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Pitanga, Pr, Brazil
Educação Formal Universitária: 2 Cursos (em áreas distintas); 2 Especializações; 1 Mestrado.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Vereadores, têm importância???

                                                       Crônica 31 07 2012

                  É inconteste a importância que o MUNICÍPIO tem na organização democrática moderna. Por um bom tempo, principalmente na Europa, o município foi chamado de COMUNA  , nos países de língua inglesa, de COUNTY.
                    O traço decisivo dele pretende ser sua autonomia, quer dizer, sua independência em relação aos seus pares maiores, os estados e a união, ou o país, se bem que não há na história, relatos de uma total independência nesse sentido, expressando-se a mesma, essa autonomia, na eletividade do legislativo e do executivo, como na atribuição de recursos próprios para a realização das funções que a ele, o município, concernem. Para isso, além dos recursos advindos da União, os principais, e também dos Estados, podem e devem ter competência para arrecadação de tributos próprios e sua aplicação. Nos países democráticos, estas atribuições variam muito.
          Em nosso país, é constante a reclamação das Associações de Municípios quanto aos valores dessa arrecadação. O fato é que, se é nos municípios que as pessoas vivem e coabitam, ali é que deveriam ter arrecadados e aplicados, até por uma questão de fiscalização na prática, a soma maior do dinheiro.
                    No geral, a grande maioria dos municípios brasileiros, principalmente aqueles do Nordeste, eles dependem de recursos da União e um pouco dos Estados para sobreviverem. Isso tem formado um típico caso de “coronelismo” brasileiro, ensejando aos governos centrais a possibilidade, tal qual acontecia num passado não muito remoto, de deterem total comando sobre eles. Na verdade, poucos são os municípios brasileiros que não vivem de “pires” nas mãos, pedindo ajuda aos estados e, principalmente, ao Governo Central.
         Não é outra a origem das tais “bases aliadas” de apoio ao governo, baseadas principalmente no fisiologismo e neste novo coronelismo, mais do que nas reais necessidades de cada município. A exceção mais gritante é o Município de São Paulo. Costuma-se dizer, e é verídico, que o maior PIB (arrecadação) do Brasil é do Governo brasileiro, o segundo maior é do Estado de São Paulo, e o terceiro maior é o da cidade (município) de São Paulo, tal é a pujança de  suas arrecadações.
                    Pela Constituição brasileira, quem pode criar, ou até, dissolver municípios, são os Estados. Para tanto, exige-se um certo ritual, algumas normas a serem cumpridas. Aqui em Pitanga mesmo, viu-se, de 40 anos para cá, a criação de vários, desmembrados do Município maior, que era Pitanga, que, por muito tempo, foi o 2º maior do Paraná em extensão territorial, incluindo, em tempos anteriores, até os atuais Campo Mourão, Ivaiporã, Palmital, Mato Rico, Santa Maria do Oeste, Boaventura de São Roque, Nova Tebas, Manoel Ribas, e outros.
                     A história dos Municípios, na Civilização Ocidental, remonta menos à Era Grega do que ao Período Romano, portanto, há mais de 2.000 anos.
          Na chamada LEX JULIA, período áureo da consolidação do grande império, dos famosos “césares”, Júlio César e outros, cada cidade do império romano constituía uma pequena “república”, possuía vida própria, subordinada, no entanto, em maior ou menor grau, conforme o período analisado, ao governo central, ao Império. Convenciona-se que SILA,  nos grande legislador que viveu nos anos 80 A.C., foi quem instituiu o municipalismo para o mundo.
                    Aquela organização municipal assentava-se em 06 bases:
               1)    Assembléia dos cidadãos, que elegia os Magistrados e votava os Estatutos (leis maiores dos municípios);
               2)    Um Conselho de 100 membros, exercendo um controle sobre as ações da Assembléia, com funções parecidas às do Senado Romano, na sede, Roma, e que, portanto, serial os VEREADORES de hoje (etimologia sinônimo EDIL, funcionário que observava e fiscalizava as funções públicas de uma determinada região);
               3)    04 Magistrados, que administravam a justiça;
              4)    Os DUUMVIRI (dois homens, varões) magistrados supremos de cada comunidade ou município, que atendiam aos recursos interpostos pelos cidadãos;
               5)    Dois questores, que administravam os “fundos”, ou recursos;
               6)    Dois colégios de advinhos, denominados de “pontífices”( chefe religioso, que “fazia a ponte” entre os deuses e os humanos) e “augures” (os áugures advinhavam geralmente pelo vôo das aves).
               Amanhã continuaremos. Por hoje, peço desculpas aos ouvintes e aos seguidores de meu Blog, o “euacreditoemblogs”, pelo assunto meio maçante para muitos, coisas da história. É que sou daqueles que ainda acham que o conhecimento, a informação, a cultura, enfim, não fazem mal a ninguém. O que faz mal para as pessoas e comunidades é o crime, a corrupção, o descaso.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Comentários à Cartilha da Campanha Eleições Limpas

