Quem sou eu

Minha foto
Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Enquanto isso, neste "Brasil varonil", vá lendo...

   Blog do Augusto Nunes (revista Veja), em 16/12/2011:


                   Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um pedófilo aposentado poderia brilhar no Ministério da Educação Infantil
                   Primeiro, Dilma Rousseff fez de conta que Fernando Pimentel mereceu tanto a bolada de R$ 1 milhão que ganhou da Fiemg para não fazer nada quanto o prêmio de R$ 130 mil recebido da fábrica de tubaína que faliu ao seguir os conselhos do ex-prefeito ─ e deu por explicado o inexplicável. Como o truque não funcionou, e como seguiu resolvida a manter no primeiro escalão o antigo parceiro de vida clandestina, a presidente agora forjou uma tese que poderia ter evitado o despejo de Antonio Palocci: só valem os pecados que um ministro comete depois da posse. Antes da chegada ao governo, ficam todos liberados para tratar a socos e pontapés a lei, os valores morais e os códigos éticos.
                       Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um serial killer que acabou de sair da cadeia pode perfeitamente brilhar no Ministério da Justiça, um pedófilo aposentado pode virar um excelente ministro da Educação Infantil, um latrocida pode fazer bonito na presidência do Banco Central. Por que não confiar a um Fernando Pimentel o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior? Todos os brasileiros com mais de cinco neurônios já entenderam que o buquê de espantos federais inclui um ex-traficante de influência que mente compulsivamente. Mas no Brasil até aos irrecuperáveis se oferece uma segunda chance.
                        “O caso Pimentel não tem nada a ver com o meu governo, tem a ver com ele”, disse Dilma nessa sexta-feira. Com ele, com o Ministério Público e com o Judiciário. “Não é um caso de governo”, insistiu. Faz sentido. É um caso de polícia.

 
                       16/12/2011- Blog do Josias de Souza

                           Dilma encontra repórteres num café com pão e ilusão
(Alan Marques/Folha)

