Estou cada vez mais convencido de que o Governo atual é uma farsa. Alguns pontos: chego a achar que, na cabeça do Lula, nunca se pretendeu que fosse mais que isso, motivo da escolha de Dilma, à época. Nunca fora candidata a nada, nunca exercera o menor cargo por eleição, os que a conheciam melhor e, claro, entre eles, Lula, sabiam que a própria tem na cabeça uma confusão de idéias, difíceis de serem explicitadas em qualquer contexto. Hoje, várias ciências da linguagem ligadas às da psicanálise e psicologia, convergem no sentido, quase unânime, de reconhecerem que as pessoas são o que elas pensam, e pensam, não por figuras, imagens, mas sim, principalmente no pensamento abstrato, filosófico, por meio das palavras: faladas, gesticuladas, escritas. Não se consegue formular pensamentos lógicos, ou uma linha de raciocínio, se não há domínio evidente da linguagem. Parece ser o caso da nossa Presidente.
Algum leitor aqui, já viu, ouviu a emissão, por palavras, é lógico, de algo bem elaborado (quer dizer: com começo, meio e fim...) por ela? Já notaram a busca no ar que ela faz ao falar, principalmente quando tira o olho de algo previamente escrito? Até nisso ela, infelizmente, é de dar dó, não é mesmo??? Dá vontade de ajudar, jogar algumas palavras ao vento, para ver se chegam até ela e, então consegue se pronunciar!!!
E Lula, em sua vivaldice (qualidade própria dos vivaldinos), possivelmente dela, da sua escolhida, sabia o todo... Para mim, há uma certeza quanto ao futuro político de nosso país: ela veio apenas e por isso, para tapar um buraco, até aquilo que o PT pretenderá venha a ser uma volta triunfal do barbudo.
É o que se depreende do tal congresso do PT. Não vale nada do que disse a presidente Dilma, nem nenhuma tentativa de mudança, nem nada: ficou bem claro que o despudorado partido pensa em ir levando, mudando aqui ou acolá, censura da imprensa, reforma política ou, qualquer coisa que eles achem próprio para ajudar a garantir mais mandato e a continuação de tudo que aí está, por muito mais tempo.
Leiam, a seguir, este pequeno trecho tirado do Blog do Augusto Nunes:
O jornalista Celso Arnaldo Araújo voltou a capturar Dilma Rousseff. O que disse a presidente e o comentário do grande caçador de cretinices mostram que o estado da paciente é grave. Confiram a frase de Dilma:
“É um encantamento. Quem viu como era, como eu vi, quem viu a transformação feita pelo governo do Sergio Cabral e do vice-governador Pezão e quem depois assistiu logo no início a força e a dedicação de vocês, tem certeza que o nosso país tem no seu povo a sua grande força”
Leiam agora o recado do Celso Arnaldo:
Saudação da presidente Dilma Rousseff, aos 44min deste vídeo, na abertura a XV Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro, dando a impressão de que todos os livros da mostra caíram em sua cabeça e sem esclarecer se o encantamento ainda é com Neymar e Ganso (“eu já vi, parei de ver, voltei a ver”), com o bondinho de Santa Tereza, com as obras de recuperação da região serrana, com a amizade fraterna de Sergio Cabral por Fernando Cavendish ou com o tamanho da mão grande do Pezão. E deixando no ar que, no Dissionário de Dilmês, lançado na Bienal com um recorde 12 páginas, fora as orelhas, transformação vem antes de depois e depois vem antes de início.
Para quem interessar, segue o endereço do vídeo citado (link)- pode ser visto ou baixado:
http://dl.dropbox.com/u/25177629/Na%20Bienal%20do%20Livro%20e%20o%20Dilm%C3%AAs.flv
E, a seguir, o editorial do Estadão (Jornal O Estado de São Paulo), de 04/09/2011:
Leia editorial do Estadão:
Um verdadeiro espanto!