                                                     Crônica 30 07 2012
                 Vamos continuar tratando da Campanha Eleições Limpas, idealizada  pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), em parceria com o TSE, e que disponibilizam uma Cartilha, aqui já mencionada, muito bem organizada e de livre acesso a quem queira maiores informações.
                  Por certo o Meritíssimo Juiz Eleitoral desta Comarca e das outras da Região, dentro das possibilidades de tempo de cada um, farão a parte mais relevante da divulgação, por serem os comandantes deste processo eleitoral e os garantidores de uma eleição limpa. Acho que, de nossa parte, cabe abordar alguns aspectos que achamos os mais práticos para os cidadãos eleitores e eleitoras.
                         Como posso participar mais efetivamente da promoção de eleições limpas?
                         Você já deve ter ouvido falar dos Comitês 9840. Eles são redes de organizações da sociedade civil e de cidadãos que realizam atividades de educação da população para o exercício ético do voto e para a fiscalização popular das eleições. Esses comitês não possuem vínculos partidários e são de fácil criação, pois não exigem registro de estatutos ou outras formalidades. O nome “Comitê 9840” é uma homenagem ao número da lei de iniciativa popular aprovada em 1999 depois da apresentação de um projeto assinado por mais de um milhão de cidadãos. Esses comitês fazem parte do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, do qual fazem parte 36 organizações de caráter nacional, dentre as quais a AMB.
                  Saiba como criar ou participar de um Comitê 9840 no site www.lei9840.org.br
                   Vale a pena votar nulo?
                     O voto nulo (ou em branco) pode representar um protesto do eleitor, mas é um protesto perigoso. Anular o voto significa abdicar do direito de escolher e permitir que outro faça a escolha.
                  Como devo escolher o meu candidato?
        Fique atento às propostas apresentadas na campanha e ao comportamento do candidato. Os bons políticos são líderes autênticos e têm capacidade de reunir pessoas em torno de idéias, não de interesses pessoais. Por isso existea propaganda política. Serve para você conhecer os candidatos e suas idéias.
Quem deve dizer ao eleitor em quem votar?
  Ninguém. Somente a consciência livre pode indicar em quem votar. Não se influencie nem se sinta pressionado, seja por líder religioso, político ou comunitário, patrões, parentes, grupo ou instituição. Cada um tem o direito de decidir como exercer sua cidadania. As sugestões e promoções de candidatos podem ser muitas e insistentes, mas a decisão final é do eleitor.
 Qual o preço da venda de um voto?
          Vender o voto é o mesmo que vender a consciência, e vender a consciência é vender a si mesmo. O direito de votar não tem preço. Um voto mal dado reflete na sociedade como um todo, e na vida da própria pessoa.
                      São votos assim que levam pessoas corruptas e malpreparadas para cargos públicos. Depois não adianta reclamar da corrupção dos políticos como se o eleitor não fosse responsável por isto também.
          Por que há candidatos dispostos a comprar votos?
  Pense bem: ninguém estaria disposto a distribuir bens ou vantagens aos eleitores se não estivesse pensando em ser eleito para praticar atos ilegais em proveito pessoal.
           O que fazer com os presentes ou favores dos candidatos?
      Recusá-los e denunciar o autor da oferta. O assistencialismo desmobiliza e atrapalha a organização popular. Portanto, o que os políticos dão como um presente “generoso” ou o serviço que oferecem podem ser uma forma de subornar a consciência do eleitor. Além disso, as obras que os governantes fazem com o dinheiro público são uma obrigação e não um favor a ser retribuído com o voto. O eleitor deve julgar se a administração foi boa ou má, haja muitas ou poucas obras aparentes. E o voto é uma formade expressar esse julgamento.
Graças à Lei 9840, hoje é possível tirar da disputa candidatos que apenas fizeram uma oferta a um só eleitor, mesmo que ela não tenha sido aceita. Isso foi afirmado pelo TSE num julgamento histórico que ficou conhecido como o “caso caixa d’água”.
                Resposta de Ulisses Guimarães a um questionamento sobre isso, ao ser perguntado, certa vez, sobre uma recente cassação pela Câmara Federal de um Deputado provado traficante de entorpecentes, disse, em sua peculiar resposta: - Minha filha, tem que ver que a Câmara cassou o mandato, portanto, cumpriu a sua obrigação... Resta ver se ele tornou-se traficante durante o seu curto mandato, ou já era e o povo, talvez pelo voto comprado elegeu-o assim mesmo...
                                 O que é o programa de governo dos candidatos?
       Um programa de governo é um projeto do que o candidato pretende executar durante seu mandato, caso seja eleito. Ele deve responder às necessidades da sociedade. Procure conhecer o programa do seu candidato antes de definir o seu voto.
             Na próxima, abordarei algumas explicações sobre o papel dos Vereadores- tão importantes para a democracia, tão vilipendiados e desprezados nos dias de hoje.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A ótima Cartilha da AMB