                          Um inquilino do Palácio do Planalto precisa de poses. Cada frase, cada gesto de um presidente da República é uma pose. Nesta sexta (16), Dilma Rousseff fez poses para os repórteres que realizam a cobertura cotidiana da Presidência.
                          O encontro, um café da manhã, resultou em mais de uma hora de poses. Ao final, produziu-se um quadro plático.
                           No centro, uma presidente da República imbuída do pior tipo de ilusão: a ilusão de que preside.
                          Dilma disse que doravante não aceitará a ingerência de partidos nos ministérios. “Vale para qualquer partido”, ela disse. Acrescentou:
                          “Uma coisa é a governabilidade, é importante que o partido indique nomes. A partir da indicação, [o indicado] presta contas ao governo e a mais ninguém.” Pose.
                          Num sistema em que coalizão virou cooptação, quem indica não deseja senão extrair do indicado todas as vantagens que o cargo for capaz de prover.
                          Se a história recente ensina alguma coisa, é a não esperar qualquer tipo de hesitação altruísta dos políticos governistas.
                         O modelo avança e recua segundo as suas conveniências. A moral subordina-se ao re$ultado. Dilma joga esse jogo desde janeiro. Perdeu a chance de mudar.
                         Dilma declarou que seu governo é de “tolerância zero” com malfeitos. Mas ponderou:
                        "Eu não posso sair por aí apedrejando as pessoas e fazendo julgamento sem direito de defesa. […] Não tolerar malfeito de um lado, mas não vou criar caça às bruxas." Pose.
                         No ano inaugural, Dilma perdeu sete ministros, seis deles por suspeitas de corrupção. A debandada ocorreu em reação às manchetes, não por ação da presidente.
                        Dilma, alias, soou como se preferisse uma imprensa mais bem comportada. “Parece que existem dois Brasis”, disse.
                        O Brasil oficial lança programas, produz boas notícias. O país do noticiário concentra-se na roubalheira. "Obviamente que escândalo vende mais jornal", queixou-se.
                         Dilma chegou mesmo a lamentar o excesso de escalpos. Disse que alguns dos que saíram eram “muito capazes”.
                        Quer dizer: não fosse pelas manchetes, a alegada “tolerância zero” seria uma pantomima explícita. Malfeitores “muito capazes” continuariam na Esplanada.
                        Dilma perdeu a pose quando instada a comentar o caso de Fernando Pimentel. Reiterou o apoio ao ministro-amigo.
                        E quanto às consultorias suspeitas? "Não tem nada do meu governo." Beleza. Dilma termina por adotar um conceito muito usado no Congresso.
                         No Legislativo, ninguém é cassado por delitos cometidos antes do início do mandato. Como se a idoneidade tivesse prazo de validade.
                         Recordou-se a Dilma que, ressalvados os valores, o caso de Pimentel assemelha-se ao de Antonio Palocci.
                         E ela: "Mas o Palocci quis sair." Ou seja, a despeito de ter virado um chefe da Casa Civil inaceitável, Palocci ainda estaria no Planalto se quisesse.
                        Vai aproveitar a reforma ministerial para reduzir o número de ministérios? Não, não. Absolutamente.
                        "Não me venham com essa conversa. Não terá redução de ministérios, não é isso que faz a diferença no governo…"
                        “…A eficácia de um governo vai se dar quando conseguirmos mudar certas práticas de governança.” Pose.
                        Nenhuma prática de governança torna aceitável o que é inexplicável. Ministério da Pesca, dos Portos, das Raças, das Mulheres… Ora, francamente!
                        Sob o lero-lero da “eficácia” esconde-se a falta de condições de arrostar as pressões dos partidos que controlam os puxadinhos desnecessários. A começar do PT. Ponto.
                        Na economia, Dilma soou otimista. A crise internacional, ela admite, é grave. Mas o Brasil a economia brasileira ainda pode crescer 5% em 2012, acredita.
                        "O meu [cenário] é otimista. Crescimento de 4,5% a 5%. Minha meta é de 5%, de toda a área econômica também." Pose.
                        Dilma faz as vezes de animadora de auditório. É o papel que lhe resta no enredo eletrificado por uma crise externa cuja resolução independe de sua vontade.
                        Mas a presidente não ignora: só vai conseguir entregar um PIB ao redor dos 3,5% no ano para que vem se a Europa e os EUA pararem de penetrar o caos.
                        Os repórteres levaram à mesa a dura realidade: a corrupção, os aliados vorazes, a dúvida Pimentel, a ameaça econômica…
                         Dilma serviu-lhes café, pão e ilusão. Foi como se dissesse: Fora tudo isso, a coisa caminha bem.









quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Compromissos para 2012

              Aviso aos navegantes: já no início do ano que se aproxima, pretendo promover algumas novidades neste blog: atualizar com mais frequência, trazer notícias quentes do Estado (Paraná) e dos Municípios que fazem parte da região central do Paraná, 18 ao todo, com destaque neste em que resido, Pitanga. Tenho notado a importância aos aficcionados da Internet encontrarem, não só aqui, mas em todos os sites  e blogs desta vasta região, assuntos pertinentes aos seu interesses ("se queres cantar o mundo, canta primeiro a tua terra...").
              Voltando ao cotidiano (e bota cotidiano nisso...)- e agora, hem? chegou a vez de mais um desavergonhado. Desta vez é o titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Fernando Pimentel, outro do PT. É a mesma lenga-lenga de sempre: a mídia séria deste país denuncia, sempre com provas, indícios muito fortes, etc..., o envolvido dá as mesmas desculpas esfarrapadas, mente de todo jeito, em seguida a Presidente defende-o, mais alguns finais de semana, novas denúncias, e, provavelmente, apesar de Dilma defender o indefensável (a corrupção), ainda agradecer a "grande colaboração destes eméritos patriotas", acabam caindo. Até quando???
               Leia o que segue, só para relembrar o tamanho do “embuste”, meu amigo!!



