Essa primeira postagem do novo ano pretende tirar a limpo algumas coisinhas... Dedico-a aqueles que, por desconhecimento ou mesmo, outros, por puxa-saquismo desse governinho reles, caiu na conversa do nuncaantesnahistoriadestepais, o Lula. Ele, por pura politicagem, mentiu, enganou, apropriou-se de tudo e todos para dar no que deu: eleger a sua sucessora e, assim, continuar no poder, esperando apenas passarem estes anos para tentar nova eleição.
Tudo isto se deu com a conivência de grande parte da imprensa, servil por interesse financeiro, geralmente, e que não teve interesse em alertar o povo para as falácias desse enganador. Com poucas exceções da mídia, Revista Veja, Época, às vezes a IstoÉ, alguns jornais (impressos ou eletrônicos,) como Estadão, Folha de São Paulo, poucas redes de TV isentas (quase só a Globo), fez com que a maior parte do chamado povão desconheça muitas informações importantes, porque verdadeiras.
E contra a verdade, provada em fatos, dados, documentos, não adianta contestação, ou, que se prove em contrário, mas não com mentiras e baboseiras.
Como Lula mesmo falou, ele, apesar de não ler nada, "gosta mais da propaganda do que da notícia"- claro, não é mesmo???
Como diz aquela historinha "enganar toda gente, todo tempo, é impossível"! Coloco, a seguir, alguma coisa sobre o comentado até aqui:
Além dos números
Merval Pereira, O Globo
Mais importante que definir que ter o sexto Produto Interno Bruto (PIB) do mundo não significa ter um país melhor — estamos em 84 lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); em 88 no Índice de Desenvolvimento Educacional; ainda somos um dos mais desiguais na distribuição de renda do mundo, apesar dos avanços recentes — é entender que, para deixarmos de ser o 73 país no ranking de renda per capita, temos que encarar as reformas estruturais de que o país necessita para crescer sustentavelmente, principalmente na educação.
Mesmo porque a previsão de que passamos o Reino Unido se baseia em expectativas de crescimento e câmbio que estão sujeitas a alterações que podem mudar novamente o ranking, embora a crise financeira internacional torne quase inexorável a ascensão dos países emergentes.
A Goldman Sachs, que “inventou” o acrônimo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para tornar palpável o crescimento dos emergentes, considera que é possível que dentro de 18 anos a economia da China venha a ser tão grande quanto a dos Estados Unidos.
Desde o início da crise financeira internacional, em 2007, os Brics respondem por cerca de 45% do crescimento global.
A soma do PIB dos Brics pode alcançar a dos países que compõem hoje o G-7 por volta de 2032, sete anos antes do previsto inicialmente.
Com relação ao Brasil, um estudo do empresário Paulo Cunha mostra que, se a renda per capita brasileira tivesse crescido até hoje à mesma taxa do período de 1900 a 1980, estaríamos com 35% da renda dos americanos — próximos do Chile e melhores que o México.
E se tivéssemos crescido mais aceleradamente, ao ritmo registrado entre 1950 e 1980, quando crescemos a uma média anual de 7%, (nosso PIB registrou médias asiáticas: 7,15% de 1950 a 1959; 6,12% de 1960 a 1969; e 8,78% de 1970 a 1979), estaríamos hoje com 48% da renda americana, semelhante à de Portugal.
Ao contrário, se de 1900 a 2004 a renda per capita tivesse crescido no ritmo dos últimos 25 anos, nossa renda seria equivalente a 18% da renda atual, o que corresponderia às rendas do Quênia e da Nigéria— estaríamos entre os 15 países mais pobres do mundo.
O PIB per capita do Brasil em 1980 equivalia a 30,5% do dos Estados Unidos; em 2009, essa relação caiu para 22,7%.
Ao contrário, no mesmo período, o PIB per capita da Coreia do Sul em Paridade de Poder de Compra (PPC) equivalia a 18,8% do norte-americano, quase a nossa situação hoje, e era 60% menor do que o PIB per capita brasileiro naquela ocasião.
Mas nesses 30 anos a Coreia do Sul conseguiu aumentar o percentual em relação aos Estados Unidos para 60,3%. Esse avanço tem a ver principalmente com o salto de qualidade no ensino que o país deu nos últimos anos.
Até 1980, o Brasil cresceu mais que a média mundial: de 1900 a 1980, a renda per capita brasileira cresceu em média 3,04%, enquanto a renda mundial cresceu 1,92%.
O período de maior crescimento foi o de 1950 a 1980, que alguns classificam como os “anos dourados”, quando o país cresceu em média 4,39% sua renda per capita, para um crescimento médio mundial de 2,83%. Nesse período, o Brasil figurou entre os dez países mais dinâmicos do mundo.
A partir daí, assistimos a uma redução de 90% do ritmo de crescimento per capita — de 4,39% para 0,43% de 1980 a 2004.
