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sábado, 26 de março de 2011

A Canção de Mahamudra - continuação

                   A CANÇÃO DE MAHAMUDRA (Buda Tilopa), continuação


                            Se alguém nada vê quando contempla o espaço,

                            Se com a mente alguém observa a mente,

                            Esse alguém destrói distinções

                            E alcança o estado de Buda.



                As nuvens que vagueiam pelo céu

                Não têm raízes, nem lar,

                Também assim são os pensamentos distintivos

                Vagando através da mente.

                Desde que a mente-eu é vista,

                Cessa a discriminação.



                          Formas e cores formam-se no espaço,

                          Mas o espaço não é tingido nem pelo branco, nem pelo preto,

                          Da mente-eu todas as coisas emergem,

                          E a mente não é manchada nem por virtude, nem por vícios.


           Como se pode ver, a alta compreensão do Budismo, muito especialmente este, o Budismo Tântrico, apregoado pelo monge Tilopa, não é tão fácil de ser entendido e assimilado em um primeiro olhar.
          Não se angustie, no entanto; certamente e aos poucos, se você achar interessante acompanhar aqui neste Blog, em postagens frequentes postarei as explicações até chegar ao final da Canção de Tilopa – daí sim você poderá, tendo uma visão mais ampla e de conjunto da obra, obter, quem sabe, a Iluminação sobre o que dizem estas palavras tão profundas.



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