“Esgoto a céu aberto, falta de professores e servidores, de salas de aula, de laboratórios, de segurança, de ônibus, de água, alunos trabalhando como funcionários, hospital veterinário fantasma.” Este é o retrato do câmpus da Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG), vinculada à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRP), inaugurada com banda de música e foguetório pelo presidente Lula em 2005 e anunciada, como tantas outras obras que se inserem na célebre galeria das “nunca antes”, como “a primeira extensão universitária a ser instalada no País”, conforme está registrado no site da UFRP. De acordo com depoimentos de professores e alunos colhidos pela repórter Tânia Monteiro (Estado, 30/8), a unidade de Garanhuns, festivamente apresentada pelo fogueteiro-mor como pioneira na interiorização do ensino superior do País, “está em coma profundo, na UTI, precisando de uma junta médica para salvá-la”.
A visita da repórter ao câmpus da UAG, onde era ministrada aula inaugural do curso de Agronomia, se deu no mesmo momento em que, a cinco quilômetros dali, na Universidade Estadual de Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Fernando Haddad, participavam de aula inaugural do curso de Medicina. Esta foi realizada em sessão solene, em instalações adequadas. Aquela, por falta de salas de aulas, deu-se num auditório improvisado. Um espanto! Em relação ao qual, como era de esperar, os estudantes não se mantiveram indiferentes: “A dificuldade é tão grande para entrar aqui”, ironizou o calouro Hugo Amadeu, “e, quando chegamos, vemos que a dificuldade será ainda maior para sair aprendendo alguma coisa”.
A UFRP tem cerca de 12 mil alunos - ou 14 mil, pois há controvérsia no site oficial -, mil professores, 900 técnicos e metas ambiciosas traduzidas numa linguagem retumbante: “Atividades voltadas para a busca intensa do conhecimento científico nas áreas de Ciências Agrárias, Humanas e Sociais, Biológicas, Exatas e da Terra, tanto para a evolução educacional e tecnológica do Estado quanto para atender a necessidades e anseios da sociedade”. É como se define a universidade que conferiu a Lula, bom conterrâneo, o título de Doutor Honoris Causa. Mas o que se vê nos campi revela uma realidade bem menos animadora. O professor Wallace Telino, presidente da Associação de Docentes da universidade, chama a atenção para a evasão de alunos e professores, o que se explicaria pelo fato de o governo estar “preocupado com o número de universidades, mas se esquece da qualidade”. É o que sugere o fato de que, apesar de se dedicar fortemente às ciências agrárias, a universidade não dispõe de “um único hectare para trabalho experimental”. Como consequência, os alunos de engenharia de alimentos, segundo eles mesmos revelam, estão prestes a concluir o curso sem uma aula prática sequer. Outro espanto.
A situação dessa universidade federal, que seria cômica se não fosse trágica, é bem um exemplo de um modo de governar que valoriza, sobretudo, as aparências. Embora suas origens remontem a 1912, em sua configuração atual a UFRP é um produto típico da era Lula. Suas duas chamadas unidades acadêmicas, a de Garanhuns e a de Serra Talhada, foram inauguradas, respectivamente, em 2005 e 2007, criadas “a partir do programa de expansão e interiorização do Ensino Superior do Governo Federal”. O câmpus de Serra Talhada, como revelou reportagem do Estado publicada um mês atrás, é chamada pelos alunos de “museu de obras”, tantas as construções interrompidas. A UFRP, aliás, lidera, num levantamento feito pelo MEC, a lista de serviços paralisados em universidades federais. E essa situação se deve, segundo o próprio MEC - e, mais uma vez ainda, é um espanto! -, a problemas com as construtoras, que abandonaram os canteiros, faliram ou simplesmente demonstraram incapacidade na construção da obra. Quem contratou essa turma?
Ouvido pela repórter do Estado, o diretor da unidade de Garanhuns, Marcelo Martins, reconheceu a existência dos muitos problemas dos quais professores e alunos se queixam. Mas garantiu que um “enorme esforço” está sendo feito para resolvê-los. Vai precisar de um pouco mais que isso.
Por Reinaldo Azevedo".
Pois é, essa é a situação real. Aqui é apenas uma pequena parte da herança de Lula, não só para a Dilma, resolver, mas, para todos nós brasileiros. Afinal, para ele que só faz exames nos melhores do Brasil e do mundo, se precisar, a Saúde, no Brasil, é "quase perfeita!"...