Crônica 25 07 2012
          Resolvi trazer para o ouvinte da Rádio Poema e para os seguidores do Blog “euacreditoemblogs.blogspot.com”, talvez até como serviço de utilidade pública, tal a importância do assunto, trechos desta cartilha, elaborada pela AMB, em parceria com o TSE, como parte da Campanha Eleições Limpas. Encontrei a cartilha disponibilizada no site do TER (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná – link abaixo -, além de em outros órgãos da mídia. Certamente será muito útil para os esclarecimentos que pretendemos, está muito bem elaborada.
         A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade que reúne mais de 13 mil juízes, preocupada com o fortalecimento da nossa democracia, está lançando a segunda fase da Campanha Eleições Limpas, iniciada em 2006.
         Agora, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Campanha tem o objetivo de estreitar os laços entre a Justiça Eleitoral e a sociedade, estimulando um comportamento ético e fiscalizador do cidadão ao votar.
         O combate eficaz à corrupção eleitoral, sob todas as suas formas, não é tarefa que se possa levar adiante sem a colaboração da sociedade. Com esse propósito, a AMB, com o apoio do TSE, elaborou esta cartilha com as principais informações que o eleitor precisa saber para assumir uma postura ativa, denunciando as irregularidades eleitorais às autoridades competentes.
        O fortalecimento da democracia somente será alcançado através do voto livre e consciente.
              Este é o direito, esta é a obrigação de cada um de nós!

                                                     Airton Mozart Valadares Pires
                                                          Presidente da AMB
                           Cartilha do Eleitor • AMB-Associação dos Magistrados
             Para ajudar os eleitores a exercerem seu direito de voto livre e consciente, a Associação dos Magistrados Brasileiros, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral, elaborou essa cartilha.
              Ela tem por objetivo conscientizar os eleitores da importância do voto e do seu papel na fiscalização do pleito para que seja cada vez mais um processo limpo e transparente, sem coação ou qualquer tipo de constrangimento.
              Queremos também aproximar os juízes eleitorais de suas comunidades, para ampliar o debate e a reflexão sobre o papel de todos no processo eleitoral.
              Por isto, o ponto alto da Campanha Eleições Limpas se dará no dia 26 de agosto, quando AMB e TSE promoverão pela primeira vez o Dia Nacional das Audiências Públicas em todo o país. Prepare-se para participar. Reúna informações, dúvidas, denúncias.
             As audiências serão o espaço onde a Justiça Eleitoral ouvirá a sociedade.

