POLÍTICA
Não sendo economista, fico imaginando de onde saiu e continua saindo o dinheiro para a tão propalada “ascensão” das classes D e E, porque, como dizem os americanos: “não há almoço de graça”, e que possibilitou o aumento em número da “nova classe Média brasileira”.
A mídia dá conta nestes dias de mostrar o terrível aumento de impostos que existe no Brasil- de quase 1% ao ano de aumento real (acima da inflação), chegando em 2010 à cifra nada modesta de 1, 2 trilhões de reais, o que equivale a perto de 38% de carga tributária. O Brasil continua, junto a dois outros países, liderando o “ranking” de impostos mais caros do mundo. Todos nós sabemos e sentimos na carne a péssima qualidade dos serviços públicos oferecidos em troca, principalmente nos básicos: Saúde, Educação e Segurança.
Outra questão a ponderar, é que pelos lucros apregoados pelo Bancos neste início de ano, os maiores do mundo e cada vez mais elevados, tanto dos Bancos estatais como dos privados, também não se sabe de nenhum aumento ou tributação nova que atinja as chamadas “grandes fortunas”, constituída pelo grande empresariado – ao contrário, o que se nota (vide caso Banco Panamericano, do grupo Sílvio Santos) é que o atual Governo do PT é pródigo em distribuir benesses a esses, com dinheiro dos órgão públicos de financiamento, BNDES, etc... fica uma triste constatação:
Somos novamente nós, a antiga, sofrida, mal falada tradicionalmente, espoliada, vilipendiada, pisada “classe média” que, com perda de ganho próprio, seja em seus vencimentos oriundos do trabalho, como acontece hoje com os mais variados profissionais liberais, seja no comércio, pequena indústria, pequeno agronegócio, é quem está bancando o crescimento dos mais pobres.
E isso é necessário? Sim, que se aumente a renda dos mais necessitados, para levá-los a uma inclusão social mais rápida, ninguém contesta. O que se quer saber é até onde esta classe média citada aguentará sozinha o tranco, ou também, até quando, pois afinal, programas do tipo “Bolsa Família” e seus congêneres só têm sentido se previrem um ponto de saída, para não se criar, e é o que está acontecendo, um novo tipo de “coronelismo”: o de Estado e de um partido político.
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