Revista VEJA- Blog do Augusto Nunes


06/12/2011


            O loteamento do ministério é um mensalão que mudou de cara e ficou mais gordo


                       O despejo de seis ministros em seis meses, todos por envolvimento em bandalheiras, não se limitou a confirmar que Dilma Rousseff, tutelada por Lula, montou o primeiro escalão mais corrupto da história. A procissão dos pecadores redimidos pela chefe de governo também escancarou três constatações perturbadoras. Primeira: os chefões do PT trocaram programas de governo por projetos de enriquecimento pessoal e o monopólio da ética por parcerias cafajestes. Segunda: aos olhos dos inquilinos do Planalto, a corrupção deixou de ser crime para transformar-se num instrumento político a serviço de quem sonha com a perpetuação no poder. Terceira: o loteamento dos ministérios é a versão moderna e ampliada do mensalão.
                     Há exatamente um mês, num artigo reproduzido na seção Feira Livre, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diagnosticou com precisão a metamorfose inquietante. Três parágrafos são suficientes para resumir a ópera dos malandros:

                     “A corrupção e, mais do que ela, o ‘fisiologismo’, o clientelismo tradicional, sempre existiram. Há, entretanto, uma diferença essencial. Além da forma tradicional ─ que continua a existir ─, há uma nova maneira ‘legitimada’ de garantir apoios: a doação quase explícita de ministérios com as ‘porteiras fechadas’ aos partidos sócios do poder. Antes o desvio de recursos roçava o poder, mas não era condição para o seu exercício. Agora os partidos exigem ministérios e postos administrativos para obterem recursos que permitam sua expansão, atraindo militantes e apoios com as benesses que extraem do Estado”.
                    “No mensalão desviavam-se recursos públicos e de empresas para pagar gastos eleitorais e para obter apoio de alguns políticos. Agora são os partidos que se aninham em ministérios e, mesmo fora das eleições, constroem redes de arrecadação por onde passam recursos públicos que abastecem suas caixas e os bolsos de alguns dirigentes, militantes e cúmplices. Tanto faz que o partido se diga ‘de esquerda’, como o PC do B, ou centrista, como o PMDB, ou de centro-direita, como o PR, ou que epíteto tenham, todos são condôminos do Estado. Há apenas dois lados, o dos condôminos e o dos que estão fora da partilha do saque”.
                     “Estamos diante de um sistema político que começa a ter a corrupção como esteio, mais do que simplesmente diante de pessoas corruptas. E o sistema reage a essa argumentação dizendo tratar-se de ‘moralismo udenista’, referência às críticas que a UDN fazia aos governos do passado, como se ao povo não interessasse a moral republicana. Fora do partido e do governo nada é ético; já o que se faz dentro do governo para beneficiar o partido encontra justificativa e se torna ético por definição”.
                      Dias depois, boa parte do diagnóstico de Fernando Henrique foi confirmada pela discurseira de José Dirceu numa reunião da Juventude do PT. “Precisamos reagir a essa luta moralista contra a corrupção”, berrou o guerrilheiro de festim. “Nesse momento, o que nossos inimigos pretendem, a pretexto de combater a corrupção, é destruir o governo”. O delírio persecutório ganhou o imediato endosso de Valdemar Pascoal, secretário da entidade, que entregou ao velho companheiro uma camiseta enfeitada por palavras de solidariedade ao chefe da quadrilha do mensalão: “Contra o golpe das elites: inocente”. Nas semanas seguintes, o restante do diagnóstico foi avalizado pelo bolerão composto em parceria por Carlos Lupi e Dilma Rousseff.
                    Nesta terça-feira, mais um fora-da-lei entrou em cena para lembrar que as antigas vestais que há nove anos enriquecem no bordel perderam a vergonha de vez. “Vou falar em alto e bom som”, preveniu Delúbio Soares. “Não me arrependo de nada. Parei de passear, de fazer as coisas, mas valeu muito e está valendo”. Sorrindo, o meliante à espera de julgamento no Supremo informou que está muito feliz “com o avanço do partido nos Estados e municípios”. Deve estar mais feliz ainda com o prosseguimento do avanço sobre os cofres públicos, promovido por delúbios que continuaram em ação durante o descanso do original.
                          Dilma promete para janeiro uma “reforma ministerial”. Outro embuste. O que vem aí é a revisão do loteamento ministerial. O velho mensalão não morreu. Só mudou de cara e ficou mais gordo. Se o Brasil decente não abrir o olho, Delúbio Soares ainda vira ministro.