          Como será realizada a Campanha Eleições Limpas?
            A AMB e o TSE estão estimulando os juízes eleitorais a se aproximarem ainda mais das suas comunidades. Eles serão convidados a promover palestras, visitar escolas e a realizar audiências públicas nas quais falarão sobre os limites das campanhas eleitorais e ouvirão as dúvidas da comunidade.
          Qual a importância dessas audiências públicas?
Elas serão uma oportunidade para a comunidade dialogar, tirar suas dúvidas e até apresentar denúncias diretamente ao juiz eleitoral. Nelas não será permitido qualquer tipo de propaganda partidária. Elas são um espaço livre criado para garantir o contato direto do juiz eleitoral com os eleitores.
          Qual o papel dos juízes eleitorais?
          O juiz eleitoral é quem garante a seriedade dos processos eleitorais. É dele, por exemplo, a atribuição de afastar da disputa candidatos descobertos na prática da compra de votos e do desvio de bens ou serviços públicos para fins eleitorais. O juiz eleitoral é seu maior parceiro na garantia de eleições limpas.

                                 Eleitor consciente
             O que é ser um eleitor consciente?
            O eleitor consciente é aquele que analisa as propostas e conhece a história dos candidatos e partidos. Participa de organizações sociais ou comunitárias. Costuma participar das reuniões políticas, acompanha os debates, apresenta propostas e sabe que, apesar dos problemas, a política é um instrumento de ação da sociedade. Os eleitores conscientes sabem que a política e os políticos, por vezes, não fazem por merecer o seu voto, mas sabem também que ser cidadão implica participar ativamente, repensando atitudes e, se necessário, alternando pessoas e partidos no poder.

                 O que significa votar com liberdade e consciência?
               Votar é um meio de participar, influir e assumir responsabilidade na vida política do país. Não basta votar por votar. É preciso votar com liberdade e consciência. Deve-se votar sabendo em quem se está votando e seguro de que o candidato é realmente o melhor para o progresso da cidade e o bemestar da população.
               Para saber sobre isso, deve procurar informar- se. Antes mesmo das eleições, rádios, televisões, jornais, revistas, sites da Internet, folhetos, tudo isso traz informações sobre as eleições e os candidatos. Convém ficar atento, ler e ouvir as informações, discutir o assunto com amigos e conhecidos, comparar os discursos dos candidatos, pensar no que eles dizem e no que dizem deles. A imprensa, por exemplo, traz muita informação sobre os políticos.

                    É importante conhecer o passado do candidato?
              Procure saber o máximo possível a respeito dos candidatos. Deve-se usar a memória também! É importante lembrar como eles agiram quando estavam no poder. Foram competentes? Foram honestos? As eleições não são um jogo em que só vale vencer. As comunidades conhecem os seus integrantes melhor do ninguém.
           Não adianta nada votar num candidato porque ele parece forte na campanha se você não é capaz de confiar verdadeiramente em suas intenções. É melhor dar o voto a quem a consciência indique ser o melhor candidato, mesmo que as chances dele de vitória pareçam limitadas.

                       Continuaremos na segunda-feira (30/07/12), até lá e um bom final de semana a todos!

