho, sofisticação, safadeza e atrevimento. As contas agora são feitas em bilhões.
Os bandos envolvidos na roubalheira incomparável agrupam ministros de Estado e funcionários do segundo escalão, figurões de estatais e “laranjas” obscuros, jornalistas iniciantes ou em fim de carreira, donos de partidos, senadores e prefeitos, deputados e vereadores, empresas portentosas e consultorias de fachada. Mobilizam, além dos chefes, as mulheres, os filhos, parentes próximos ou distantes, amigos ou agregados. Há centenas, milhares de larápios em ação. Há bilhões de sobra à espera dos delinquentes.
Na edição da semana passada, VEJA divulgou os espantosos resultados da maior auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União no sistema de compras do governo federal. Depois de esquadrinhar 142.000 contratos celebrados na Era Lula, envolvendo gastos superiores a R$ 100 bilhões, o TCU encontrou mais de 80 mil irregularidades. As somas surrupiadas ultrapassam R$ 10 bilhões. Tudo é superlativo no Brasil Maravilha registrado no cartório. Sobretudo a ladroagem institucionalizada, adverte o conjunto de informações perturbadoras divulgadas neste fim de semana.
As obras em andamento sob a supervisão do Dnit, segundo o Estadão, sofreram acréscimos de preços que chegam a R$ 2,2 bilhões. Demitido pelas patifarias que andou cometendo no Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Oscar Jucá, irmão do líder do governo no Senado, garantiu a VEJA que os casos de corrupção na sigla envolvem o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. A revista IstoÉ revelou que em 2010, em troca de doações ao PP, três grandes empreiteiras embolsaram R$ 2,7 bilhões liberados ilegalmente pelo Ministério das Cidades.
A Folha conferiu tonalidades ainda mais escuras ao aluvião de más notícias com a descoberta de que a Procuradoria-Geral da Justiça Militar investiga a participação de generais do Exército em convênios fraudulentos celebrados com o Departamento de Infraestrutura de Transportes. O Dnit, de novo, agora ameaçando arrastar para o pântano oficiais de alta patente. Decididamente, as coisas foram longe demais.
Cadê a indignação dos brasileiros que pagam todas as contas e bancam todos os prejuízos?, perguntou na semana passada a Carta ao Leitor. “Só a mobilização forte e permanente da sociedade”, alertou o editorial de VEJA, “obrigará a Justiça e os políticos a tomar medidas sumárias para limpar a administração pública dos ladrões, colocá-los na cadeia ─ sim, na cadeia ─ e fazê-los devolver as quantias roubadas ao Erário”. A entrada do Exército no noticiário político-policial era o sinal vermelho que faltava. Ou o Brasil reencontra a capacidade de indignar-se ─ e reage imediatamente ─ ou nunca passará de um arremedo de nação.