07/12/2011
                                     Incidente em Limeira (PUBLICADO NA VEJA DESTA SEMANA) - J. R. Guzzo


                           Os políticos brasileiros, e gente que ocupa cargos públicos em geral, talvez devessem, para o seu próprio bem, prestar um pouco de atenção numa dessas histórias que aparecem e somem rapidamente do noticiário situado entre o mundo do crime e o da política — coisas cada vez mais parecidas, neste Brasil de hoje. Aconteceu na semana passada em Limeira, no interior do estado de São Paulo. A mulher, dois filhos e duas cunhadas do prefeito Silvio Félix, presos num rapa que dias antes havia colocado no xadrez onze pessoas ligadas à prefeitura, por denúncias de corrupção grossa, quase levam uma surra ao sair da cadeia; a Justiça, obviamente, mandou soltar todos assim que terminou o prazo de cinco dias da prisão temporária, e muita gente não gostou. Um grupo de cidadãos irados foi esperar os acusados na porta da delegacia, acertou umas pancadas em uns e outros e só não bateu mais porque a polícia não deixou. Sobrou, como imagem-símbolo dessa cena ruim, a cara apavorada da primeira-dama, refugiada no fundo de um carro da PM — além, é claro, do desconforto, comum a todos os outros, de ser chamado de “ladrão” e ter de ficar quieto.
                          Limeira está longe de ser um fim de mundo. Ao contrário, é um modelo daquilo que se costuma chamar, no interior, de “cidade boa”. Fica a 150 quilômetros de São Paulo, tem um pouco menos de 300.000 habitantes e faz parte do colar de comunidades prósperas que se estende pela região mais rica do interior paulista. É a terra de nomes históricos da indústria nacional — Prada, Fumagalli, Varga. Sua economia combina as vantagens de uma área industrial dinâmica e os avanços do agronegócio. Tem boas faculdades e seu Índice de Desenvolvimento Humano, medido pela ONU, está na categoria “elevado”, entre 0,800 e 0,900 — abaixo apenas do grau máximo que se pode alcançar. Infelizmente, não conseguiu ter, em termos de desenvolvimento político, os belos índices que construiu em termos de desenvolvimento humano. Limeira, nesse aspecto, é um retrato exemplar do desastre moral que marca a vida diária de tantos municípios pelo Brasil afora. Longe da atenção nacional, rouba-se numa quantidade cada vez maior de cidades e, pior ainda, rouba-se cada vez mais. Foi-se o tempo em que prefeito e vereadores se contentavam com mixaria — o dinheirinho ganho com a venda de certificados de “habite-se” ou de licenças para instalar um forno de pizza, em geral a preços moderados. Hoje em dia os delinquentes entram no ramo com a firme decisão de ficar ricos. Querem comprar fazenda, iate de 50 pés, SUV importado. A conclusão é que Limeira vai ficando cada vez mais parecida com o Brasil da corrupção por atacado, e um número crescente de municípios vai ficando cada vez mais parecido com a Limeira de hoje. No caso que acabou explodindo na semana passada veio aos olhos do público uma história de horrores. A mulher do prefeito, os familiares e os demais envolvidos são acusados oficialmente de furto qualificado, lavagem de dinheiro, sonegação de impostos, falsificação e formação de quadrilha. Em seu período de atividades, segundo o Ministério Público, compraram mais de cinquenta imóveis e juntaram acima de 20 milhões de reais. O prefeito, por sua vez, não está numa situação muito melhor — foi afastado do cargo por noventa dias, por envolvimento na mesma trama.
                        Imagina-se a recepção popular que terá se voltar à prefeitura. Quanto aos outros, o pior parece que já passou — o pior para eles, claro. Escaparam de ficar na cadeia, e é muito pouco provável que voltem para lá com uma condenação. Tudo o que podem esperar, como castigo, é o incômodo de ficar pagando advogado e se aborrecendo com o processo, coisa que promete ir longe; esse bonde, quando começa a andar, não para. É muito pouco, para a população de Limeira — e é contra isso, justamente, que se levantou a sua cólera. O problema nem é tanto a corrupção. É a certeza de impunidade penal para os acusados, por conta de um Poder Judiciário e um sistema de leis organizados de maneira a impedir, na prática, que os corruptos recebam qualquer punição verdadeira, seja qual for o galho que ocupam na árvore pública; funcionam, dia e noite, exatamente para isso. Em Limeira não houve linchamento — como ocorreu, na mesma semana, com um motorista de ônibus de São Paulo, morto a pancadas depois de ter provocado um acidente, numa dessas quebradas da periferia aonde a polícia sempre chega depois. Mas a exasperação é a mesma.

