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Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Homenagem ao STF


             Crônica do Dia 30 de agosto de 2012

         Um dia veremos que valeu a pena não ter desanimado nem desistido.
Nós nos acostumamos a:
Não acreditar em pronunciamentos oficiais.
Duvidar dos números que nos são apresentados.
Sorrir da mais recente falcatrua.
Aceitar o atropelamento das leis.
Protestar somente no sofá da sala.
Substituir a indignação pela chacota.
Dizer que “no Brasil é assim mesmo”.
Admitir que o poder seja fatiado entre amigos.
Aceitar que incapazes sejam eleitos.
Tolerar a eleição de bandidos.
Sofrer com ladrões eleitos.
Valorizar pretensos sábios que não sabem sequer escrever.
Conviver com sábios que, cônscios do pouco (ou nenhum) saber, vendem o quase nada que sabem.
Ler revistas que vendem as páginas editoriais a quem paga mais.
Suportar opiniões de colunistas e blogueiros pagos com o nosso dinheiro.
Acreditar que, na montagem de alianças políticas, tudo é permitido.
Ouvir nulidades declamando platitudes em nosso nome.
Envergonhar-se frente ao mundo pela aceitação de um novo pai da pátria.
Ser tratados pelos poderosos de plantão como habitantes de um imenso curral eleitoral.
Pagar por serviços que não são prestados.
Trabalhar metade dos dias do ano para o sustento de uma estrutura governamental podre e corrupta.
Ser lesados como consumidores.
Ser roubados como contribuintes.
Ser enganados como eleitores.
Ser humilhados como cidadãos.
Contemplar a defesa do indefensável.
Submeter-se a argumentações ridículas e apostas na mentira.
Ver juízes que envergonham a toga agindo sem medo de assumir posturas servis.
Mas NUNCA nos acostumaremos com o desânimo. Parafraseando Facundo Cabral ( escritor argentino, já falecido): talvez o Brasil não esteja desanimado, mas apenas distraído. E distração um dia passa…E neste dia veremos que valeu a pena nunca ter desanimado. Nem desistido.”


Esta é apenas a leitura de um texto de um leitor/colaborador do Blog do Augusto Nunes, do dia 29/08/12, denominado Reynaldo BH, que, na verdade, tem o nome de Reynaldo Rocha e a íntegra está no link acima.
         Gostaram, amigos ouvintes da Rádio Poema? Pois é. E isso é assim porque:
         “Sabe a razão pela qual a empresa estatal (ou um órgão público, uma Prefeitura, por exemplo) dificilmente alcança alto rendimento? Porque o dono dela ─que é o povo ─ está ausente, não manda nela, não decide nada. Claro que não pode dar certo.
Já a empresa privada, não. Quem manda nela é o dono, quem decide o que deve ser feito ─quais salários pagar, que preço dar pela matéria-prima, por quanto vender o que produz─, tudo é decidido pelo dono.
E mais que isso: é a grana dele que está investida ali. Se a empresa der lucro, ele ganha, fica mais rico e a amplia; se der prejuízo, ele perde, pode até ir à falência.
Ao contrário da empresa ou órgão estatal que, por razões óbvias, tende a se tornar cabide de empregos, especialmente da “parentada”,a empresa privada busca o menor gasto em tudo, seja em pessoal, seja em equipamentos ou publicidade.
E não é por que na empresa privada reine a ética e a probidade. Nada disso, é só porque o capitalista quer sempre despender menos e lucrar mais. Não é por ética, é por ganância.
A empresa pública, por não ser de ninguém ‼─já que o dono está ausente─ então, para os chamados “gestores”, “gerentes”, “presidentes” ou “prefeitos”, é “nossa”, isto é, de quem a dirige, e muitas vezes ali se forma uma casta que passa a sugá-la em tudo o que pode.
E os verdadeiros donos dessas empresas e órgãos públicos que são o povo, elegem os seus fiscais para exercer aquele seu direito de dono, para cuidar do que legitimamente é seu, vendo e denunciando o que está errado e fazendo leis para corrigir isso, elege os vereadores, e esta é sua obrigação maior.  Infelizmente, em muitos lugares o conluio entre ambos, gestores e fiscais, dá naquilo que muito se vê em nossos dias: descaso, apadrinhamento e corrupção campeando à solta, também em nossos municípios...” (baseado em texto de Ferreira Gullar, link=