Conforme informei ontem e já esperado pelos brasileiros do
bem, que esperam pulso firme do STF nas condenações para os réus da Ação Penal
470, popularmente chamada de “Mensalão”, estes que, juntos, montaram, segundo o
Procurador Geral da República e também
segundo os Juízes do STF, “ um sofisticada organização criminosa, criada para
assacar dinheiro público em benefício de um Partido Político, o PT, comprando
membros do legislativo para votarem a favor do Governo, na época Lula, e
liderada por um Chefe, José Dirceu”. Com a totalidade dos votos, o Supremo
desmontou a tese dos advogados, em que tudo não passou de Caixa 2 e não era
dinheiro público, agora já é certa a condenação de vários réus a penas pesadas,
incluindo a prisão imediata, caso inclusive do ex-Presidente da Câmara Federal,
o deputado João Paulo Cunha. Vejam como o Jornal Estado de São Paulo, na edição
do dia 29/08/12, noticia:
“ Preocupação
da cúpula do partido e do governo Dilma é que derrota da tese do caixa 2 leve à
condenação de Dirceu, Genoino e Delúbio. Confiram também o desplante do que
diz, nessa mesma edição, o Deputado Federal do PT do Paraná, inclusive com
muitos votos em Pitanga e, por sinal, um dos Deputados mais faltosos daquela
instituição: "Eu só tenho a lamentar a decisão do
Supremo", emendou o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação
do PT.
Já
no Blog do Reinaldo Azevedo, a manchete do dia 30/08/2012 é:
"O mensalão não só existiu como vai render cadeia em regime fechado. Já são cinco os considerados “corruptos” pela Justiça!
Estamos
diante de um marco importante. A corte suprema do país está a dizer que certos
comportamentos não são mais tolerados e toleráveis. Até havia pouco, os nossos homens públicos flagrados
com a boca na botija se escondiam num conforto: para eles, dizer “eu não fiz”
era o mesmo que afirmar “não há provas de que eu fiz” — e essa prova era
entendida como o efetivo ato de ofício (que se praticou ou que se deixou de
praticar). A frase, aliás, que melhor define todo o imbróglio do mensalão é de
autoria de José Dirceu: “Estou cada vez mais convencido da minha inocência”.
Outra
coisa que quero comentar brevemente, porque fui instado a responder, devido à
pergunta de ouvinte da Rádio Poema, é sobre as pesquisas eleitorais e, claro,
os Intitutos de Pesquisa. A primeira coisa que me cabe esclarecer é que existem
erros grandes, conforme mesmo as eleições de 2010 demonstraram. Vejam o que
segue:
“Institutos
têm estratégias infalíveis para fraudar pesquisas eleitorais- Presidente do Conselho Regional de Estatísticos diz
que há maneiras de não se deixar vestígios”.( Jornal O Dia, do Piauí, atualizado
em 27/08/2012).
“Nem é
preciso chegar o período eleitoral para começar a enxurrada de divulgação de
pesquisas eleitorais no Piauí. São números de toda ordem, cada instituto
apresentando uma realidade diferente para o eleitor, num quadro eleitoral em
que os próprios candidatos criticam os institutos e as pesquisas que são
divulgadas. Por conta isso, a reportagem do O DIA mostra agora as "estratégias
infalíveis" utilizadas por alguns institutos de pesquisas para manipular
resultados, segundo afirma o estatístico Paulo Jales, que é presidente do
Conselho de Estatísticos (Core) da 7ª Região, que envolve os estados do Piauí,
Ceará, Maranhão e Tocantins.
A principal delas e de maior dificuldade de se identificar que houve fraude é quando o instituto realiza mais entrevistas do que foi informado no registro da pesquisa e se faz uma seleção para alcançar o resultado pretendido. Os demais são eliminados. Ele destaca ainda que é quase impossível um fiscal identificar porque os questionários que subsidiaram a pesquisa estarão lá disponíveis.
A principal delas e de maior dificuldade de se identificar que houve fraude é quando o instituto realiza mais entrevistas do que foi informado no registro da pesquisa e se faz uma seleção para alcançar o resultado pretendido. Os demais são eliminados. Ele destaca ainda que é quase impossível um fiscal identificar porque os questionários que subsidiaram a pesquisa estarão lá disponíveis.
Outra bastante utilizada, segundo o presidente
do conselho, é quando se monta um questionário que leva ao resultado desejado.
"A sequência das perguntas leva ao resultado que favorece determinado
candidato. Você montou um questionário e dirigiu uma pesquisa. Eu acho
impossível se fiscalizar essa", afirma. Está faltando regulamentação e
mais fiscalização", criticou.
De acordo com o artigo 20 da resolução
23.364 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dispõe sobre pesquisas eleitorais
para as eleições 2012, a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime,
punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de R$53.205,00 a
R$ 106.410,00. Serão responsabilizados penalmente os representantes legais da
empresa ou entidade de pesquisa do órgão veiculador. Na realidade, deve-se ter em conta
que de nada adianta mentir para si próprio e para os eleitores, só que alguns
usam desses expedientes para tentarem alavancar suas candidaturas, por serem
mais fracas do que aparentam ou dizem.
Há poucos dias, foi divulgada em Pitanga uma
pesquisa, registrada no TSE, por encomenda de Rádio Auriverde. Pois bem, hoje
ao chegar aqui na Rádio Poema, estive lendo um Jornal da cidade vizinha de
Campo Mourão – Jornal Correio do Cidadão, que traz resultados de enquetes realizadas
em alguns municípios da região, entre eles, Palmital, Campina do Simão,
Boaventura e Pitanga, dentre o que lembro no momento. A chamada “enquete” não é considerada uma
pesquisa por não possuir rigor científico, ser espontânea, quase sempre é
realizada em algum local de acesso ao público, até em casas comerciais, etc...
em que se deixa alguma “urna” (alguma caixa simples para o recolhimento
daqueles “votos” que, quem quiser, espontaneamente, queira depositar nessa
caixa).
O próprio TSE tenta, por meio da
Res.23.364 e da Instr. 1.161, esclarecer esta modalidade, destacando sempre que
não é “pesquisa”. No caso de Pitanga, esta enquete trouxe os seguintes
resultados, com 420 votos espontâneos: Para Prefeito e Vice:
Zampier= 28%
Cleon =
45%
Osny =
10%
Indecisos=
17%
Quero
esclarecer que entre a pesquisa divulgada anteriormente e sob a
responsabilidade de “Rádio Auriverde” e esta enquete, sob responsabilidade do
Jornal do Cidadão, existem dados conflitantes. Entendo que essas colheitas de
dados, opiniões, expressam um determinado momento das eleições, e o conveniente
e correto é aguardar novas pesquisas, especialmente certificando-se da
seriedade dos Intitutos que a realizem, para uma melhor análise da situação.
Desejo a
todos os ouvintes da Rádio Poema e leitores do Blog um bom final de semana. No
dia 03 de setembro estarei de volta com a crônica “Na Boca do Forno”.