terça-feira, 24 de julho de 2012

A Cultura da Continuidade no Poder

                                                Crônica do Dia 24 de Julho de 2012
                     Eu e meus botões estivemos analisando, neste final de semana, o que poderia ser uma “Cultura da Continuidade no Poder”. Para explicá-la, em primeiro lugar é necessário entender o que é. Basicamente, é uma total falta de princípios: ´´e não entender os princípios de uma democracia e seu preceito basilar, fundamental: a alternância no poder. Se não se entende isto, remontemos a Cuba, por exemplo.Se os irmãos Castro, Fidel e Raul, nunca conseguiram ter esta virtude, o entendimento de que se aquilo que vivem lá há 58 anos é tão bom para o povo cubano, eles promoveriam  eleições livres, para a  mudança de nomes no Governo, sem trauma algum, a continuidade seria a norma.
                   Se, no entanto, a norma, tal como aconteceu agora lá, neste final de semana, em que o principal líder oposicionista e muito pacífico, quase ganhou o Nobel da Paz há alguns anos, agora, numa segunda tentativa de assassinato, teve uma morte em uma “acidente” muito estranho, muito esquisito, em que não se está permitindo a presença de ninguém com independência suficiente para verificar se, realmente, foi um acidente. Só isso já confirma os piores temores: provavelmente houve um assassinato político, aliás, mais um entre tantos.
                  No Brasil, muitos, alguns de boa fé, mas muito mal informados, até acreditam que lá é ótimo, outros, por malandros, vendem a idéia do “paraíso socialista”. Isso, feliz ou infelizmente, não existe: não há regimes políticos ou de Governo, perfeitos. O que há, é o que o mais simples dos brasileiros, aquele do fundo de um rincão do interior, sabe e pratica: a medida das coisas é o HOMEM, a MULHER, o SER HUMANO, com suas convicções, seus acertos e seus erros, com seus princípios e aqui sim, há como explicá-los: aqueles princípios básicos que têm sim sua origem nos valores familiares, de uma boa criação, com as variadas religiões, sem distinção, construindo estes pilares sólidos. Aqueles princípios que fazem com que dois catadores de lixo achem 20.000,00 reais e procurem os donos veradeiros, para devolvê-los, por que sabem que o certo é fazer isso, sabem que o contrário é errado, e assim aprenderam em casa, desde a mais tenra infância.
                 É o que o Brasil que presta pretende de todos aqueles que um dia recebem, em nome do povo brasileiro e através do voto, a missão de bem representar, de maneira digna, esse mesmo povo.
                 É SIMPLES ASSIM!!! – Não há segredo!
                O que acontece, infelizmente, é que muitos, quando recebem esse mandato do povo, tomam “muito gosto pela coisa”... E isso é fácil demais...
              Quer um cafezinho, e lá está aquela sala luxuosa, geralmente com funcionários em excesso, correndo para ver quem melhor atende o “chefe”... e este, baba de prazer!!!
               Precisa sair da sala, e lá estão alguns para, agilmente buscar a maçaneta, como se fora um corrida das Olimpíadas, para ver quem chega primeiro. Claro que um empregado, funcionário público, dependendo da função, podem até ter estes encargos, mas, geralmente, o Chefe, que tudo pode, que aumenta o ordenado ou despede quando bem quiser, precisa ser bem alisado...Meio que naturalmente vão se formando os cordões do áulicos, dos puxa sacos...
                   Esse tipo de chefe, quando em final de função pública, se perder toda essa mordomia, chega a ter TRAUMA PÓS GOVERNO... Sim, é fácil acostumar, difícil é ter a real noção do que seja um mandato do povo e a total noção de que ele é mandado por este povo, que tudo aquilo que ele usufrui, é pago por este povo, com seus altíssimos impostos, provavelmente os mais altos do mundo...
                 O eleito, no exercício de seu mandato, dificilmente gasta alguma coisa: o município, o Estado ou o País pagam tudo. Vai viajar, tudo pela melhor maneira: avião, carro luxuoso, etc.... Precisa pernoitar fora um dia ou uma semana? Os melhores e mais chiques hotéis, tudo por conta da “BARROSA”, aquela vaca leiteira que serve tanto e não pára de dar leite. Sim, é difícil largar o osso e esse leite tão pródigo, se não estiver em primeiro lugar o verdadeiro princípio de não se deixar levar, como quase todos,  pelas vãs, efêmeras e passageiras ilusões de um poder que não é seu, que é usurpado do povo...
                      Muitos são os que usam da política para se fazerem na vida, como dizem... Não conseguiram, por méritos próprios, desenvolver com sucesso nenhuma alternativa de profissão, de ofício digno e verdadeiro, mas, ao contrário, tiveram apenas a imensa facilidade em “engambelar” os outros...
                    Dessa forma, vão como que “incorporando” a idéia de que “Ah!, o povo me deve isso!!!- Imaginem se não fosse eu, o que teria sido deste lugar?? Continuaria na pobreza, atrasado. Daí se forma a idéia messiânica de que ele é insubstituível, não existiu, não existe e nunca existirá ninguém melhor que ele, nunca na história, ele, o poderoso... Se o povo não continuar apoiando para sempre um governante, assim, em um primeiro, segundo, terceiro, quarto mandato, “nossa, quanta injustiça!!!”
                        “O povo não merece o senhor, excelência, correm a dizer aqueles áulicos, na esperança de que, de uma ou outra forma, o seu grande chefe retorne ao poder ou o mantenha.
                         Ao final, costumam perder muitas coisas, e já no começo perdem a vergonha... Com medo de perderem o poder e, com ele, as mamatas, perdem a vergonha. Pressionam ou compram funcionários, roubam sem nem esconder, pois, afinal, “este povo me deve muito mais, arrumei a vida desse povo...!, e assim por diante...”
                           A esperança de todo mundo é que, algum dia e logo, se possível, isso mude. Os princípios básicos, a começar com o de HONESTIDADE, voltem a imperar nos lugares. Uma honestidade em que os gastos com o governar sejam tão atendidos quanto se fossem em seu próprio lar, pois, afinal, a responsabilidade em um governo, deveria ser muito maior até que em seu próprio lar, pelo fato de o dinheiro não lhe pertencer...
                     Contaram-me aqui na Rádio, um dia destes, que uma Juíza Eleitoral, parece-me ser da Comarca de Ivaiporã, ao ser questionada, em uma sessão pública de esclarecimento das Leis Eleitorais, por uma, vejam só, candidata a Prefeita, de um município próximo, que, no caso, estaria concorrendo à reeleição e que já tinha posto propaganda pessoal dela, de sua gestão, nos ônibus, estranhou que esta juíza determinasse que tirasse imediatamente, e que explicou isso, de maneira singela:
                      - Senhora Prefeita e Candidata, só me diga uma coisa: estes ônibus escolares são seus? A senhora comprou e pagou com seu dinheiro, são de seu uso pessoal? Se assim for, a senhora pode fazer isso. Se forem do município e para ele têm seu uso, não pode, estes ônibus não lhe pertencem, pertencem ao povo...e se continuar fazendo assim, a senhora estará sujeita aos rigores da lei, que farei toda a questão, de eu própria mandar aplicá-la...
                       É apenas uma reflexão, mas espero possa, dela, ser retirado algum conteúdo que venha a servir para  um voto mais consciente...
                             Meu até amanhã...   

