Para começo de conversa, o Presidente Obama não é meu ídolo. Nada a ver em ele ser presidente dos EUA, ou aquela lenga-lenga de “o primeiro presidente negro americano”, e tudo a ver com a demagogia e o “falar demais” do próprio. É incrível como, em dias de informação total, onde sabemos tudo de todos, praticamente, ainda existam políticos e, pior, chefes de Governos importantíssimos, tentando levar o povo no gogó. Em dias desses e nos níveis de informação por quais passamos, ninguém poderia supor haver esse espaço para a demagogia barata.
Aliás, cabem os demagogos apenas no regimes fechados, autoritários, inquestionáveis. Contudo, como está se vendo, esses regimes estão sendo contestados pela maioria da população como nunca antes se viu.
Voltando ao início: por tudo isso achei alvissareira a vinda do Presidente Obama ao nosso país e, principalmente o seu comportamento que, digamos, foi correto. O mesmo em relação à anfitriã, a Presidente Dilma.
Entretanto, também fui pego de surpresa e causou a todos muita estranheza a ausência do ex-Presidente Lula dos festejos formais. Convidados que foram todos os ex-Presidentes brasileiros, compareceram e comentaram ter sido um gesto de grandeza da Presidente Dilma esse convite sem discriminação, mas houve o comentário da “ausência chocante” de Lula.
Imbuído de um tanto de “achismo”, não me esquivarei de dizer o que penso. Infelizmente para muitos brasileiros, essa atitude do ex-Lula, tem a ver com um ranço totalitário e, se tivesse sido possível, ditatorial. Com o inchaço fenomenal do ego próprio, massageado diuturnamente por áulicos durante 08 anos, Lula não aceita que a Presidente, o povo em praça pública, seus adversários (porque não!!!), todos em voz unânime, não exigissem a sua majestática presença.
O ex-presidente “apedeuta” não conseguiu e nunca conseguirá entender que, uma democracia funciona assim mesmo- deve haver alternância de poder, quem assume qualquer cargo, mesmo o mais importante de todos que, em regime presidencialista é a Presidência, deve fazê-lo como missão ou vocação de servir ao povo. Que é condição “sine qua non” nessa mesma democracia, que existam e funcionem normalmente as oposições, com os mesmo direitos e deveres da situação, que não devem e não podem ser dizimadas e execradas, como ele exigia.
Da maneira que ele agiu, pode-se facilmente concluir e, penso, com ampla possibilidade de acerto, que o ex-Presidente Lula sempre foi, muito mais que o presidente do Brasil, o presidente de um sindicato de metalúrgicos que, nessa “luta de classes” que ele comandava, haveria de sempre estar contra e exigir mais dos patrões, porque, afinal, a sua “classe sempre fora espoliada”.
Ele só não notou que, dessa forma, demonstra o seu preconceito e até complexo de inferioridade deste grande país que ele presidiu por oito anos, em relação ao resto do mundo: acaba achando que os EUA e seu presidente Obama são o “patrão, o dono da metalúrgica” que, ardorosamente, certo ou errado, ele tem que combater e postar-se sempre contra, para poder exigir mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário