A CANÇÃO DE MAHAMUDRA (Buda Tilopa), continuação
Se alguém nada vê quando contempla o espaço,
Se com a mente alguém observa a mente,
Esse alguém destrói distinções
E alcança o estado de Buda.
As nuvens que vagueiam pelo céu
Não têm raízes, nem lar,
Também assim são os pensamentos distintivos
Vagando através da mente.
Desde que a mente-eu é vista,
Cessa a discriminação.
Formas e cores formam-se no espaço,
Mas o espaço não é tingido nem pelo branco, nem pelo preto,
Da mente-eu todas as coisas emergem,
E a mente não é manchada nem por virtude, nem por vícios.
Como se pode ver, a alta compreensão do Budismo, muito especialmente este, o Budismo Tântrico, apregoado pelo monge Tilopa, não é tão fácil de ser entendido e assimilado em um primeiro olhar.
Não se angustie, no entanto; certamente e aos poucos, se você achar interessante acompanhar aqui neste Blog, em postagens frequentes postarei as explicações até chegar ao final da Canção de Tilopa – daí sim você poderá, tendo uma visão mais ampla e de conjunto da obra, obter, quem sabe, a Iluminação sobre o que dizem estas palavras tão profundas.
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