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Eleições 2012

                                               Crônica do dia 23 de Julho de 2012

                       Bom dia, ouvintes da Rádio Poema. Pessoalmente, imagino que quase todo mundo já esteja sabendo das Candidaturas. Entretanto, no sábado à tarde, ao fazer as compras em um dos Supermercados, recebi um pedido para que esclarecesse um pouco mais sobre as candidaturas, as coligações a que pertencem, e assim por diante.
                      Pretendo hoje, de maneira breve, repassar estas informações, deixando de citar todos os candidatos individualmente, porque a lista é grande e, certamente, Pitanga, como também em todos os outros Municípios ocorrerá, terão estes nomes amplamente divulgados pelos próprios candidatos, pelos órgãos da Imprensa Escrita.

           Convem esclarecer que, todas, mesmo as candidaturas aos Cargos Majoritários, Prefeito e Vice, também a de Vereadores, aguardam a publicação pela Justiça Eleitoral local das canidaturas efetivamente válidas. Até este momento, todas esperam o acolhimento do Eleitoral, estando aguardando julgamento. os mesmos filiados a 16 Partidos políticos: citarei pelos Partidos com maior número, em ordem decrescente:

PMDB   =   22 CANDIDATOS
PT =           17                               
          PR              17
          PSDB=       16
          PTC=          16
          PV=             9
          PPS=            9
          PTB=           5
          PRB=           4
          PP=              3
          PDT=           3
          PSB=            2
          DEM=          2
          PSC=            1
          PSD=            1
          PSL=            1       
          Total=          128 candidatos