É bom tomar nota.


07/12/2011 (Blog do Reinaldo Azevedo)


               Lula quase nos mete na roubada do Rafale… Até a França acha o caça caro e inviável. Ou: “Nóis num gosta duzamericânu”
                       Esta é mesmo do balacobaco. Leiam o que vai na VEJA Online.
                            Dassault poderá interromper produção do Rafale


A fabricante de aviões Dassault interromperá a produção do jato de combate Rafale, se continuar incapaz de vender as aeronaves no exterior. A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo ministro da Defesa da França, Gerard Longuet. “Se a Dassault não vender nenhum Rafale no exterior, a linha de produção será interrompida”, afirmou Longuet. Essa interrupção ocorreria após a França receber as 180 aeronaves que já encomendou. Segundo o ministro, o trabalho de manutenção da aeronave continuará sendo realizado.
                      O caça Rafale foi alvo de polêmica no Brasil no ano passado. O modelo era o preferido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em negociação para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB). Lula, na ocasião, ignorou relatório do Comando da Aeronáutica, que avaliou o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab, como o melhor para a renovação da frota, além de mais barato. Até agora, porém, o governo brasileiro não tomou uma decisão sobre a compra dos jatos. Devido ao aperto orçamentário, a presidente Dilma Rousseff afirmou por diversas vezes que a compra será postergada, ainda sem prazo.
                       Com as negociações congeladas no Brasil, a Dassault apostou suas fichas nos Emirados Árabes - com quem vinha negociando desde 2008. Contudo, essa venda - que já era dada como certa pela companhia - também subiu no telhado. O príncipe da coroa de Abu Dhabi, o Sheikh Mohamed bin Zayed, que também é responsável pelas forças armadas do país, afirmou em novembro que as conversas não avançaram, e que as condições oferecidas pela empresa são “impraticáveis”.
                         Pois é… É por isso que Nicolas Sarkozy, embora tenha o nariz do Cyrano de Bergerac, não pode ser considerado um romântico. É muito prático, né? O Brasil era a salvação da lavoura — digo, dos Rafales. A Força Aérea da França é o único cliente do avião… francês! O esperto Sarkozy contava com os sonhos de grandeza do Bananão… Não fosse Lula um falastrão, e a compra dos Rafales teria se efetivado na surdina. Nesse caso, a bazófia salvou os cofres públicos. E que se note: se os 200 Rafales franceses não são o bastante para assegurar a continuidade do caça, não seriam os 50 ou 70 aviões brasileiros que o fariam. Estaríamos comprando uma sucata.
                              Longuet disse mais: segundo ele, enquanto houve quase as 200 encomendas do Rafales, os americanos produziram 3 mil aeronaves F/A 18 Super Hornet, que também estava entre as opções consideradas pelo Brasil. Mas sabem cumé…Nóis nun gosta duzamericânu…Nóis é antiimperialista…


Por Reinaldo Azevedo