No trabalho “Redução da desigualdade da renda no governo Lula — Análise comparativa”, o professor Reinaldo Gonçalves, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostra que no período de 2001-10 o Brasil teve uma taxa média anual de crescimento do PIB real per capita de 2,2%, inferior à média de um painel composto por 12 países da América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Honduras, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O crescimento médio anual do país no período de 1995 a 2009 foi de 2,9%, fazendo com que a elevação da renda tenha sido de apenas 22%, contra 100% na Índia e 226% na China no mesmo período.
Mesmo crescendo a apenas 3% ao ano (previsão que já está sendo reduzida pelos especialistas), o PIB brasileiro aumentará mais que o dos países europeus e o dos Estados Unidos nos próximos anos, o que coloca o país no G-6 da economia mundial.
Mas crescerá menos que emergentes como China e Índia. Devido ao baixo índice educacional e à falta de infraestrutura, Brasil e Índia crescerão em velocidade menor que Rússia e China nos próximos 20 anos, segundo estudo da Goldman Sachs, criadora dos Brics.
Mas, mesmo a lista das dez maiores economias do mundo devendo ser bastante diferente da de hoje nos próximos anos, há um detalhe fundamental: as maiores economias, medidas pelo Produto Interno Bruto (PIB), provavelmente continuarão não sendo as mais ricas em termos de renda per capita.
Pelas projeções, os cidadãos dos Brics continuarão sendo mais pobres na média que os cidadãos dos países do G-6 de hoje, com exceção talvez da Rússia.
O Brasil, se conseguir manter uma média de crescimento do PIB de 3,5% ao ano, chegará a 2050 com uma renda per capita de US$ 26.500, próximo à de Portugal hoje, muito longe do que já têm hoje França e Alemanha (cerca de US$ 44 mil), menos do que o Japão (cerca de US$ 45 mil) e os Estados Unidos hoje (cerca de US$ 48 mil).
Para piorar a perspectiva, mesmo com a crise financeira internacional, o PIB per capita dos maiores países continuou crescendo, mesmo o do Japão, que está em recessão há quase 20 anos.
Portanto, mesmo que chegue a ser a 5ª economia de um mundo conturbado, o país continuará tendo desvantagens competitivas sérias.
Os países que fazem parte da OCDE, os mais avançados do mundo, aplicam cerca de 7% do PIB em pesquisa e desenvolvimento. O Brasil não passa de 1%, sendo suplantado largamente por Coreia do Sul e China, países que estavam atrás de nós nesse setor nos anos 1980.
A participação brasileira na produção mundial caiu de 3,1%, em 1995, para 2,9%, em 2009, o que denota falta de competitividade. No mesmo período, a China saltou de 5,7% para 12,5%, e a Índia foi de 3,2% para 5,1%.
Em 1960, a Coreia já tinha escolaridade média superior à do Brasil em 1,4 ano de estudo, e essa diferença só fez aumentar de lá para cá, estando atualmente em mais de seis anos."
Pois é, não há tanto o que comemorar, não é mesmo? Ou resumindo e transformando em miúdos, veja-se esta conclusão feita por um leitor e tirada do Blog do Noblat:
Do leitor que se assina Odilon Martins Fonseca
"Como todo ser humano, FHC cometeu pecados, mas o saldo positivo lhe é altamente favorável. Como sugere FHC, estou acalentando alguns devaneios para os próximos anos:
- o Brasil deixar de ser 84º colocado no IDH-Índice de Desenvolvimento Humano (queda de 19 posições no governo Lula);
- deixar de ser o 88º no IDE-Índice de Desenvolvimento Educacional (queda de 12 posições, idem, idem);
- deixar de ser o 73º no ranking da renda per capita;
- deixar de ser o detentor , ao lado do Equador, do 3º pior índice de desigualdade de renda do mundo;
- deixar de ser, em números absolutos, o recordista mundial de homicídios;
- deixar de ser o 80º colocado no ranking das nações que mais combatem a corrupção;
- deixar de ser um mero exportador de commodities sem nenhum valor agregado e, principalmente,
- deixar de assistir corruptos da base aliada ao governo sendo fartamente elogiados pela presidente da República quando defenestrados de seus cargos por força da opinião pública e da imprensa livre."
E, para finalizar, repasso aqui uma notícia de ontem:
PF flagra desvio recorde de recursos públicos em 2011
Fernando Mello, Folha de São Paulo
Operações da Polícia Federal flagraram desvio de R$ 3,2 bilhões de recursos públicos em 2011, dinheiro que teria alimentado, por exemplo, o pagamentos de propina a funcionários públicos, empresários e políticos.
O valor é mais do que o dobro do apurado pela polícia em 2010 (R$ 1,5 bilhão) e 15 vezes o apontado em 2009 (R$ 219 milhões). A título de comparação, representa quase metade do dinheiro previsto para as obras de transposição do rio São Francisco.
O total de servidores públicos presos também aumentou: de 124, em 2010, para 225, no ano passado."
Apesar de estar saindo em passeio por alguns dias, continuarei postando com maior frequência, conforme o prometido.