22/07/2012


"Nos cem municípios brasileiros com os piores Índices de Desenvolvimento Humano, os candidatos a prefeito estimam gastar na temporada eleitoral de 2012 uma fábula: R$ 97,2 milhões. Escrito de outro modo: condenados à escassez, os quase 900 mil brasileiros que residem nesses pedaços miseráveis do mapa do Brasil assistirão ao espetáculo da fartura eleitoral.
                Auxiliada por três colegas, a repórter Juliana Castro levou às páginas notícia apinhada de dados intrigantes. Por exemplo: dividindo-se o orçamento dos comitês pela quantidade de eleitores, descobre-se que o voto de um miserável brasileiro custa, em média, R$ 110,84.
Em dois municípios do Maranhão, o inusitado roça a fronteira do paroxismo. Na cidade de Governador Newton Bello, falta de tudo –de asfalto nas ruas a esgoto nas casas. De cada dez moradores com mais de 15 anos, quatro são analfabetos. Ali, os eleitores são contados em 7.837. Os candidatos à prefeitura local orçaram suas campanhas em R$ 3,6 milhões. Quer dizer: cada voto custará a bagatela de R$ 459,35.
          No município maranhense de Presidente Juscelino, onde 59% dos domicílios não dispõem nem de água na torneira, jorrarão dos comitês eleitorais R$ 3,25 milhões. Os eleitores cadastrados somam 8,8 mil pessoas. Cada voto sairá a R$ 368,64.
          Entre o riso dos candidatos perdulários e a lágrima dos eleitores paupérrimos há o nariz. Acionando-o, os brasileiros desassistidos perceberão que a democracia que lhes oferecem cheira mal. Em vez de votar, talvez preferissem que helicópteros lhes despejassem sobre as cabeças as arcas dos comitês.”
E é isso, infelizmente: a sede do poder a qualquer custo, sempre  às custas de maior pobreza do povo, alguns procuram se adonar do poder, para encher suas arcas do dinheiro desviado. Tentarão sempre procurar o retorno do que gastaram, através de dinheiro, nepotismo geral, cargos para toda família. Tal qual uma Hidra de 07 cabeças, vão estendendo suas cabeças e mãos a tudo que podem, procurando eternizar-se nas posições.
          Isso produz uma relação de causa e efeito. Pode ser visto em toda a parte hoje em dia. Pelo poder e pelo dinheiro vindo daí, pensam ser tudo permitido a eles. O efeito disso é mais corrupção. Para que nesses pequenos e pobres municípios possam instalar-se e continuar com o mando, esse neocoronelismo precisa dos órgãos de fiscalização, no caso dos municípios, as Câmaras de Vereadores, bem submissas. E como conseguir isso? Desviando parte do butim, do dinheiro mal cheiroso, para mais gente, em troca da permanência no poder. E aí estouram os casos de corrupção, de roubo, também nessas câmaras.
Vacina só existe uma: mais investimento em educação, para que o voto seja cada vez mais consciente.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Planos de Governo de Pitanga/Pr- Copiados???

                                 Crônica do Dia 20 de Julho de 2012

                       Na crônica de ontem, comecei a tecer comentários sobre os Planos de Governo das 03 candidaturas a Prefeito e Vice, de Pitanga- Pr. Comentando sobre a Resolução do TSE Nº 23.373, em seu Artigo 27, Item VI, que exige junto à documentação necessária de todos os candidatos, o acréscimo de uma “Proposta” dos mesmos, indicando o que e como pretendem fazer, aquilo que desejam para seu Município, caso eleitos. As coligações , equipes de campanha e os candidatos estão chamando de Plano de Governo, o que, via de regra, está sendo aceito pela Justiça Eleitoral.
                       Estas chamadas propostas, já disponibilizadas pelo TSE, serviriam para quem queira tomar conhecimento e também, para , no futuro, a população e os eleitores possam até cobrar pelo não cumprimento de alguma meta. A Justiça Eleitoral, como um todo, deve ser parabenizada por esta atitude. Agilizar, deixar transparecer e ficar à disposição do cidadão todas as informações sobre os candidatos, é atitude louvável e de muito esperada pelo povo brasileiro.

            Pois bem, vamos agora pegar outra parte para análise:

                       Página 14 do Plano C, com o subtítulo GESTÃO PÚBLICA:

Modernizar através da informatização a Gestão Pública;

Fortalecer e Organizar o Sistema Municipal de Planejamento com foco nas

ações do Plano Diretor Municipal;

Implantar uma política de valorização e de gestão de pessoas;

Reorganizar a gestão patrimonial, material e de serviços;

Potencializar o uso de tecnologia de informação e implantar um sistema de

informações gerenciais;

• Implantar o sistema de gerenciamento da dívida;

Implementar e estruturar o sistema de controle interno;

Aperfeiçoar o sistema jurídico público;

Reorganizar a estrutura administrativa, redistribuir competências, fortalecer o quadro técnico das Secretarias Municipais;

• Implantar um sistema de informações integrado na Prefeitura Municipal, que

inclua dados globais do Município e que seja alimentado de forma eficiente por

todos os órgãos municipais;

Revisar o quadro de servidores municipais, através da capacitação dos

servidores atuais e da garantia de melhor conjugação entre cargos comissionados e efetivos;

                 Agora vamos ver o que diz a Página 1 do Plano de Governo A, no subtítulo 1,

denominado  Ações de cunho administrativos

         - modernizar a gestão publica;

         - fortalecer e organizar o Sistema Municipal de Planejamento;

         - implantar uma política de valorização e de gestão de pessoas;

         - reorganizar a gestão patrimonial, material e de serviços;

         -potencializar o uso de tecnologia de informação e implantar um sistema

de informações gerenciais;

         - estruturar o sistema de controle interno;

         - aperfeiçoar o sistema jurídico público;

         - reorganizar a estrutura administrativa, redistribuir competências e

fortalecer o quadro técnico e de fiscais das Secretarias Municipais de Fazenda, da

Cidade para obras e urbanismo, do Meio Ambiente e da Agricultura, para garantir a

implementação das diretrizes do Plano Diretor, da aplicação das leis urbanísticas,

tributarias e ambientais;

        - revisar o quadro de servidores municipais, através da capacitação dos

servidores atuais e da garantia de melhor conjugação entre cargos comissionados e

efetivos;              


            E haveria algumas coisinhas mais...
Como diria uma advogado, grande e antigo amigo: ” Isso é RIDÍCULO...” Sem tecer maiores comentários, fica para a análise do ouvinte e, a partir do meio dia, estará em meu Blog:
                   http://euacreditoemblogs.blogspot.com

            Como conclusão, pode-se facilmente observar que, apenas nestes trechos demonstrados, outros ainda há, não existe a possibilidade de, apenas por  coincidência serem constatadas tantas similaridades de períodos, frases, orações e termos, com mesma disposição gráfica, etc...

            Houve, certamente, ou a cópia de algum tipo de Plano, ou partes dele, da Internet, ou a elaboração por 01 terceiro, ou o feitio conjunto, ou o famoso “copia e cola”, algo assim.

            Pode-se considerar que 01 dos Planos, nesta análise denominado de Plano de Governo B, está muito bem elaborado, sem constatação de trechos substancialmente similares a dos outros dois, no que tange aos aspectos de forma. Entendo que não caberia a mim opinar sobre o conteúdo. Este deve ser assunto de análise pelos candidatos, no decorrer dos programas eleitorais, pelas mídias, e também, principalmente, do eleitor.

            Pode ser considerado um dos Planos, aquele  na análise denominado Plano de Governo C, como razoável, nos mesmos quesitos, e por fim, um último, denominado aqui de Plano de Governo A, como muito mal elaborado, além das coincidências com o Plano C, não especifica absolutamente nada, nem como meta, obras, objetivos, ou algo que o valha, nos itens EDUCAÇÃO e SEGURANÇA, que parecem ser fundamentais para uma boa Gestão Pública.

             Ao final da exposição deste Plano, que possui 09 páginas, mesmo na cópia entregue à Justiça Eleitoral e de onde colhi estes dados, tem-se a impressão que, de formas abrupta parou-se a elaboração do mesmo e a possível cola, aparecendo nitidamente uma numeração do que poderia ser uma “página 18”, que, logicamente, nele não há.

            As conclusões deste Professor de Português, já aposentado e que procurou usar de seus conhecimentos desta área para realizar essa análise e que os ouvintes da Rádio Poema e do Blog poderão ter, é que, como tudo na vida, os detalhes demonstram muito do todo. Quer dizer, um Plano mal elaborado pode passar a impressão e sensação de desorganização, desrespeito com a população e com a Justiça Eleitoral, ainda mais, se existir o caso de disserem respeito a alguém que já exerceu uma função pública.


                                                        Um Bom Dia a todos.